Netflix - Vampiros x The Bronx (Vampires vs The Bronx)

10/04/2020 07:25:00 PM |

Na época dos filmes de terror, é claro que tem de aparecer opções também para os mais jovens, e o estilo sempre costuma colocar jovens aventureiros em busca de algo, ou lutando contra monstros, que é o que ocorre no lançamento da Netflix, "Vampiros x The Bronx", que tem uma pegada totalmente de passatempo, brincando com a ideia de "Blade", e claro de todos os símbolos casuais de personagens vampirescos. Ou seja, é um filme simples, bem leve e divertido, que mostra jovens entrando em confusão por se meterem aonde não deve (a base de todo terror), e que usando de vários clichês partem para a briga com um grupo de vampiros ricos que estão comprando o bairro todo para montar algo seu. Não diria que é um filme que vamos lembrar durante muito tempo, afinal ele não tem nada de muito surpreendente, mas a essência é bem funcional, e o resultado serve para passar o tempo, de modo que vale ao menos os 85 minutos de sessão.

O longa nos mostra que quando estranhos seres vampirescos, novos no Bronx, começam a vagar pelo local, três amigos adolescentes se reúnem para salvar seu querido bairro, lutando contra as forças sobrenaturais e contra a gentrificação planejada.

Após muitos curtas metragens, séries e programas de sucesso, o diretor Oz Rodriguez resolveu estrear em longas com um algo simples, direto e sem muitas firulas, o que é muito bom, pois geralmente quando enfeitam muito o doce no primeiro longa, geralmente costuma dar muito errado, e é o oposto do que vimos aqui, pois ele soube dimensionar cada momento dos garotos, não deu muita abertura para explicações (só ficamos sabendo do motivo dos vampiros desejarem o Bronx nos últimos momentos da trama), e claro que usando dos artifícios mais conhecidos de séries e filmes sobre vampiros tudo foi bem usado e mostrado numa corrida rápida e direta em cima da caça aos monstrengos. Claro que o filme ficou muito fácil, e os pequeninos conseguiram destruir esses que são considerados seres fortes e imortais, em minutos, mas a ideia não era algo muito complexa, nem fazer uma guerra imensa, e assim sendo o roteiro soube dimensionar o que era necessário, e o filme funcionou, mas que certamente poderia ter aberto um pouco mais tudo, isso poderia, mas já valeu pelo menos o passatempo da tarde de domingo, então está valendo.

Sobre as atuações, ao mesmo tempo que correram o risco de não pegar nenhum garoto conhecido para protagonizar a trama, também foram certeiros de colocar jovens com boas dinâmicas nos papeis principais, de modo que acabamos curtindo o que os jovens fazem, porém poderiam ter trabalhado um pouco mais para que suas expressões fossem mais convincentes. Jaden Michael deu um tom bem colocado para seu Miguel, de forma a segurar bem os momentos mais diretos, e sendo considerado por muitos o jovem prefeito do bairro, ele trabalhou seguro de atitudes, fez caras imponentes, e não se desesperou como casualmente ocorreria, ou seja, deram uma personalidade um pouco adulta demais para o jovem, e assim ele até chamou a responsabilidade, mas poderia ser mais carismático para que o filme fluísse melhor com ele. Gerald Jones III trouxe para seu Bobby o tradicional que ocorre com jovens negros de periferia, e isso não é legal, mostrar que só tem essa solução, e talvez algumas dinâmicas diferentes mostrariam o jovem mais chamativo para as cenas. Gregory Diaz IV (aliás esses garotos têm algum parentesco com reis, pra ter numeral romano nos nomes?) trouxe para seu Luis uma dinâmica nerd interessante para compartilhar bem as ideias de vampiros e funcionar, mas o jovem ficou muito em segundo plano, então acabou não decolando como poderia. Do lado do mal, os destaques claro ficaram para Sarah Gadon com sua simpática Vivian, que de cara não passou a impressão, mas depois foi bem imponente, embora pudessem ter melhorado um pouco a maquiagem, mas como a jovem já trabalhou em outros filmes de vampiros, foi bem nos trejeitos, e Shea Whigham trouxe para seu Frank um chamariz imponente para suas cenas, parecendo mais um mafioso do que um capacho de vampiros, mas foi bem no que fez.

Visualmente a trama trouxe boas cenas e brincou bastante com tudo, desde a mostrar um bairro que não é muito visto pela cidade, com diversos problemas de segurança, imigrantes e tudo mais, aonde souberam dosar bons elementos cênicos para que desde a bodega do amigo deles que os jovens tanto querem manter aberta, quanto a sala imponente do corretor cheia de elementos cênicos bem úteis para serem usadas foi algo bem feito, mas quando entraram no lance dos vampiros, economizaram bem, com caixões simples, cenas com efeitos sem grandiosos elementos, mas tudo bem feitinho, ao ponto que funciona dentro da proposta.

Enfim, é um filme passatempo, daqueles que não vamos nem ficar recomendando aos sete cantos, mas que também não podemos falar que é ruim ao ponto de não assistir, apenas poderiam ter trabalhado um pouco mais os vampiros para que tudo ficasse mais condizente, e assim ter algo a mais, e também mais um pouco dos garotos para que o resultado ficasse mais completo, pois tempo de projeção tinham, afinal ficou bem curto a trama, mas pelo menos não cansa. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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