A Viagem Encantada (Щелкунчик и волшебная флейта) (Shchelkunchik i volshebnaya fleyta) (The Nutcracker and the Magic Flute)

12/17/2023 05:12:00 PM |

Venho dizendo já faz algum tempo que as animações russas andam entregando muita intensidade visual em suas obras, de forma que acabam brilhando em estilo e chamando muita atenção do público alvo infantil, porém faltam ainda histórias que emocionem como deve realmente. Dessa forma hoje vi em "A Viagem Encantada" uma obra bem simbólica de estilo, contando com personagens bonitos de textura e tridimensionalidade, porém sem carisma algum para emocionar como deveria, de forma que a entrega acaba parecendo artificial até mesmo nas canções. Ou seja, é daqueles filmes que não vão muito longe e não conquistam como deveria, mesmo sendo bonitos de essência.

A trama acompanha a história de Marie, uma garota que faz um desejo para ficar do mesmo tamanho que seu querido boneco quebra-nozes. Porém, ela acaba se surpreendendo com a inesperada descoberta de que o brinquedo é, na verdade, um príncipe de verdade que foi vítima de um terrível feitiço que o transformou em boneco - e, agora, os dois devem se unir e viajar até a Terra das Flores para salvar o mundo contra um grupo de ratos.

Diria que o diretor Viktor Glukhushin até trabalhou bem o roteiro de Vasily Rovenskiy, que já trouxe muitas obras suas para cá, mas precisava ter feito com que a história e os personagens fluíssem melhor na tela ao invés de apenas contar a trama, de tal forma que até os bichinhos bobos que seriam o ponto cômico da trama acabam simbólicos demais no envolvimento completo da história. Ou seja, não é algo ruim de ver, mas fica no ar aquela emoção mais chamativa que os estúdios procuram colocar no estilo, não empolgando e nem cativando como deveria, o que é uma pena, pois visualmente tudo é bem bonito na tela.

E como já falei que os personagens não entregam nenhum carisma, diria que a protagonista Marie até tenta ser mais simbólica, mas é muito morna de estilo, sendo daquelas até esquecíveis demais, ou seja, nem dá vontade de torcer por ela. Da mesma forma o príncipe soldadinho Georg tem personalidade e estilo, mas falharam em não colocar alguém mais forte e imponente na tela. Os vilões soaram artificiais de estilo, nem causando muito na tela, sendo até meio bobos de se ver, e assim sendo esquecíveis também, já os bichos de pelúcia que acompanham os protagonistas acabam sendo engraçados de ver, mas nada que chamasse muita atenção.

Visualmente como disse no começo, o longa é impecável, sendo belíssimo de texturas e cheio de nuances, mostrando porões, cozinhas, castelos, cachoeiras, entre festas e escadarias tão bem colocadas que chegam a ser tridimensionais sem óculos, com ambientes voando e tudo mais, ou seja, poderiam ter colocado com a tecnologia que chamaria ainda mais atenção.

Enfim, é uma animação que até vale como um bom passatempo para os pequenos, mas não espere muito dela senão a chance de se desapontar é bem alta. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas já vou conferir meu 400° filme desse ano na sequência, então volto mais tarde com o texto dele, deixo vocês com meus abraços por enquanto e até logo mais.


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