O Rei dos Reis (The King Of Kings)

4/13/2025 10:17:00 PM |

Sempre que chega a época da Páscoa já fico esperando algum longa sobre a vida de Jesus, entregando por vezes tramas mais tradicionais ou então recaindo para dinâmicas mais controversas, mas inegavelmente é quase que um marco tradicional ter algo do estilo. E além de estar passando o episódio da tradicional série "The Chosen - A Última Ceia" nos cinemas, eis que esse ano haverá também uma animação sobre o tema nas telonas para levar tanto a criançada religiosa quanto seus pais para vivenciarem a bela passagem bíblica que já vimos de diversas formas na telona, nos teatros, na Igreja e tudo mais, ou seja, "O Rei dos Reis", que estreia na próxima quinta-feira 17/04, traz de uma forma sensível e bem trabalhada a passagem sendo contada como um conto de Charles Dickens, o tradicional autor de grandes livros para que seu filho que é fissurado em reis empunhando espadas conheça o maior rei que o mundo já teve que pregava a paz lutando com suas palavras. Ou seja, não espere nada muito diferente do que você já viu nos outros filmes, mas sim uma dinâmica bonita, com um traço de desenho tridimensional quase quadrado, mas que é bem simbólico e gostoso de acompanhar, e assim vale o tempo de tela sem ser apelativo em demasia, como é o caso da maioria dos longas religiosos.

No longa vemos que o renomado autor e romancista Charles Dickens encontra cada vez mais obstáculos para se conectar com seu filho Walter enquanto vive sua rotina repleta de compromissos. Um dia, esperando estabelecer uma conexão com Walter, Dickens resolve compartilhar com seu imaginativo filho a história de Jesus Cristo, uma das maiores de todos os tempos. Ao ouvir seu pai narrando, Walter mergulha numa jornada vivida ao lado do líder religioso, cativado pelos eventos da vida de Jesus de Nazaré. Caminhando com o profeta, Walter testemunha os milagres, enfrenta os desafios e vive profundamente o sacrifício de Jesus. Através dessa simples narrativa, Walter e Dickens estabelecem um laço forjado na esperança, na fé, no amor e na transformação reunidas na história de Jesus.

Depois de trabalhar por muitos anos com efeitos especiais, Seong-ho Jang faz sua estreia como diretor e roteirista aqui com algo que chega a surpreender muito de técnicas, pois claro que não criou nada muito fora do caminho, sendo a base da história algo que já vimos milhares de vezes, mas a grande sacada foi colocar como narrador Charles Dickens, e seu filho pequeno acompanhando em sua mente como se estivesse vivendo os momentos de Jesus, o que é uma tremenda ideia que muitas crianças acabam se colocando nas histórias quando os pais contam determinados livros, e o mais bonito da forma escolhida pelo diretor sul-coreano foi saber usar da fé, da palavra e da determinação dos profetas para que tudo funcionasse bem na tela. Ou seja, é ainda um filme religioso clássico, mas que acaba sobrepondo a barreira do estilo para uma animação sutil, leve e que fosse bem colocada no mundinho das crianças, ou seja, algo muito bem encaixado para todas as idades, pois não ficou bobinho como poderia, mas sim algo centrado e bem feito.

Quanto dos personagens não vou falar muito dos tradicionais Jesus, Maria, José, Caifás, Judas, Pedro e por aí vai que sabemos bem já que vimos diversos filmes do estilo religioso, e sempre entregam bem as dinâmicas, então o que posso colocar é a desenvoltura de Charles Dickens e seu filho Walter, pois a ideia ficou muito bacana de ser vista com o garotinho pegando toda a simbologia e mudando o seu rei preferido, desenvolvendo na tela dinâmicas leves e bem divertidas junto de sua gata Willa, andando pelos cenários tradicionais da jornada de Jesus, vendo a famosa multiplicação dos peixes, dos pães, o andar sobre as águas e tudo mais, e toda a pegada infantil bem colocada para ser representativa e emocional, ou seja, a narração lúdica ficou bem encaixada e bonitinha demais de ser vista, o que acaba agradando pelo estilo de traços mistos e a sacada de uma boa leitura expressivamente teatral do pai que consegue fazer o filho viajar na história.

Visualmente já falei muito bem do traço artístico da trama, mas principalmente vale destacar as belezas dos tons escolhidos, com cores mais puxadas para o pastel na história bíblica, e deixando tons um pouco mais fortes nas cenas com a família na casa deles, criando um ar lúdico e ao mesmo tempo representativo, tendo os diversos momentos marcantes da história que conhecemos de Jesus bem montadas, sem forçar a barra nem para o apelativo, e nem para a formatação bobinha demais, e assim vemos tudo como boas pinturas e sombras, dando uma tridimensionalidade coerente e bem encaixada na tela, não trabalhando tanto com texturas, mas sabendo agradar aonde poderia por algo a mais.

Enfim, não é especificamente um filme da Angel Filmes, mas sim da Heaven aonde a guilda Angel aprovou e colocou para seu público alvo, e certamente com a data da Páscoa escolhida para o lançamento nos cinemas deve encher bem as sessões com os pais religiosos levando seus filhos, e afirmo que vale bastante o resultado, sendo bem bonitinho para todas as idades, então vá conferir a partir do dia 17/04 nos cinemas de todo o país. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da TZM Entretenimento, da Paris Filmes, da 360 Way UP da Heaven Content pela cabine, e volto amanhã com mais dicas.


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Operação Vingança (The Amateur)

4/13/2025 01:44:00 AM |

Filmes investigativos são bem interessantes de conferir por brincarem com toda a dinâmica sem precisar ousar muito, mas muitas vezes colocam doses de ação para que o impacto seja mais contundente na tela, e com isso as interações acabam sendo bem maiores. Comecei o texto de "Operação Vingança" dessa forma por dois motivos, o primeiro por não lembrar da versão original de 1981 (aliás nem sei se cheguei a assistir ela!), e o segundo por o filme lembrar qualquer outro filme de espionagem aonde temos um gênio nerd aonde ele não precisa lidar com armas e sair sujando sua mão de sangue, mas sabendo aonde usar a tecnologia e sua inteligência consegue deixar todos os seus superiores mais perdidos que tudo, enquanto vai resolvendo sua vingança pessoal contra os assassinos da esposa. Claro que se o filme tivesse uma pegada mais explosiva o resultado chamaria muito mais atenção, porém dentro da boa premissa as atuações funcionam bem para os personagens, e mesmo sendo algo morno de ver, ao final tudo fez bastante sentido e acaba agradável de acompanhar até o fim.

O longa nos conta que após a trágica morte de sua esposa em um ataque terrorista em Londres, Charles Heller, um criptógrafo altamente capacitado da CIA, se vê frente a um dilema cruel: sua agência não está disposta a agir, afogada em prioridades internas conflitantes. Desesperado por justiça e com a dor da perda a consumi-lo, Heller toma uma decisão radical. Ele chantageia seus superiores para ser treinado como um agente de campo e, assim, poder perseguir os responsáveis pelo atentado por conta própria. Acompanhado por uma jornada de vingança e auto-descobrimento, Heller se infiltra em um sombrio universo de espionagem e terrorismo internacional. À medida que se aprofunda na trama de conspirações e traições, ele percebe que seus próprios aliados podem ser tão perigosos quanto seus inimigos.

Diria que o diretor James Hawes teve um estilo seguro demais para um filme que precisava de mais força, pois a trama tem uma boa pegada para que fosse mais explosiva e densa, não ficando apenas nas intenções como acabamos vendo na tela, claro que toda a sacada do rapaz em ser bom com códigos, com câmeras e outras habilidades lhe deram força para fugir e se esconder dos superiores, tendo uma ajudinha foi melhor, mas faltou para o diretor colocar realmente essas habilidades em pauta do protagonista para que o filme fluísse ao redor disso, e não ele precisando mudar, tanto que a última cena é a melhor de todas, pois não precisou de ajuda nenhuma para fazer o que sabe melhor, e talvez mais disso no filme não ficasse tão morno e dependente. Claro que o filme passa longe de ser ruim, mas isso não se deve ao estilo de direção e sim das boas atuações, mas dava para ser ainda melhor e chamar muito mais atenção na tela com poucas mudanças.

E falando das atuações, o estilo de Rami Malek é daqueles que se precisam de um nerd em especial, certamente vão olhar para ele, que claro tem seus traquejos que muitos não gostam, mas aqui fazendo seu Charles Heller soube brincar com as facetas, e se fazer bem entendido para o que precisava fazer na tela, aparentando um certo desespero cênico, mas como era algo do papel, ele acabou chamando a atenção no que fez. A cena que mostra no trailer com Laurence Fishburne com seu Henderson exigindo que o protagonista olhasse nos seus olhos e atirasse nele é o mesmo que pedir o algo inexistente em um cardápio, não tem quem não sinta a pressão que o ator causa na tela, ainda mais com um personagem imponente, ou seja, ele se joga no papel com um estilo misterioso, e acerta em tudo o que faz. Fiquei pensando em quanto gastaram com uma atriz do gabarito de Rachel Brosnahan para morrer com menos de 10 minutos no filme com sua Sarah, mas como o protagonista continua vendo ela, tendo momentos do passado refletidos, até que foi bem no que a atriz fez. Outra que foi muito bem nas cenas que participou foi Caitriona Balfe com sua Inquilina, tendo o mesmo estilão de conversa nerd cheia de facetas com o protagonista, e tendo uma grande desenvoltura acabou chamando até que bastante atenção, ao ponto que se o filme tivesse um prequel seria legal em cima de sua personagem. Quanto aos demais, vale leves destaques para Julianne Nicholson como a diretora da agência e Holt McCallany com seu Moore, mas sem grandes chamarizes, e claro foi um grande desperdício ter Jon Bernthal com apenas duas ceninhas jogadas na tela, que nem levam nada a lugar algum.

