Como o diretor Edson Spinello é muito mais conhecido como um diretor de novelas, acredito que ele filmou coisas demais e depois ficou desesperado com o tempo que tinha que colocar na tela imposto pela produção, pois é nítido que a edição é muito corrida em cima do roteiro de Carlos Lombardi que também é um dos principais escritores de novelas do país, então já sabendo que o longa também será exibido como série no ano que vem, acredito que se dimensionarem melhor tudo na tela o resultado acabará sendo muito mais satisfatório, mas longe de estar falando que o filme ficou ruim, muito pelo contrário, o sentimento de emoção passado na tela é incrível, fará com que você cante todas as canções junto dos personagens e se divirta bastante com tudo o que acontece, mas ficou parecendo muito pouco o que foi mostrado, e muito claro o tanto de material gravado, pois temos muitos recortes e dinâmicas que se fundiram durante as canções, formatações rápidas demais das composições e tudo mais, que acaba refletindo um pouco de peso de tela. Porém essa dinâmica escolhida na montagem fez também que o longa fosse bem explosivo, direto e cheio de nuances que acabam sendo marcantes, e assim sendo faz valer o estilo escolhido.
Quanto das atuações posso dizer que é algo incrível ver todos os atores muito semelhantes aos verdadeiros integrantes da banda, de tal forma que Ruy Brissac praticamente é o Dinho incorporado na tela, com sua irreverência, seu estilão solto e principalmente os trejeitos bem encaixados, afinal já tinha feito o papel em 2016 no teatro, o que lhe garantiu algumas premiações, e aqui deu seu nome com uma personificação marcante e bem chamativa. Rhener Freitas também deu um estilo bem marcante para seu Sérgio, fazendo todo um ar mais sério e de galanteio, mas também brincando bastante com toda a estrutura da trama, sendo bem colocado na tela. Beto Hinoto não chegou a conhecer seu tio Bento, já que nasceu em 98 e a banda morreu em 96, mas ficou tão parecido que chega a assustar a semelhança visual e até mesmo da personalidade mais fechada, e acabou agradando demais também com seus atos. Adriano Tunes colocou uma personalidade tão descontraída para seu Samuel, que consegue brilhar com o sonho na tela, sempre com um olhar brilhante e chamativo. Robson Lima também deu uma boa vivência para seu Julio, empolgando nas danças e nas colocações, chamando muito para si também. Ainda tivemos atos bem trabalhados de Fefe Schneider e Isa Prezoto com suas Adriana e Grace, respectivas namoradas de Dinho e Sérgio, mas quem teve muito destaque e também ficou muito parecido com o produtor da banda foi Ton Prado com seu Enrico Costa (aliás não sei o motivo que não colocaram o nome verdadeiro do produtor da banda, provavelmente por não ter cedido os direitos, mas todo mundo saberá quando ver na tela!).
Quanto do visual a trama mostrou bem vários shows da banda, os ensaios e gravações dentro do estúdio aonde saíram praticamente todas as músicas como brincadeiras entre as sessões, os diversos figurinos famosos, os "showmícios" do início da carreira, e tudo com muita irreverência em cima dos palcos e claro ares mais sérios junto dos familiares em suas casas, de tal forma que toda a trama nos transporta bem para o ano de 96, e em síntese funciona como algo bem saudosista e interessante de ver.
Enfim, é um filme bem produzido, que vai matar a saudade que muitos estavam de ver o grupo irreverente se jogando na telona, aonde poderiam ter ido mais além em algo menos acelerado, mas que funcionou bastante dentro da proposta, afinal aqui só tiveram como pesquisa tudo o que fizeram e a família da banda, então fica mais difícil desenvolver algo que teve tão pouco tempo de desenvolvimento, então recomendo ele mais para os fãs se envolverem com todo o saudosismo, em pensar como estariam hoje se não tivessem ido embora tão cedo, e quem sabe a série completa funcione ainda mais, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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