Amazon Prime Video - Cinderela (Cinderella)

9/03/2021 09:19:00 PM |

Vou dizer que fui conferir o novo "Cinderela" da Amazon Prime Video morrendo de medo com o tanto de críticas negativas que apareceram nos últimos dias da galera renomada, mas como curto musicais bobinhos acabei me divertindo até que bem com a proposta, curtindo as músicas escolhidas, e até a ideologia de mudar um reino por um mundo aonde a pessoa possa fazer o que quiser para ter seus ganhos, e assim sendo a trama funciona bem, tem uma boa dinâmica, e sendo cantado em praticamente 90% do tempo acaba tendo um ritmo envolvente e gostoso. Claro que está bem longe do clássico, claro que foram exagerados em algumas mudanças, e principalmente a maioria certinha vai acabar odiando tudo, mas os erros técnicos são tão supérfluos em relação à diversão musical que dá para abstrair e curtir bastante se tiver uma mente mais aberta. Ou seja, é um filme que muitos não se encaixarão na proposta toda, mas valeu bem a ideia irreverente para quebrar o padrão casual dos clássicos contos de fadas.

A sinopse nos conta que na nova e ousada abordagem musical da história tradicional que o público conhece, Cinderela é uma jovem ambiciosa cujos sonhos são maiores do que o seu mundo permite. Entretanto, com a ajuda de seu Fabuloso Fado Madrinho, ela é capaz de perseverar e realizar seus sonhos.

Conhecemos a diretora Kay Cannon como sendo a roteirista original dos agitados longas musicais "A Escolha Perfeita", e agora dirigindo e roteirizando um musical ousado e fora das bases tradicionais que já conhecíamos do famoso e clássico conto de fadas, acabamos vendo ela um pouco afoita, pois tudo passa a ser bem divertido pela proposta de sair da caixinha, de querer ser o que quiser sem depender dos outros, mas que sempre com uma mãozinha mágica acaba ajudando, e assim vemos algo irreverente e bem marcado, aonde a diretora pôs quase que um grandioso clipe de várias canções conhecidas, e brincou com mixagens, danças e toda uma vivência bem mais parecida com um longa de Bollywood do que de Hollywood realmente, e isso não é algo ruim, pois como filme musical funciona, tem bons personagens, boas dinâmicas e apenas mostrou algo novo, e como bem sabemos, o novo incomoda, tanto que o longa está levando uma enxurrada de críticas negativas, mas ao contrário do que posso pensar, outro pode amar, e eu acabei curtindo bastante a proposta, só diria que faltou um pouco de técnica por parte de algumas câmeras rodando, mas nada que incomode o público comum.

Sobre as atuações, a cantora Camila Cabello até foi bem em cena com sua Ella, mas não tem um porte chamativo, não é graciosa, e certamente falta muita técnica para podermos chamar ela de atriz, mas como aqui era mais necessário cantar do que atuar, ela foi bem, fez algumas caras e bocas clássicas de videoclipes, e acabou funcionando para a proposta. Nicholas Galitzine até que foi bem com seu Príncipe Robert, mas não é nenhum galã que faça as meninas suspirarem, nem entregou alguém muito marcante em cena, mas como o papel pedia alguém bem dinâmico ele foi bem no que se propôs a fazer. Diria que foi até engraçado ver Idina Menzel como a madrasta Vivian, pois como é um musical foi quase como ver a Elsa de "Frozen" viva fazendo trejeitos e ares maldosos, afinal é a atriz que dubla a versão original e seu tom vocal é incomparável, mas a atriz foi bem em cena, e mandou bons atos. Billy Porter como sempre chamou muita atenção como Fabuloso Fado Madrinho já nos trailers, porém só participou mesmo de uma cena, e isso é até estranho, pois poderia ter sido mais usado além de narrar a história no começo e no fim, mas foi interessante essa mudança proposta. Pierce Brosnan trabalhou seu Rei Rowan de uma forma meio que boba demais, mas conseguiu ter seus atos marcantes para o filme, e com isso agradou de uma forma divertida. Ainda tivemos os ratinhos bem dinâmicos com destaque claro para James Corden e quanto aos demais ainda tivemos as sacadas de mudanças no reino por parte da Princesa Gwen vivida por Tallulah Greive, mas todos mais marcantes claro na cantoria e na dança do que nas atuações em si.

Quanto do visual, temos algo bem marcante, meio que trabalhando algo de época, mas sem ser bem determinado, cheio de figurinos e figurantes de todos os estilos, e trabalhando muitas cores, muitas interações e atitudes, e a sacada de a protagonista ser uma estilista que deseja ter sua própria marca de vestidos, trabalhar para se sustentar e querer mudar a cabeça das pessoas acaba sendo algo bem chamativo para o ambiente em si, além claro de todos os atos do reino como troca de guarda, bailes, lutas e tudo mais que com toda a cantoria e danças acabou lembrando bem um filme indiano como já disse antes, mas nada que atrapalhe, pois a ideia era bem essa, e funcionou com muito luxo também em cena.

Como é um filme musical, é claro que tenho de falar das canções, e todas as músicas foram muito bem encaixadas dentro do tema, tendo algumas misturas bem interessantes, todos os personagens cantando bem com tons bem diferentes dos originais, e fazendo com que tudo funcionasse bem num ritmo gostoso de acompanhar e até de ficar na cabeça, e claro que deixo aqui o link das músicas para que todos ouçam depois, pois vale a pena.

Enfim, está bem longe de ser um filme perfeito, mas para quem curtir um musical leve, descontraído e bem diferente do usual acaba valendo a conferida, porém volto a frisar para ver de mente aberta, senão a chance de só reclamar como muitos estão fazendo por aí é bem alta. Ou seja, não vai ser daqueles filmes que vocês sairão indicando para todos, mas também não é toda a bomba que andam falando mundo afora, então eu recomendo a conferida, e fico por aqui agora já que vou encarar um nos cinemas na sequência, então abraços e até logo mais.


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