Visualmente o longa passeou por muitos países, tendo cenas bem amplas e cheias de correrias e dinâmicas dos personagens em boates, bares, cafés, esconderijos, barcos e tudo mais, mas vale um grande destaque para as cenas do início dentro de ambientes ultra-secretos de decodificações, aonde o protagonista trabalha quebrando códigos e descobrindo coisas que não deveria nem ele, nem ninguém saber, ou seja, foram ousados nesse sentido mostrando um pouco de computação de código para essa galera de hoje que precisa pedir tudo para uma inteligência artificial fazer.

Enfim, é um bom filme de ação, mas que poderia ser algo genial na telona, de modo que vendo na sala Imax funcionou um pouco mais pelas cenas de ação, mas como disse acima, o diretor não investiu tanto nesses atos, e esse estilo mais morno de muitos atos acabou deixando o filme sem a imponência que poderia ter. Claro que ainda vale a indicação, mas não vá esperando ver um grandioso filme de espionagem que vai lhe deixar impressionado com tudo, que não é bem assim, então fica a dica, e claro que fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais filmes. 


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Drop: Ameaça Anônima (Drop)

4/12/2025 02:33:00 AM |

Muitos amigos falam que meu gênero favorito é o terror, e afirmo que não tenho isso de preferências, desde que seja um bom filme e o resultado final me surpreenda até desenho bem infantil pode entrar na lista dos longas que darei maiores notas, porém um gênero que gosto bastante é o tal do suspense, principalmente daqueles que você fica tentando descobrir quem é o assassino, quem é que está mandando as mensagens, e claro quais as motivações de toda a artimanha. E um longa que não tinha sequer visto o trailer, e sequer sabia da existência dele até aparecer na programação de terça/quarta-feira foi "Drop: Ameaça Anônima", e meus amigos, que filmão tenso e bem feito, com amarrações cheias de boas sacadas, deixando você tenso do começo ao fim, não sendo algo muito óbvio (depois de mostrarem fica meio que dava para ter pego), e que mesmo tendo atos finais explosivos e exagerados demais, o resultado acaba sendo daqueles que você mesmo morrendo de sono nem pisca na última sessão da noite. Ou seja, é daqueles que dá para indicar de olhos fechados, e que diria para que não leiam mais nada a partir daqui, pois tudo pode ser um spoiler, e olha que evito ao máximo qualquer deslize (e fuja de outros sites também!).

A sinopse nos conta que a mãe solteira e viúva Violet finalmente se arrisca e marca o primeiro encontro com o rapaz que tem conversado online, o charmoso Henry. Durante o jantar num restaurante luxuoso, os dois parecem se dar bem, até que Violet começa a receber mensagens com ameaças de um número desconhecido. Exigindo que ela jogue um jogo, caso contrário seu filho sofrerá as consequências, Violet precisa seguir as instruções exigidas sem poder mencionar o que está acontecendo para ninguém, muito menos para seu companheiro romântico. Se não fizer o que for pedido, todos que ela ama morrerão. Com diretrizes cada vez mais amedrontadoras, a situação chega em seu nível limite, com seu algoz anônimo obrigando-a a matar Henry. Nesse thriller repleto de suspense e mistério, a confiança do casal é colocada à prova e questionamentos começam a nascer: será que o autor de todo esse esquema é o encantador Henry?

Outro fato que me surpreendeu é que esse é o oitavo longa do diretor Christopher Landon e sem ter visto apenas dois, reclamei apenas da falta de ousadia em um dos filmes, e todos os demais curti cada minuto na tela, isso sem falar nos outros ótimos roteiros de terror que já fez, ou seja, é daqueles que tem seu estilo como princípio e sabe arquitetar tudo tão bem para que fique amarrado na medida certa, que o resultado acaba se descontrolando para algo genial. Claro que ele geralmente liga a chave do vamos resolver tudo agora nos últimos minutos de suas tramas, até forçando um pouco a barra, mas sabendo ousar nas sacadas e desenvolturas, ele acaba usando de coisas cotidianas, como aqui o caso dos aplicativos de proximidade (diria que uma moda meio arriscada, que nem sabia que estava na moda!) para dar ainda mais medo e tensão no ar, ou seja, ele literalmente brinca com a protagonista, e nos coloca junto para brincar de advinha quem.

Uma coisa bem interessante do longa é que o diretor usou atores não muito conhecidos (ao menos para mim) para desenvolver mais os personagens na tela do que personalidades em si, e isso acabou dando um tom mais misterioso para o resultado final, ao ponto que a protagonista Meghann Fahy soube segurar bem sua Violet, trabalhando tensões e expressões nítidas de algo ruim acontecendo, que facilmente qualquer pessoa com um senso normal conseguiria ver, mas transpareceu bem isso sempre que questionada, e funcionou (ao menos na ficção) para segurar a trama até o final mais explosivo e dinâmico na tela. Brandon Sklenar deu um tom meio que de galã para seu Henry, ao ponto que trouxe para o personagem um estilo bem cheio de trejeitos emotivos e até sedutores, criando uma química interessante para um bom primeiro encontro, e o melhor sem entregar muito o que poderia estragar o longa. Reed Diamond trabalhou seu Richard com bons traquejos, puxando por vezes um ar meio cômico, mas sendo bem sério e sarcástico quando precisou fluir, e assim foi bem no que precisava. Ainda tivemos bons atos de Gabrielle Ryan como uma barman descolada, Jeffery Self como um garçom meio que exagerado de traquejos, Jacob Robinson como um rapaz descolado que ficou trombando toda hora com a protagonista, Ed Weeks como um pianista bem colocado, mas sem dúvida quem chamou atenção nos atos finais quase como uma sobrevivente nata foi Violett Beane com sua Jen que levou uma facada, uns dois tiros, foi arremessada e ainda apareceu no final para perguntar para a irmã como foi o encontro!

Visualmente o longa tem a base em dois locais apenas, a casa da protagonista com a sala e o quarto apenas, tendo alguns atos bem pequenos na tela do celular com a câmera de segurança, e um restaurante bem chique no último andar de um arranha-céu, tendo pratos chiques, piano, muitas câmeras e vários elementos cênicos para serem usados, como o relógio da protagonista, uma nota de dinheiro, um frasco de veneno, entre outros detalhes de um bom jantar, fora uma boa corrida de carro no ato final e cenas de tirar o fôlego com a explosão de vidros, ou seja, a equipe de arte trabalhou muito bem na amarração cênica.

Enfim, volto na minha reflexão de sempre, que sem saber nada do longa, minha expectativa era a mais básica ou até nula possível para o que veria hoje, e saí extremamente satisfeito com o resultado entregue, querendo até rever alguns atos para me atentar a alguns detalhes, mas vou preferir ficar com o que acabei vendo na primeira e única vez que foi muito intenso e gratificante pelas surpresas e intensidades, que claro vou recomendar para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Amazon Prime Video - G20

4/11/2025 12:57:00 AM |

Sempre tenho muito medo de filmes que fazem mil propagandas, campanhas de marketing fora do streaming normal, tapetes vermelhos de pré-estreias mundo afora, e tudo mais, de modo que nem estava nos meus planos conferir hoje o lançamento da Amazon Prime Video, "G20", mas como o mundo dá voltas eis que resolvi dar o play nele, e felizmente mesmo ficando na dúvida se estava vendo um filme de Viola Davis ou de Liam Neeson, o resultado surpreende bem na tela, prende o espectador, e funciona com todas as características de filmes desse estilo, afinal já vimos diversas tramas de alguém tentando salvar pessoas sequestradas, e aqui o que muda é que quem vai pra linha de frente é a presidente do país para se salvar e salvar também os demais membros da cúpula dos países mais ricos do mundo. Claro que por ser um estilo que a maioria gosta, e também uma grande maioria já não aguenta mais ver o famoso mais do mesmo, a trama beira raspar o exagero, e não tem grandiosos diálogos, mas como a protagonista sabe conduzir muito bem qualquer estilo de filme que entre, o resultado agrada bastante na tela.

O longa nos conta que a Presidente dos Estados Unidos, Danielle Sutton é o alvo número um dos criminosos que atacam a cúpula dos governantes reunida na Cidade do Cabo na África do Sul. O plano dessa gangue é reunir os dados e as informações faciais das maiores autoridades do mundo com o objetivo de controlar os mercados e a economia mundial, utilizando ferramentas de deepfake para isso. Entre reféns e feridos, a família de Sutton desaparece na confusão. Depois de escapar dos agressores, Sutton precisa canalizar seu talento para a governância e sua experiência militar para defender sua família, seu país e salvar os líderes mundiais.

Diria que a diretora Patricia Riggen demonstrou muita segurança para um longa de ação, pois seu filme desenvolve bem os personagens sem precisar ficar explicitando passados e dinâmicas, tem a estrutura de um filme empoderado, colocando uma presidente negra nos EUA (algo que alguns imaginavam que iria ocorrer realmente!), vemos uma cúpula governamental com países não tão representados na tela, mas bem encaixada nas dinâmicas entre os principais, e claro a discussão em cima de quebras econômicas, criptomoedas, o que é ser herói de guerra, segurança e tudo mais regado a muitos tiros, lutas corporais e até envolver deepface na estrutura do roteiro, ou seja, um pouco de tudo sem precisar ficar alongado, mas que vemos o estilo tanto da diretora na tela, quanto o estilo da protagonista, sendo imponente pelos vários ângulos de desenvolvimento, e que mesmo tendo algo comum de outros filmes, e dessa agenda de colocar personagens femininos em alta, a trama acaba não soando apelativa, de modo a funcionar bem na tela.

