Netflix - Esquadrão Trovão (Thunder Force)

4/10/2021 02:17:00 AM |

Se alguém me falasse que o filme da Netflix, "Esquadrão Trovão", foi pra plataforma sem estar terminado, tipo um vazamento de dados, hoje com toda certeza após conferir a trama eu acreditaria totalmente, pois o resultado parece algo que nem prepararam todos os efeitos de forma correta, que a história foi feita nas coxas e na edição colocaram o que conseguiram filmar, e por aí vai, pois não chega a ser nem uma comédia parodiando os longas de super heróis que funcionasse, nem uma trama realmente de heróis versus um grupo de vilões, ao ponto que todo o resultado acaba sendo estranho de ver, os poderes soam bizarros, e mesmo as protagonistas parecem não estarem dispostas completamente para a trama. Ou seja, é daqueles filmes que você até tenta encaixar como um passatempo de final de semana, mas que no final acaba não acreditando em tudo o que viu.

A sinopse é bem simples e nos conta que em um mundo onde supervilões são comuns, duas melhores amigas de infância, separadas pelo tempo, se reúnem depois que uma delas inventa um tratamento que lhes dá poderes para proteger sua cidade.

O diretor e roteirista Ben Falcone, que é casado com a protagonista e tem feito quase todos os últimos filmes dela, até que tentou criar algo que seria irreverente ao menos, com ideias diferentes do usual de filmes do estilo, mas que acabou saindo muito do eixo, e principalmente deve ter recebido a ideia rápido demais para se fazer um filme com toda a pegada necessária, e que funcionasse principalmente, pois é inegável que o longa tem uma boa proposta, tem os elos de amizade com brigas, distância e tudo mais, tem o carisma das duas protagonistas que sempre chamam seus filmes para seus personagens, mas acabou virando uma bagunça tão fora de rumo, com efeitos e maquiagens estranhas (os braços de caranguejo de um personagem chega a ser bizarro, e provavelmente foi um incômodo monstruoso usar aquilo, valendo apenas para o ato que o vilão quebra eles, que aí os efeitos funcionaram e mostraram como já vimos que é dentro de uma pata de caranguejo realmente). De forma que diria que até algumas piadas e jogadas de duplo sentido funcionaram, mas certamente não fizeram nem metade do que poderia ter sido feito para chamar mais atenção, e somente será bem visto por ser o lançamento da semana da plataforma, e o povo ser curioso, pois não vale o play, quanto mais as quase duas horas apresentadas.

Sobre as atuações, gosto demais do estilo de Octavia Spencer, ao ponto de sempre torcer para suas personagens (até mesmo a malvada "Ma"), mas aqui sua Emily é passiva demais de tudo, ao ponto de parecer estar se sentindo desconfortável com o que estava fazendo, não fluindo como ocorre com todas as suas personagens, ou seja, vemos uma mulher riquíssima que não chega a lutar, mas sim desaparece e fica acuada, e somente nas cenas finais que saiu dando um pouco mais de porrada, mas sem expressividade e nem encaixando a dramaticidade casual que sempre faz, ou seja, não empolga. Melissa McCarthy sabe fazer comédia, e sabe brincar bem com suas personagens, dando até que uma personalidade interessante para sua Lydia, e se aventurando mais nos atos que precisavam de uma movimentação maior, porém a personagem é apenas exagerada, não sendo engraçada naturalmente, nem escrachada demais ao ponto de gostarmos do que faz, mas ao menos não desaponta tanto por já sabermos seu estilo de humor, e assim ela acaba fluindo. Jason Bateman ficou extremamente tosco com seu Caranguejo, de forma que tentou ser carismático e envolvente, mas apenas soou bobo, e certamente não era isso o esperado do personagem, de forma que acabou sendo jogado até em segundo plano. Bobby Cannavale até caiu bem para a personalidade do vilão O Rei, mas tudo acontece rápido demais ao ponto que nem vemos ele se desenvolver, fazendo alguns atos de vilania imponentes, em outros tentando soar bobo e engraçado, mas transformando tudo em uma bagunça tremenda que no final nem sabemos mais se gostamos ou não dele. A jovem Taylor Mosby até teve bons momentos com sua Tracy, sendo simpática e bem colocada como alguém até mais inteligente que a mãe, mas quando tudo começa a fluir para sua personagem, o longa acaba, ou seja, poderiam ter usado mais ela antes, e certamente daria um tom melhor para a trama. Melissa Leo foi figurativa demais com sua Allie, e não chamou a atenção que a atriz sabe fazer, ao ponto que quase esquecemos que ela apareceu, e Pom Klementieff só serviu com sua Laser para mostrar efeitos estranhos e fazer caronas, também não empolgando mesmo sendo quase tão protagonista quanto o vilão, ou seja, esquecível, e falando em pessoas duras de engolir foi ver o diretor fazendo piadinhas atuando com seu Kevin, ou seja, bizarro demais. Quanto as versões jovens das protagonistas, diria que foram bem interessantes, e até valeria ter usado mais elas, mas como não foram muito usadas, apenas diria que foram bem graciosas.

Visualmente a trama tem uma boa pegada, mostrando uma Chicago bagunçada, mas falando que tem diversos vilões Meliantes foram criados a partir de algo que nem lembro que falou no começo, mas só vemos 3 em cena, ou seja, economizaram demais nos recursos, e não foram muito além, e se vão ficar esperando uma continuação, duvido de acontecer, pois o filme é bem ruim, além disso tivemos efeitos bizarros, falsos demais, com explosões estranhas, pedaços de coisas voando, lutas sem quase nenhuma coreografia, ao ponto que vale apenas destacar o treinamento da protagonista em um prédio bem luxuoso e bem produzido, mas com tantas bizarrices que acaba sendo lastimável de ver a protagonista chupando e engolindo frango cru.

Enfim, é o que disse no começo, falharam tanto ao tentar fazer uma paródia de filme de super-heróis, quanto num filme de heróis mesmo, bagunçando tudo e nem conseguindo fazer graça, ou seja, dá pra fugir tranquilamente que é certamente tem outros bons filmes para conferir na plataforma, e sendo assim não recomendo a trama de forma alguma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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