Quanto das atuações, nem tem como não elogiar Viola Davis, pois já mostrou tantas facetas dramáticas, cômicas e até de ação em muitos outros filmes, e aqui ela trabalhou bastante com muita movimentação com armas, corporais (provavelmente usando dublês, em atos perigosos, mas muitas cenas falou que ela mesma fez) e trabalhou para que sua Danielle Sutton tivesse muita personalidade na tela, ou seja, fez o pacote completo em um filme que tradicionalmente só seria tiro, porrada e bomba, porém contando com uma artista do gabarito dela, não tinha como ser apenas isso. Outro que foi muito bem em cena foi o segurança da protagonista vivido por Ramón Rodriguez, que trabalhou uma parceria bem dinâmica e soube se jogar bem nos atos sem sobrepor a personagem principal, o que acaba sendo bem bacana para um longa desse estilo, pois o que estamos acostumados a ver é o segurança sempre salvando todo mundo, o que não acontece aqui. O vilão principal vivido por Antony Starr foi bem malvado na tela, com o estilo tradicional que amamos odiar, só que tem um grande detalhe, ele não anda conseguindo sair do seu papel na série "The Boys", parecendo que só tem um traço expressivo, e isso pesa em alguns atos do longa. Quanto aos demais, vale destacar alguns atos bem sacados da filha da presidente vivida por Marsai Martin, o marido dela que Anthony Anderson soube dimensionar bem, o primeiro-ministro britânico que Douglas Hodge soube criar boas facetas e Sabrina Impacciatore que faz a líder do FMI, ou seja, não foram grandes cenas de nenhum dos secundários, mas todos trabalharam bem com suas dinâmicas na tela.

Visualmente o longa é bem grandioso, pois embora tenha a maioria das cenas dentro de um hotel, focando bem mais no salão de festa e na sala de controle das câmeras, tivemos bons atos em vários outros ambientes, muitos carros blindados e gigantes, e armas de todos os estilos possíveis desde brancas até lança-mísseis gigantescos, passando por todo o miolo, tivemos bons figurinos e desenvolturas de elementos nos ambientes, mostrando que a equipe gastou um belo orçamento, e assim fizeram jus para mostrar tudo na tela.

Enfim, é um filme que até podemos dizer que é mais do mesmo, afinal já vimos tantos filmes desse estilo que até ficamos esperando acontecer determinados momentos, mas que ele tem um bom funcionamento na tela, e que sendo rápido sem grandes alongamentos cênicos acaba entregando uma boa diversão e tensão para quem curte o estilo. Então fica a dica para conferirem, e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.


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Amazon Prime Video - Sujo

4/10/2025 12:36:00 AM |

Sempre que vemos um filme enrolado, com dramaticidades exageradas e tudo mais do estilo já soltamos que acabou virando uma novela mexicana, porém os dramas do México têm pegada e conseguem se desenvolver também nas telonas sem forçar a barra, e um grande exemplo disso é "Sujo", que estreou na Amazon Prime Video depois de uma grandiosa campanha por festivais, tendo levado inclusive o prêmio do júri em Sundance no ano passado. E ele trabalha tão bem a dinâmica que se passa na cabeça de um jovem, se um dia ele conseguiria mudar quem ele "nasceu" para ser, sem seguir os passos dos pais que viviam no meio conturbado ilegal do país, como no caso os famosos sicários, e o bacana da produção dividida em capítulos pequenos funciona para vivenciarmos os personagens ao redor do garoto, e como ele vai se moldando e se desejando moldar, ao ponto que funciona bem na tela, porém acredito que tenha faltado cravar mais nos espectadores, para que conseguisse emocionar, pois esse mínimo detalhe acabaria elevando a produção para um nível fora dos padrões, mas ainda assim é um grande exemplar de que nem todo drama mexicano é novelesco.

O filme mergulha na vida de Sujo, um jovem que testemunha o assassinato brutal de seu pai, um assassino de aluguel de cartel, aos quatro anos de idade. À medida que Sujo cresce da infância para a vida adulta, ele lida com o legado assustador do passado violento de seu pai, lutando para escapar de suas garras e trilhar seu próprio caminho.

Diria que as diretoras e roteiristas Astrid Rondero e Fernanda Valadez foram bem sucintas com o que entregaram na tela, pois mesmo sendo um filme dividido em capítulos, elas acabaram não abusando de nossa inteligência refazendo os momentos a cada nova interação na tela, ao ponto que o resultado cênico consegue funcionar bem e ser representativo sem ficar batendo tanto na história do garoto, deixando que o momento fosse levado pela tela, e principalmente que o rapaz estivesse mais solto e bem colocado para seus momentos, ou seja, é quase um filme de ator, o que é algo muito raro em produções de baixo orçamento, e o resultado funciona bem demais.

E como já falei acima, a trama teve uma pegada de ator muito forte e bem colocada na tela, de forma que o jovem Juan Jesús Varela conseguiu ter um carisma para o seu papel de Sujo quase tênue no limite da timidez, que não chega a ficar oculto, mas também não se explode na tela, sabendo da sua importância cênica sem soar falso ou errar pecando pelo excesso, e assim acaba agradando bastante na tela, e da mesma forma a sua versão mais criança vivida por Kevin Aguillar acaba sendo bem desenvolto e leve para os atos mais tensos. Diria que faltou explorar um pouco mais a personagem Neme de Yadira Pérez, pois ficou muito refugiada da câmera, com poucos olhares marcantes, e talvez com pouquíssimas entonações mais expressivas faria seu papel importar mais na tela. Alexis Varela e Jairo Hernandez conseguiram fazer com que seus Jai e Jeremy tivessem dramaticidade e desenvoltura para o papel mais fechado do protagonista, ao ponto que o primeiro tem atos mais fortes ao final e o segundo atos mais duros no miolo, mas conseguiram não passar despercebidos e sendo bons coadjuvantes. Mas sem dúvida quem teve atos bem expressivos e representativos nos atos finais foi Sandra Lorenzano com sua Susan, de modo que ela chamou a responsabilidade para si, e mostrou que a educação é a melhor arma para mudar uma pessoa, principalmente se essa pessoa quiser mudar, e a atriz foi simples e direta para que seu papel tivesse a emoção, mas não ficasse forçada na tela.

Visualmente a trama mostra primeiro o mundo de uma pequena vila dominada pelos assassinos e os carteis, aonde os jovens são usados como mulas e tudo é muito intenso e fechado, com casas bem simples contrastando com mansões, a vegetação seca e fechada, e a destruição em si separando tudo, com tudo sem grandes chamarizes, mas bem representativos; já na segunda parte vamos para uma metrópole separada pelo trabalho árduo de descarregador de cargas de alimentos que o jovem acaba trabalhando, uma pequena habitação de apenas quarto com beliche, e os jovens treinando para lutas embaixo de uma ponte, e do outro lado a faculdade, com suas festas tradicionais aonde poucos se conectam, e a casa da professora simples, porém aberta para o mundo novo que o jovem pretende entrar.

Enfim, é um filme simples, mas que funciona muito bem na tela, que facilmente poderia cansar, mas que prende o espectador na tela, e sendo sutil com situações fortes, o resultado mesmo que simbólico acaba funcionando bastante e vale a indicação. Então fica a dica para conferirem, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até amanhã com mais dicas.


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Amazon Prime Video - Reagan

4/09/2025 12:11:00 AM |

O que mais gosto de conferir em biografias é saber coisas que aconteceram que nunca parei para estudar a fundo sobre alguma personalidade mundial, e a única coisa que lembrava de Ronald Reagan era que foi um ator que virou presidente dos EUA e nada mais, ou seja, os fatos mostrados no longa da Amazon Prime Video, "Reagan", foram bem novos para a minha pessoa, por exemplo que foi ele o envolvido nas negociações com Gorbachev pelo fim da Guerra Fria e consequentemente a queda do muro de Berlim, ou seja, dois grandiosos fatos que lembrava vagamente de ter estudado na escola. Ou seja, historicamente o longa tem muito conceito, e foi até bem atuado por Dennis Quaid, que acredito ter usado muita maquiagem digital para os momentos mais jovens, porém tem um defeito meio que grande: o ritmo, pois os 142 minutos duram muito tempo na tela, e acredito que muitos acabarão vendo ele quase como seriado, pois o miolo enrosca.

O longa conta a história de vida do 40º presidente dos Estados Unidos, desde suas raízes no interior dos EUA, passando pelo tempo em que seguiu carreira artística no teatro e no cinema até assumir o posto mais importante de uma nação: a cadeira na Casa Branca. Contada a partir do ponto de vista de um agente da KBG que espionou o político durante anos, a cinebiografia mostra a infância e a juventude conturbada de Reagan, vivendo sob o teto de um pai alcoólatra. Sua ambição em se tornar ator o leva até Hollywood onde se tornou um contratado da Warner Bros e, mais tarde, chega até mesmo a se tornar diretor do Sindicato dos Atores Americanos. É durante a década de 60 que Reagan mergulha de cabeça na política e entra para a corrida eleitoral na California, buscando, em primeiro lugar, a função de Governador do Estado e, posteriormente, a cadeira presidencial americana.

Diria que o diretor Sean McNamara acabou exagerando um pouco no desenvolvimento do livro de Paul Kengor, pois criou tantas facetas para o tempo de tela, que quase conseguiu contar a vida inteira do personagem, e olha que é tudo em cima da história contada pela investigação de um ex-agente da KGB (que aqui entra outra falha que me irrita muito em vários filmes, de que russos falam inglês fluente - sendo que odeiam a língua por lá!), ou seja, dava para ter trabalhado só o período político do personagem, que provavelmente deveria ser a base de pesquisa do agente, que teria boas dinâmicas e claro levaria ao fechamento mais triste. Porém como o longa não é meu, o que posso dizer é que a forma biográfica foi bem representada na tela, tem um funcionamento interessante, e mesmo tendo um ritmo bem lento, consegue envolver para conhecermos detalhes da vida do personagem, e assim o diretor que gosta de trabalhar mais ficções, acabou enfeitando um pouco para que a trama não ficasse tão engessada.

Quanto das atuações, dava muito bem para pegarem o filho de Dennis Quaid, Jack Quaid, para fazer o personagem jovem, pois mesmo David Henrie aparecendo bem pouco como a versão jovem do papel, usaram muita maquiagem digital para rejuvenescer o protagonista, e também forçaram um pouco demais o sorriso (quase de Coringa) de Ronald Reagan, porém tirando esses detalhes, o ator soube segurar bem a pressão na tela e fazer um dos presidentes mais marcantes dos EUA, tendo facetas bem dialogadas e cheias de conexões com muitos líderes. Dentre os demais, a maioria faz muitas conexões com o protagonista, mas não chegam a chamar as responsabilidades para si, de modo que valem dois destaques para Penelope Ann-Miller como uma Nancy Reagan cheia de dinâmicas e completamente apoiadora do marido, e Olek Krupa bem colocado como um Mikhail Gorbachev bem fechado, mas cheio de disposição nas negociações, fora claro o "narrador" da história bem alocado que John Voight trabalhou na tela.

Visualmente o longa teve cenas bem icônicas que depois durante os créditos vemos as imagens reais muito semelhantes, mostrando que a equipe de arte pesquisou bem e soube reproduzir com muita fidelidade, desde o discurso na frente do muro de Berlim, a negociação dos líderes em uma sala bem tradicional, as discussões no salão oval, alguns bailes e festas do SAG, e também o garotinho Reagan como orador da Igreja, além dos vários atos finais no rancho aonde viveu os dias finais do seu Alzheimer. Outro detalhe legal da equipe de arte foi trabalhar a forma que o ex-agente vai contando para o possível novo presidente da Rússia, com imagens sendo projetadas, pastas de arquivos e livros, o que deu um tom diferenciado.

Enfim, é um longa que funciona bem dentro da proposta de mostrar a evolução do garotinho para ator e de ator quase esquecido para governador, e de governador para um dos principais presidentes do país pelas articulações que teve no mandato, porém é bem lento e recomendo não ver cansado, pois falta dinâmica em muitas das cenas para que o longa fluísse melhor, então fica a dica para ver numa boa tarde tranquila. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Força Bruta: Punição (Beomjoidosi 4) (The Roundup: Punishment)

4/08/2025 12:37:00 AM |

Para ser bem sincero, não esperava que a franquia Força Bruta fosse passar do segundo longa, mas veio o terceiro no ano passado e eis que na próxima quinta 10/04 chega aos cinemas o quarto filme chamado "Força Bruta: Punição" que agora põe o grupo de policiais brigões contra os crimes cibernéticos, principalmente envolvendo jogos de azar online, o que anda muito na moda, mas como eles são do grupo de homicídios, precisarão de algumas ajudas, e basicamente vão ainda bater em muitos vilões (alguns bem imponentes). Diria que o quarto filme segue bem a base do terceiro, sendo menos explosivo, e mais voltado nas investigações e dinâmicas, de modo que ainda temos muita pancadaria, e claro as devidas sacadas cômicas, porém não se amarra tanto no ambiente policial fechado como ocorreu no segundo. Claro que é um estilo de filme que quem curte acaba não ligando para situações bagunçadas, mas dava para polir mais para que ficasse mais redondinho de situações, porém é o estilo da franquia, então que venha muitos outros, afinal o protagonista já virou o próprio personagem.

No longa vemos que o detetive Ma Seok-do é escalado para investigar a misteriosa morte de um famoso desenvolvedor de aplicativos filipinos. Em conjunto com a sua equipe, ele descobre um surpreendente envolvimento de um poderoso homem com grandes casas de jogos de azar. Desde de crimes mais leves até sequestros, eles precisam trabalhar de dentro da Coréia para transformar a grande ameaça do esquema, mas para isso será preciso criar um plano ainda maior e até mesmo sugerir uma parceria.

Diria que é bem fácil enxergar o erro do filme, que é o problema de todas as sequências que falham em algum detalhe: a troca de direção, e aqui para ficar mais complexo foi colocado um diretor quase que estreante na função, afinal Heo Myeong-haeng até teve uma grandiosa entrega em sua estreia, "Em Ruínas", por saber muito do mundo das acrobacias como diretor de dublês e até mesmo como dublê, mas aqui como o filme não necessitava tanto desse meio, ele acabou exagerando ao encher a trama de brigas com facas, e o longa quase saiu de um policial para um filme de lutas marciais, e isso pesou bastante, pois dava para trabalhar bem mais todo o desenvolvimento cibernético, os peixes-grandes envolvidos e certamente a investigação de Ma Seok-do seria melhor trabalhada, pois não digo que as lutas atrapalharam o resultado, muito pelo contrário, deram boas dinâmicas, mas acabou tendo em excesso, e isso nunca é legal de ver, ao ponto que tivemos uma cena com umas 100 pessoas brigando ao mesmo tempo, em uma loucura total que nem sabemos quem é quem ali. 

Quanto das atuações, a base ainda fica toda na responsabilidade de Ma Dong-seok como o brucutu investigador que não leva desaforo para casa e põe todos os vilões para dormir no soco, de modo que seu Ma Seok-do já é quase um mito dentro do cinema de ação coreano, aonde ele fala pouco e desenvolve muito, sendo divertido com seu jeitão, mas não sendo a alegria dos vilões, então funciona bem para o que precisa entregar. É engraçado pensar que um filme policial que já tem um grupo meio bagunçado de policiais, ainda precisa de um ser do crime ainda mais cômico para dar um vértice bobo, mas bem colocado, e isso já vem desde o segundo filme com o personagem de Park Ji-hwan com seu Jang Yi-soo, de modo que aqui ele acabou sendo ainda mais usado na trama, e brincou bastante como um agente secreto, ou seja, é bem infantil seus atos, mas agrada, então vale o que faz. O principal vilão vivido por Kim Mu-yeol é extremamente violento com suas facas, e deu um bom trabalho na briga com o protagonista, de modo que trabalhou um semblante meio sério de quase um psicopata, e soube dosar o tom nos diálogos, se é que dá para se dialogar com alguém do estilo dela, e assim o ator agradou com o que fez. Um ponto interessante dessa continuação é que praticamente os demais policiais do grupo de Ma, ficaram bem em segundo plano, quase nem tendo diálogos ou interações, e isso pesou um pouco na tela, que precisou mais dos outros policiais de crimes cibernéticos, mas sem grandes destaques para chamar atenção no filme.

Visualmente a trama teve atos em grandes galpões, muitas mesas de cassinos virtuais, todo um grupo de programadores para captar membros para os cassinos e claro viciar eles, alguns atos bem trabalhados rapidamente na delegacia, um restaurante simples, muitas lutas, sangue e desmembramentos por facas, além de uma luta inclusive dentro de um avião, ou seja, quem falar que não tem espaço dentro de uma aeronave para filmar pode usar essa referência aqui que deu para fazer tudo. Como disse no começo, foi usado muitos figurantes para as lutas, e isso aumentou em muito o tamanho dos ambientes, mas não soou falso pelo menos, e isso é o que importa.

Enfim, é um bom passatempo para quem curte longas do estilo, mas ainda assim diria que dava para melhorar muito, e se o diretor do terceiro tivesse sido mantido com certeza aqui o resultado seria outro, mas como é pedir demais, diria que diverte e mostra bem esse meio de crime que anda tanto na moda, e como é a briga por trás para mandar nos carteis. Então fica a dica para conferirem nos cinemas a partir de quinta, e eu fico por aqui agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Sato Company pela cabine, então abraços e até logo mais.


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Um Dia Daqueles (One Of Them Days)

4/06/2025 09:23:00 PM |

Todo mundo me pergunta o motivo de eu ver poucas tramas de comédia, e a resposta que sempre dou é que me fazer rir é algo meio complexo demais, pois algumas situações engraçadas fluem fácil, enquanto outras acabam me dando até desânimo. Dito isso, sabia que não podia esperar muito de "Um Dia Daqueles", mas as boas notas em sites de amigos me convenceram que seria algo interessante, mas tirando os atos finais que foram bem sacados e montados, o restante acaba sendo quase um episódio maior de uma sitcom black tradicional, aonde as personagens falam com traquejos, tem as pegadas clássicas do estilo, e se veem numa desenvoltura conflitiva de um dia bagunçado, cheio de convivências tradicionais do estilo black, mas com piadas e situações forçadas que não divertem, tirando o finalzinho que é bem bacana.

O longa acompanha a garçonete Dreux Jones e a aspirante artista Alyssa, duas melhores amigas que dividem o mesmo teto com Keshawn, o namorado de Alyssa, sob um contrato de aluguel e um senhorio estritos. Um dia, a dupla se vê em uma situação extrema quando descobrem que o companheiro de Alyssa gastou todo o dinheiro do aluguel. Numa corrida contra o tempo para evitar o despejo, elas enfrentam uma série de situações hilárias e arriscadas para conseguir o dinheiro necessário e salvar a casa onde moram. Entre risos e tensões, elas precisam agir rapidamente, enquanto lidam com as consequências de um erro inesperado e a pressão de manter a amizade intacta.

Já disse outras vezes e volto a afirmar que nunca se deve estrear com uma comédia, pois é necessário conhecer muitas dinâmicas para que um filme cômico funcione bem na tela, e aqui Lawrence Lamont acabou se perdendo nas dinâmicas tentando fazer com que uma trama meio quase "Se Beber Não Case" na versão feminina e do dia a dia das garotas, sem precisar ser em uma viagem maluca, aonde as brigas acontecem, os abusos rolam, e tudo se desenvolve, ao ponto que o roteiro até tem um certo domínio dos diálogos, mas não é algo que divirta pela essência em si, ou seja, um diretor com um pouco mais de experiência conseguiria tratar melhor as dinâmicas, mas aqui não rolou.

Quanto das atuações, a química entre Keke Palmer e SZA foi bem bacana de ver na tela, de modo que elas seguram bem as pontas com seus traquejos, para que suas Dreux e Alyssa se complementassem na loucura toda, tendo Keke um pouco mais senso do que deseja fazer, enquanto SZA já se joga mais nos atos meio que bobos e até irritantes de ver, mas mesmo com exageros as duas jovens souberam criar dinâmicas, o que acaba funcionando na tela. Diria que os demais todos foram mais conexões, tendo bons momentos e valendo dar leves destaques para Aziza Scott com sua Berniece no ódio correndo atrás das garotas, Lil Rel Howery como o comprador do tênis e Joshua David Neal com seu Keshaw, mas sem grandes chamarizes.

Visualmente a trama mostrou bem o agrupamento de pequenos apartamentos bem populoso e gendrificado, tivemos muitos atos pelas ruas da cidade com as jovens fazendo suas andanças após o carro ser guinchado, tivemos alguns atos em lanchonetes, um ato bizarro num hospital de doação de sangue, e até uma leve exposição de arte no pátio do condomínio, além de mostrar um dos apartamentos bem mais decorado.

Enfim, é um filme simples que poderia ser muito melhor na tela, sem precisar de tanta apelação cênica, mas que serve como um passatempo desde que você não se incomode com as situações forçadas, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Desconhecidos (Strange Darling)

4/06/2025 02:18:00 AM |

Muitas pessoas costumam dizer que para amar algo você tem de odiá-lo também, e hoje literalmente foi um teste para mim, primeiro não deu certo de não ver o filme que veria a tarde, aí chego a noite no outro shopping para o outro filme teria um show grandioso e achar vaga foi quase um caos, aí vamos para o filme é inteiro dividido em capítulos que é algo que me irrita demais, e para ficar ainda mais alegre e com o TOC em nível máximo, os capítulos não são mostrados na ordem tradicional na tela, e para fechar ainda com chave de ouro, o show acabou na mesma hora do meu filme, ou seja, milhares de carros saindo ao mesmo tempo em meia dúzia de cancelas!! Mas vamos ao que interessa, com todo esse caos, o filme contado na seguinte ordem de capítulos: 3, 5, 1, 4, 2, 6 e epílogo se chama "Desconhecidos", e foi algo que poderia chamar de brilhante, mas seria um pouco exagerado, pois nessa ordem até os últimos momentos temos diversas reviravoltas e conceitos em nossa mente, fazendo um conflito atrás do outro mudar nossa opinião sobre os personagens, e literalmente surtar com tudo o que vai acontecendo. E assim sendo hoje gostei de duas coisas que odeio, um filme capitular e uma trama em ordem bagunçada, e sabe-se lá o que isso pode dizer, assim como a música tema do filme "Love Hurts".

A sinopse nos conta que nada é o que parece quando um caso de uma noite se transforma em uma violenta onda de assassinatos cometidos por um serial killer. Vemos então um predador implacável rastreando uma mulher ferida pela natureza selvagem do Oregon, nos EUA. Ela faz de tudo para enganar seu perseguidor, mas a cada momento de tensão, torna-se mais fraca e menos capaz. Ele tem uma missão, e é apenas uma questão de tempo até capturar sua presa.

Não conhecia o diretor e roteirista JT Mollner, mas certamente irei ficar de olho em suas próximas produções e ver alguma coisa anterior também, pois você vai conferir o filme pensando em uma coisa, imagina tudo durante os diversos momentos da trama, e ele inverte tudo com uma facilidade, que nem dá para pararmos um minuto e assimilar toda a história novamente, de tal maneira que vou me contradizer com tudo o que já disse antes sobre filmes fracionados fora da ordem, pois aqui se o longa fosse na ordem certinha dos capítulos, seria algo tão tradicional que já vimos outras vezes, que acabaria sendo apenas algo convencional, mas ao fazer nesse estilo meio que bagunçado, seu filme toma um vértice completamente insano e acaba funcionando bem mais do que o esperado.

Quanto das atuações, Wylla Fitzgerald chegou por aqui com dois filmes na mesma semana, e se lá faltou uma explicação melhor para entendermos quem ela era, aqui essa falta de explicação fez com que a atriz se desenvolvesse de uma forma brilhante, cheia de nuances e intensidades nos seus olhares e trejeitos, de modo que consegue amarrar tanto o espectador quanto o seu companheiro de cena, conseguindo ir bem além do simples para que ficasse um personagem complexo e bem interessante de acompanhar. Da mesma forma Kyle Gallner faz com que seu personagem tivesse uma pegada leve num primeiro momento, parecendo um homem atrás de um sexo fácil, mas vai mudando suas nuances conforme o longa vai avançando, e é totalmente bem amarrado seus atos, ao ponto que nos agrada, e também deixa bravos, pois no sexto capítulo era para o rumo ir para um outro lado com ele. Quanto aos demais, o senhorzinho e a senhorinha hippies foram até bem trabalhados, mas não puderam ir além, enquanto os policiais foram bem trouxas, então melhor nem falar muito sobre os trejeitos deles, pois os papeis não lhes deram tanta oportunidade de mostrar muito na tela.

Visualmente o longa também é bem cheio de nuances, com cenas em cores ousadas e até um final sem cor alguma, tendo atos em azul, vermelhos, com cenas na floresta, numa casa no meio do nada, em um motel, numa perseguição de carros, tendo momentos fortes misturados com canções de amor, mas de um jeito mais diferenciado, muito sangue, mortes e armas, ou seja, a completa trama policial marcante, intensa e que certamente a equipe de arte soube se atentar aos detalhes para que o filme fosse além.

Enfim, é um filme que pelo trailer tinha esperado uma coisa, ao ir conferir fui mudando completamente de opinião, e ao final estava impressionado com o que vi na tela, sendo um grande nome para ficar na mente, valendo demais a recomendação para quem curte o estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Presença (Presence)

4/05/2025 02:01:00 AM |

Se eu falar que sabia o que esperar de "Presença" vou estar mentindo por demais, pois tinha ouvido falar dele lá no comecinho do ano passado, quando fez um tremendo barulho em Sundance, depois evaporou, sem datas de estreia nem aqui, nem em outras partes do planeta, de modo que até tinha imaginado que iria aparecer em algum streaming do nada, mas aí umas semanas atrás vi o trailer numa sessão e pensei que não era bem o estilo que curto ver na telona, mas meta dada é meta cumprida, e saiu no cinema estamos lá para conferir! Pois bem, hoje o longa começou já botando banca com um plano sequência gigante, uma tela preta, outro plano sequência, mais uma tela preta, outro plano sequência e assim sucessivamente, com a grande sacada dos planos sequências serem como se nós fôssemos o olhar da câmera, ou no caso a presença em si vagando pela casa, e aí depois de uns 10 planos sequências sem muita coisa acontecer comecei a ficar irritado, afinal tinham me vendido o longa como terror, e cadê o trem que vai me arrepiar, assustar, causar sem ser esses planos e desligamentos... mas aí é que está o lance, o filme é simples, sutil, e intenso, se é que dá para combinar todas esses adjetivos, de modo que está sendo vendido errado, pois colocaria ele mais como um suspense de espírito, único, sem mil fantasmas, demônios e entidades, básico que no ato final resolve tudo e fica perfeito, aonde todos os problemas da família foram bem resolvidos na tela, sem precisar de nada mais. Ou seja, é daqueles filmes que quem for esperando um terrorzão mesmo sairá desapontadíssimo da sessão, mas quem ousar querer ver uma boa trama mesmo vai aplaudir a loucura do diretor, e claro do diretor de fotografia, afinal o coitado subiu e desceu escadas em sequência umas 1000 vezes.

No longa acompanhamos uma história sobrenatural filmada inteiramente da perspectiva de um fantasma. A trama acompanha o casal Rebekah e Chris que se muda para uma nova casa com seus dois filhos Chloe e Tyler após uma perda chocante. Em crise, a família busca novos ares numa tentativa de restabelecer a normalidade. O que não esperavam era que o lar já estivesse ocupado e, à medida que enfrentam as dificuldades típicas de uma família com adolescentes, a presença de uma entidade invisível os observa e desenvolve um interesse estranho por Chloe. Os eventos domésticos começam, então, a tomar um rumo sombrio e perturbador.

O mais bacana da direção de Steven Soderbergh é que ele não quis fazer um filme cheio de efeitos, com intensidades, pouca iluminação e tudo mais que é a característica principal desse estilo de "terror", mas sim ousar na simplicidade, com a iluminação total para que as nuances ficassem no sentimento da  movimentação da câmera realmente, aonde a perspectiva falasse com o público e com os demais personagens, e claro que não fosse algo "idiota" para dar tudo errado na tela, e assim sendo ele praticamente brincou com várias cenas, não fazendo um filmão linear tradicional, mas aonde fôssemos acompanhando tudo pela perspectiva do espírito ali tentando entender a família que tem muitos problemas (talvez pudessem ter colocado realmente qual coisa ilícita a mãe e o pai estão envolvidos para dar uma melhorada) e também tentando se entender como diz a mulher que vai ver e "conversar" com o ser (aliás ela chegando e já dando de cara foi algo muito bom!). Ou seja, não é um tradicional filme do estilo do diretor, ao mesmo tempo que não é um filme comum de vermos atualmente, aonde as muitas quebras e o ritmo regular, sem correrias ou enrolações, talvez incomode muitos que forem ver, mas vai ser inegável alguém que saia da sala sem ter sentido algo pela trama do diretor, e isso é brilhante.

Quanto das atuações, pelo filme ter a perspectiva dos nossos olhares, diria que faltou um pouco de expressividade dos atores, não para que virasse algo teatral, mas sim algo mais normal realmente, pois os personagens pareceram uma família exageradamente forçada, tipo como se ninguém ali fosse realmente um familiar do outro. Dito isso, Callina Liang fez uma Chloe traumatizada, mas ao mesmo tempo solta e desenvolta, de tal maneira que não convence com o que faz nas interações com os demais, mas conosco, ou melhor com o espírito/fantasma passa em seu semblante o temor e também uma certa expressão de querer algo a mais ali, e assim o resultado até não saiu tão ruim. Lucy Liu fez uma mãe exagerada com sua Rebekah, parecendo realmente existir somente um filho na casa, mas não estando quase em cena pareceu jogada apenas com alguns diálogos, e talvez se fosse explicitado um pouco mais qual o problema que ela estava envolvida quem sabe entenderíamos mais as nuances expressivas dela. Chris Sullivan entregou um pouco mais como um pai que tem suas preocupações, tem sentimentos e acredita no que a filha e a "especialista" está vendo, de modo que suas poucas cenas funcionam e são interessantes de ver na tela, mas não foi tão bem aproveitado. Eddy Maday fez o famoso filho querido, cheio de prêmios, mimado e chato a beça, de modo que suas expressões forçadas parecem querer ser o que não é na tela, e assim vale somente mesmo seu surto final. Agora quem parecia que não iria fluir tanto na tela era o jovem West Mullholand com seu Ryan, mas acabou tendo momentos marcantes e chamativos, principalmente nos atos finais, e até surpreendeu. E claro não poderia deixar de falar de Natalie Woolams-Torres que tendo apenas duas cenas foi quem mais contracenou conosco (fantasma) tendo expressões bem realistas de estar vendo tudo acontecer mesmo, e isso fez com que ela fosse a melhor no quesito das atuações.

Visualmente o longa com toda certeza foi bem barato, pois se passa inteiramente em uma casa, com inicialmente vazia e depois bem mobiliada, com o quarto da garota tendo a maioria dos momentos com paredes cheias de fotos, desenhos e alguns materiais escolares que se movem, no quarto do garoto muitos troféus e medalhas que também acabam virando motivo de tudo voar, e a sala quase um grande hall, tudo bem básico sem precisar de muitos enfeites cênicos.

Enfim, não posso dizer que é o melhor filme do gênero que já vi, mas conseguiu me surpreender positivamente, sem abusar da minha inteligência e nem forçar a barra, de modo que citei os maiores problemas foram as atuações e deixar em aberto o problema dos pais, mas do restante é algo incrível que vale a conferida com toda certeza, principalmente se você gosta de algo diferente na telona, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até breve.


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Código Alarum (Alarum)

4/04/2025 12:32:00 AM |

Vamos lá, desde quando vi vários pôsters e trechos de "Código Alarum" espalhados pela internet achei interessante pela proposta, mesmo sabendo que seria o famoso mais do mesmo dentro desse estilo misto entre espionagem e ação, aonde nem dava para esperar muito, mas quem sabe funcionaria, então vi que tinha a brasileira Isis Valverde que gosto do estilo de atuação, e claro iria esperar o que poderia fazer na telona, mas então começou algo que me assustou, que foram várias críticas e notas bem ruins para o longa, o que geralmente não me surpreende, pois alguns amigos críticos apenas olham para a história e não para o conteúdo cênico, e resolvi esperar a estreia. E eis que chegou o dia de conferir o longa, e a trama até entrega bons atos de ação, uma história interessante e bem pegada, porém tem um dos defeitos mais grandes que qualquer filme possa ter: é apenas a parte de apresentação, pois a hora que o bicho realmente vai pegar para o lado da espionagem, ele acaba, e deixa 100% aberto para uma ou mais continuações. Ou seja, essa quebra foi algo que decepciona bastante, mas é a vida, ou melhor, os diretores atuais que não sabem ter poder de concisão, deixando tudo para um ou mais capítulos para tentar ganhar mais dinheiro.

O longa acompanha Joe e Lara Travers que são ex-agentes secretos que decidiram abandonar suas carreiras para viver uma vida tranquila. Durante sua estadia em um resort isolado, eles testemunham a queda de um avião e encontram uma pen drive ultrassecreta, tornando-se alvos de uma caçada internacional. Diferentes organizações, incluindo a CIA e o perigoso mercenário Orlin, acreditam que o casal faz parte da ALARUM, uma rede secreta de espiões desonestos. Para sobreviver, Joe pede ajuda a Chester, um ex-colega que agora tem ordens para eliminá-los. Enquanto Lara luta sozinha contra um grupo de assassinos dentro do resort, Joe precisa encontrar uma maneira de resgatá-la e desvendar a conspiração por trás da misteriosa pen drive. Em meio a perseguições brutais e traições inesperadas, eles não sabem em quem confiar.

Diria que o diretor Michael Polish até tentou fazer um trabalho interessante do estilo, que realmente é muito batido, aonde a maioria das cenas você já saca e fica esperando tudo acontecer, porém ele não quis montar uma apresentação rápida e direta para depois desenvolver tudo, ao ponto que durante todo o longa vamos conhecendo bem rapidamente cada um e as suas desenvolturas, de forma que ao final quando as coisas realmente vão acontecer, e achamos que estamos no miolo da trama, pronto, acaba e sobem os créditos, ou seja, até fiquei esperando para ver se era algo diferente de quebra, mas não, simplesmente ele encerra ali. Ou seja, pode ser um erro gigantesco de não ter sido filmado tudo e quiseram testar o público, ou o diretor realmente tem muito para contar na tela e deixou pronto material para alguma continuação que rolará em breve, mas isso só saberemos mais para frente, pois como o longa está levando muitas pancadas da crítica internacional, não sei se acabará rolando, mas o que deu para notar é que ele quis usar demais o estilo de espionagem com ação com dinâmicas acontecendo, ao ponto que no começo até cheguei a pensar que já fosse derivado de algum outro longa ou série, o que não é verdade.

Quanto das atuações, Scott Eastwood até teve alguns atos intensos com seu Joe, correndo, atirando e botando banca em alguns momentos, fazendo com que o personagem tivesse dinâmica, porém faltou trabalhar um pouco mais seu antes dali, pois o longa já começa com ele sendo atacado sem grandes explicações, e ali já começa seu relacionamento que logo muda tudo em questão de minutos, ou seja, faltou que nos conectássemos ao personagem, mas depois ele engrena bem e até traz bons momentos para a tela, agora é ver o que acontece no futuro. A jovem Willa Fitzgerald também botou muita personalidade para que sua Lara saísse socando e batendo sem piedade nos vilões, criando uma atmosfera interessante, mas tem o mesmo problema que o outro protagonista, pois não a conhecemos direito, e como o filme meio que se divide nas partes dele e nas partes dela, quase que vemos um meio sumiço cênico da personagem, e isso soou meio estranho. Felizmente fizeram Sylvester Stallone voltar a atuar em um filme inteiro, pois já estava virando meio que palhaçada aparecer em cinco minutos e depois sumir completamente da trama, e aqui seu Chester embora meio bobão demais até tem bons traquejos, mas não esperava a mudança final para ele, e assim veremos o que vai rolar na continuação. Mike Colter até fez um vilão meio imponente com seu Orlin, parecendo ser alguém importante no meio, mas assim como todos os demais, surgiu do nada, então não temos muito um desenvolvimento por parte do personagem, claro que sendo meio maníaco o ator conseguiu chamar atenção com o que fez, mas não foi muito além. E aí vem a pergunta, e a brasileira Isis Valverde, tem um papel que importe? E a resposta é não, pois sua francesa Brigitte não vai muito além, tendo alguns diálogos, mas é uma participação de 10 minutos e olha lá. Ou seja, faltou desenvolvimento para todos os papeis, e isso é um risco que pode custar muito caro para a produção.

Visualmente a trama se passa dentro de um resort com cabanas num país do leste europeu, bem em meio a neve, com muitos capangas usando roupas bem pesadas e armas mais pesadas ainda, mas como em todo filme do estilo péssimos de mira, tivemos atos bem explosivos com perseguições e tudo mais, uma floresta aonde cai um avião, uma vila simples e um quarto de pousada também sem grandes luxos, além de um galpão gigante, mas bem vazio da equipe de inteligência, e se posso elogiar algo do filme, ficou para o telefone secreto da protagonista, aonde traduziram todos os detalhes que vai mandando para alguém, que não foi bem identificado nessa primeira parte.

Enfim, é um filme que serve como um passatempo digamos que mediano, pois não dá para avaliar completamente meio-filme na tela, e com certeza isso é o que mais tem incomodado o público que está conferindo a trama, ao ponto que o resultado final na tela não é ruim, pois não cansa e passa até que bem rápido os 95 minutos de projeção, mas poderiam ter ajustado um pouco pra lá, um pouco para cá e feito uma trama completa com uns 130 minutos que valeria muito mais do que esperar sabe-se lá quanto tempo para vir uma continuação. E assim fica minha dica para quem for conferir o longa nos cinemas, ir sabendo que o longa acaba sem final, então se prepare. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Um Filme Minecraft em 3D (A Minecraft Movie)

4/03/2025 12:59:00 AM |

Sem enrolações já vou dizer de cara que "Um Filme Minecraft" só vai funcionar se você for realmente muito, mas extremamente fã do jogo, pois tirando as coisas que só o pessoal que entendeu as piadas, personagens, e sacadas riram, eu como apenas um cinéfilo que confere tudo o que sai, raspou a trave de sair da sessão sem ter dado uma risadinha de uma trama cômica (só ri mesmo do bicho que sai para o mundo real e acaba tendo um caso com a diretora da escola!). Ou seja, é mais uma adaptação de jogo para filme que acabou ficando tão murcha de dinâmicas, que se duvidar os gráficos do jogo são bem melhores do que o entregue na telona, e o 3D do filme é só para realmente parecer um jogo, pois nada (repito NADA) sai da tela ou dá alguma perspectiva interessante. Confesso que fui sem esperar muito do longa, tanto que nem liguei de ir conferir dublado (só reclamaria que os diálogos acabaram gravados com um som bem abaixo do restante), e nem assim algo acabou me surpreendendo, sendo daqueles filmes tão bobinhos que chega a ser desanimador o resultado final (claro que para alguém que nunca jogou o game, pois o pessoal do fundão riu horrores e saiu mega feliz com o que viram!).

O longa é a primeira adaptação live-action para os cinemas do jogo mais vendido de todos os tempos, Minecraft. Neste universo onde a criatividade não só proporciona diversão como também é vital para a sobrevivência, quatro indivíduos desajustados — Garrett “O Lixeiro” Garrison (Jason Momoa), Henry (Sebastian Eugene Hansen), Natalie (Emma Myers) e Dawn (Danielle Brooks) — são subitamente transportados para o Mundo Superior, um mundo cúbico e bizarro onde a imaginação reina. Após passarem por um portal misterioso, eles se encontram em uma terra repleta de perigos e criaturas malignas, como Porcos e Zumbis. Para retornarem ao seu mundo, eles terão que dominar este novo ambiente com a ajuda de um construtor experiente e imprevisível, Steve (Jack Black). Durante essa jornada mágica, os cinco aventureiros precisarão redescobrir suas habilidades únicas, essenciais não apenas para sobreviver no Mundo Superior, mas também para prosperar na vida real.

Se com a animação da Netflix, "Thelma, O Unicórnio", o diretor Jared Hess conseguiu dosar bem a comicidade absurda que é sua característica, e fez algo que certamente será muito lembrado, aqui ele voltou aos absurdo jogado como fez em "Gênios do Crime" e se perdeu ao adaptar para a telona algo apenas para fãs do jogo, pois como falei no começo não existe uma cena que seja divertida para quem for ao cinema apenas ver o filme como uma trama cômica de live-action misto com animação, muito pelo contrário, é uma bagunça de elementos, os personagens humanos são sem carisma algum, e acabaram não desenvolvendo na tela os personagens animados, de modo que tudo acaba sendo jogado na tela, e você descubra por sua conta e risco quem são ou o que são, o que fazem e tudo mais, o que é uma pena, pois aparentemente no jogo tudo isso pode ser bem legal, e aqui muitos irão apenas olhar e falar ok. Ou seja, o erro até pode ser dos muitos roteiristas que se perderam em como montar uma estrutura aceitável na tela, mas dessa vez o grande culpado foi o diretor em aceitar algo gigante para ficar minúsculo como resultado final.

Confesso que estava com um certo receio de ir conferir o longa dublado, mas como os horários legendados em 3D eram muito ruins, e como aqui temos praticamente uma animação que não ligo de ver nas vozes nacionais (as vezes até prefiro por inserirem uma ou outra piada nacional - aqui meteram um cacildis em determinado momento, entre outros trejeitos!), e também por serem bons dubladores profissionais resolvi arriscar, e não digo que foi uma má escolha, pois não são os diálogos que são fracos (apenas com volume baixo demais na dublagem) e sim os personagens que são bem ruins, ao ponto que nem uma super atuação salvaria a trama, ou seja, é até difícil dar destaque para alguém aqui. Volto a frisar que não conheço os personagens do jogo, mas Jack Black até foi o mais esforçado com seu Steve, mostrando algumas coisas do Mundo Superior, mas sem gracejos que chamassem atenção para o que ele apresenta, o jovem Sebastian Hansen até tenta ser alguém maravilhado e criativo com seu Henry, mas não vai além, Jason Momoa só está no longa por ser o produtor do filme, senão certamente dariam o papel para outro, pois ele pareceu ter saído da terapia pós-Velozes 10 e foi gravar com o mesmo personagem na tela, e as garotas é melhor nem entrar em detalhes. Dos personagens animados a porca-bruxa Malgosha que demorei uma eternidade para entender o nome é até engraçada com suas "maldades", mas não vai além de alguém que grita, e os demais porcos são tão bobos quanto burros, que numa briga com os zumbis acho que nenhum ganharia, e os aldeões só andam de um lado para o outro, ou seja, vale pelo aldeão estranho que saiu para fora do mundo do jogo e teve boas sacadas, mas nem sei se chegam a falar o nome dele em algum momento.

Visualmente o longa tem momentos interessantes, mas com gráficos simples demais, ao ponto que o trailer está até mais bonito que o filme em si, com algumas construções das casas e castelos tão simples, com uma vila dos aldeões até bonitinha, e o mundo dos porcos bem cheio de nuances de quase um inferno, mas sem muitos detalhes, ao ponto que o mundo do Steve aonde parecem ter coisas bem mais legais acabaram nem utilizando, e do lado de fora a loja de jogos e coisas antigas do Lixeiro até que ficou meio que de um sebo interessante, mas nem foi muito a fundo. Quanto dos personagens animados, muitos ficaram bem legais quadrados, com uma certa profundidade com os óculos 3D e as sombras, mas mesmo sem nunca ter jogado o jogo posso afirmar que economizaram demais na computação gráfica entregue na tela, pois tudo não parece querer ser um filme realmente, mas sim algo artificial de um jogo transportado para uma telona, e isso pesou bastante, e claro que os óculos só serviram para que não assistíssemos o filme sem borrões duplicados, pois se no trailer a abelhinha parece vir em nossa direção, na tela nem isso tem um grande movimento, ou seja, nada funciona na tecnologia.

Enfim, posso estar sendo muito exigente com o longa, pois como é algo feito para os fãs, acredito que amanhã mesmo alguém que é viciado no jogo vai falar que foi a melhor adaptação de um game para as telonas, mas para quem for acompanhar os filhos ou apenas conferir como filme, vai praticamente sair sem ter entendido quase nada, e nem feliz com o que viu na tela, afinal poderia ser ao menos uma comédia escrachada para rirmos com as besteiras, e nem isso acontece. Ou seja, não posso indicar ele, e vou dormir triste, afinal poderia ter visto algo melhor nos streamings hoje, então fico por aqui, e volto amanhã com mais textos, então abraços e até lá.


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Regras do Amor Na Cidade Grande (Daedosiui Salangbeob) (Love in the Big City)

4/02/2025 12:49:00 AM |

Hoje está tão na moda os doramas e os k-dramas que por onde você vê tem o pessoal viciado nos múltiplos episódios do estilo, com vídeos comentados e tudo mais, mas sem ser as séries efetivas, o pessoal da Coréia do Sul tem feito bons filmes de variados estilos, e claro também as comédias dramáticas românticas, que tanto o pessoal ama. Pessoalmente não sou muito fã de comédias românticas, por serem exageradamente emocionais e ficcionais demais para acreditarmos no que vemos acontecendo, porém ao chegar o convite da cabine de "Regras do Amor Na Cidade Grande", que estreia no próximo dia 10/04 nos cinemas nacionais, já tendo algumas pré-estreias pagas nesse final de semana, me interessei pela proposta, só não tinha pegado ainda a ideia completa da amizade entre os protagonistas, achando que ali sairia um romance no desenrolar, mas muito mais do que isso, o filme trabalha o envolvimento do conhecimento de duas pessoas diferentes que se conectam bem e mesmo com muitas brigas conseguem se envolver sem ser um par realmente. Diria que o longa é bonito, é bem sacado, tem toda uma interação de quase irmandade real entre os protagonistas, e o resultado final agradará com certeza pessoas das várias sexualidades possíveis.

A sinopse nos conta que Jae-hee é uma jovem livre e de espírito ousado, que vive sem se importar com as opiniões dos outros, chamando atenção pelo estilo destemido. Mas sua vida dá uma reviravolta ao descobrir um segredo bem guardado de Heung-soo, alguém que captou seu olhar mas nunca despertou seu real interesse. Essa revelação inesperada aproxima os dois, que descobrem não ser o "par ideal" um do outro, mas compartilham momentos especiais que mais ninguém entenderia. Decididos a ignorar os rumores que os cercam, Jae-hee e Heung-soo optam por viver e amar em seus próprios termos, iniciando uma jornada de convivência intensa e autêntica. Uma história que revela que o amor verdadeiro não segue padrões e que só eles podem entender o que vivem juntos.

Diria que a estreia do diretor Eon-hee Lee foi bem direta ao adaptar o livro de Park Sang-young, pois mostra a velha controvérsia do mundo dos relacionamentos de que uma garota mais saidinha é vadia e está apta a se entregar para qualquer um, mesmo que sonhe com um romance/namoro por dentro, e ao mesmo tempo um homem bonito não pode ser homossexual e solitário em um país rigoroso como a Coréia do Sul. E usando esses dois motes, ainda fez a combinação bem colocada de amizade entre eles, com uma síntese de conhecimento tão gostosa e leve, que faz com que eles fiquem mais do que amigos, sendo quase irmãos, com brigas, defesas e claro conselhos e muita bebedeira, o que dá um tom bem colocado para temas polêmicos e complexos para serem desenvolvidos de forma bem descontraída na tela, e mostrando que o diretor tem potencial para ir bem longe na carreira.

Quanto das atuações, não conheço bem o cinema sul-coreano e muito menos o mundo dos k-dramas, mas ambos os protagonistas já participaram de muitos, e assim certamente o pessoal especializado e fanático pelo estilo irão reconhecer eles, e eles deram muita entrega na tela, fazendo com que a química deles fosse bem bacana de acompanhar. Dito isso, a jovem Kim Go-eun foi bem dinâmica na tela com sua Jae-hee, tendo uma personalidade forte, porém bem desenvolta, sabendo se posicionar e se entregar com um carisma bem simpático e ao mesmo tempo bem cheio de aventuras, aonde isso como bem sabemos pega meio que mal para garotas, parecendo ser atrevida demais e também disponível demais, de forma que a atriz segurou o filme e não desapontou em nenhum momento que precisasse ir mais além na tela. Da mesma forma o rapaz Steve Sanghyun Noh trabalhou seu Heung-soo com um ar mais fechado, aparentemente até tímido, mas que na noite se soltava por completo nas boates, demonstrando um emocional preciso e pronto para explodir a qualquer momento, mas que sabiamente conseguiu desenvolver a trama sem traquejos afeminados, e ainda dar um belo show no final do longa, além de cenas fortes e marcantes com todos.

Visualmente o longa ficou bastante no apartamento da garota, meio bagunçado e simples, aonde os dois vão viver algumas desventuras por lá, temos alguns bons momentos também em uma faculdade, muitos atos em boates e bares, alguns atos em feiras e protestos, e também nos últimos atos já os jovens trabalhando e fazendo entrevistas de empregos bem tradicionais, além claro de um casamento com direito a show do protagonista, ou seja, tudo bem montado sem virar uma novela grandemente produzida, mas que agrada bastante quem curte o estilo, sendo bem representativo na tela.

Enfim, é um filme sem grandes cenas explosivas, que façam cair o queixo, mas que soa bem representativo dentro da essência de amizade, amor, romance, namoro e suas devidas quebras de estilo, que consegue soar bem agradável e funcional na tela, divertindo bastante sem precisar forçar a barra, nem virar algo novelesco. Então fica a dica para a conferida nas telonas, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da A2 Filmes pela cabine, então abraços e até amanhã com mais dicas.


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Câncer Com Ascendente Em Virgem

4/01/2025 12:26:00 AM |

Já comentei algumas vezes que morro de medo de ver dramas cômicos nacionais, pois tem dois riscos gigantes, o primeiro de virar uma novelona daquelas que ninguém aguenta, e o segundo é o de forçarem tanto a barra para você chorar que o filme acaba se perdendo. E felizmente, mesmo depois de me assustar com um trailer nem um pouco chamativo, "Câncer Com Ascendente Em Virgem", entregou uma trama gostosa, bem trabalhada, cheia de dinâmicas emocionais na medida, e principalmente falou de um tema bem difícil na vida da maioria das mulheres que é o câncer de mama, o tratamento, as complicações, dramas e tudo mais, tendo uma pegada cômica sem soar apelativa, aonde você acaba assistindo, refletindo e gostando do que vê. Claro, que dava para ter um ritmo um pouquinho mais acelerado, para que funcionasse mais rapidamente, e envolvesse melhor, mas não é nada que atrapalhe, principalmente pelas ótimas atuações, sendo mais um daqueles que caem na minha famosa regra de sala vazia vai ser bom de conferir, o que é uma pena, pois vale a indicação para todos.

O longa nos mostra que Clara é uma professora de matemática que mantêm um canal de sucesso na internet como influenciadora educacional. Clara é uma mulher divertida, sarcástica e pragmática que gosta sempre de ter tudo sob o mais absoluto controle. Porém, ao receber o diagnóstico de câncer de mama, ela deverá aceitar que a vida nem sempre sai conforme planejado. Durante sua jornada de cura e autodescoberta, Clara enfrentará dias bons e ruins enquanto passa pelos estágios do tratamento ao lado de sua filha adolescente Alice, sua mãe Leda e as amigas Paula e Dircinha. Diante dos desafios diários, Clara encontrará um novo sentido para a vida e, com coragem e resiliência, encarando as adversidades e as vulnerabilidades de sua condição.

O mais bacana do estilo de direção de Rosane Svartman é que mesmo ela sabe aonde desenvolver para que seu filme não fique novelesco, segurando no limite para que a quebra seja funcional, e aqui usando um roteiro baseado na história real de Clélia Bessa, que foi desenvolvido para as telonas inclusive pela protagonista Suzana Pires, conseguiram brincar com as facetas desse mundo complexo do câncer e seu tratamento fortíssimo que quebra ou junta mais ainda a maioria das famílias, e com essa pegada ao mesmo tempo mostrando todo o desgaste e sofrimento da protagonista, também ousou mostrar o carisma e carinho que teve dos alunos, de outras mulheres com o mesmo drama, e muito mais em uma obra leve (mesmo tratando um tema pesado), que funciona sem forçar a barra para que você chore, mas que instiga e coloca bem esse mundo ainda tão desconhecido dessa doença.

Uma coisa que gosto demais da Suzana Pires é que ela se joga nos papeis que vai fazer, não importando o que seja necessário fazer para que convença o público, e aqui para sentir e incorporar realmente o que sua Clara passa, a atriz raspou o cabelo por completo, usou perucas, teve maquiagens bem fortes e impactantes, e conseguiu passar realmente o cansaço e o estresse que é precisar fazer todo um tratamento duro, perder amigos que conhece nas sessões no meio do processo, e claro todo o envolvimento familiar e de conhecidos, contando com as famosas frases que mais irritam do que dão apoio, e sendo uma atriz que joga nas duas posições (drama e comédia) conseguiu fazer as devidas oscilações e agradar bastante. Falar de Marieta Severo é chover no molhado, pois é daquelas atrizes multifacetadas que brinca com seus papeis, e voltando a fazer um ar bem mais cômico com sua Leda, usou dos artifícios exotéricos e religiosos, raspou o cabelo da protagonista, e deu tons realmente de mãe mesmo para um adulto ouvir com grandes satisfações, literalmente brincando em cena para convencer com o famoso conflito de como poder ajudar algo que não está a seu alcance, e brilhou com olhares e momentos na tela. A jovem Nathália Costa também foi muito bem com o que sua Alice precisava, mostrando responsabilidade para que seus traquejos não ficassem infantis demais, mas sem perder a ternura do momento, pois não é bem colocado a idade da jovem na tela, mas consegue suprir isso com toda a virtude de apoio à mãe e desenvoltura para agradar com o que fez. Outra muito bem em cena, mesmo não se encaixando no trio principal foi Fabiana Karla com sua Dircinha, de modo que representou bem mulheres que brigam a batalha do câncer, mas já em fases mais agressivas, que sendo veterana na posição consegue explicar bem como é o tratamento para a amiga, fazendo de um modo sensível que o duro ato da quimioterapia ficasse mais leve.

Visualmente a trama ficou mais na casa da protagonista, com uma sala mais fechada aonde a personagem dá suas dicas em um canal de matemática, vemos vários atos na escola aonde leciona, uma festa bem trabalhada e claro o hospital aonde vemos as consultas e também o processo da quimioterapia em si acontecendo de forma bem tradicional, mas bem representativa. Tivemos claro os vários acessórios de lenços, perucas, a famosa queda de cabelo e a raspagem em si, a cirurgia de mastectomia, e por aí vai, com uma bela cena numa praia a noite e tudo mais, ou seja, a equipe de arte fez tudo bem feito sem precisar onerar o orçamento da trama.

Enfim, é um longa que me surpreendeu bastante, pois acreditava que seria algo mais sutil, novelesco e até mesmo bobinho de conferir, que claro tem seus defeitos, principalmente no ritmo um pouco lento, parecendo ser até mais longo do que realmente é (100 minutos que foram bem maiores), e alguns atos meio que repetitivos, mas nada que tirasse o mérito do tema, as boas canções e as ótimas interpretações, então fica a dica para que todos confiram, pois merece a indicação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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