As Agentes 355 (The 355)

1/22/2022 02:32:00 AM |

Desde o dia que vi o trailer do filme "As Agentes 355" já sabia exatamente o que veria na tela, e mesmo tendo algumas reviravoltas no miolo, tudo é tão marcadinho que você nem chega a se surpreender com nada, e isso não é algo que eu possa dizer que foi ruim, muito pelo contrário, a trama é divertida, tem uma boa pegada, lutas intensas, tiros convincentes e o famoso girl power com a mulherada descendo a porrada em quem estiver na sua frente, seja entre elas no começo, ou depois com os vilões da trama. Ou seja, é o famoso filme de espionagem cheio de traquejos, que quem gosta não liga para furos de roteiro, não liga para clichês, não liga para nada, apenas quer ver a pancadaria, e assim sendo acaba sendo um bom entretenimento na telona, mas se você não for desse time vai reclamar até da roupa que não rasga de forma alguma no meio de uma explosão, da moça tomando pancada na cabeça e não apagando, e por aí vai, sendo assim é o famoso filme feito para um nicho, e funciona bem no que faz.

O longa nos conta que ao ficarem sabendo que uma organização global de mercenários que ameaçam o mundo quer adquirir uma arma ultrassecreta, a agente da CIA Mace Brown terá que unir forças para essa missão, com a agente alemã Marie; a ex-membro do MI6, especialista em computadores, Khadijah; a psicóloga Graciela, e com Lin Mi Sheng, uma mulher misteriosa que está rastreando todos os seus movimentos, para evitar que tal poder caia nas mãos erradas. O grupo de melhores espiãs do mundo forjará uma lealdade tênue que poderá proteger o mundo - ou matá-las. E para fazer isso, elas vão ter que lidar com as diferenças políticas e culturais que as separam.

Diria facilmente que Simon Kinberg é muito melhor roteirista do que diretor, pois seus roteiros são incríveis, mas foi extremamente criticado com sua primeira direção em "X-Men - Fênix Negra" e agora ele até criou algo cheio de interação, locações em vários países, ação desenfreada do começo ao fim, e até boas sacadas, porém ainda não deu o seu toque realmente de direção, mostrando algo inovador, ou alguma coisa que fosse seu estilo próprio, pois tudo no longa tem mais a cara do gênero em si do que algo dele, tudo é premeditado de tal forma que já sabemos exatamente o que vai rolar no segundo seguinte, ou seja, ele não fez um filme ruim, mas apenas fez mais um filme de ação/espionagem igual a todos os demais, que você vai assistir e vai olhar tal cena e falar: "já vi isso em outro filme" ou "agora vai acontecer isso". Sendo assim, não vou falar em momento algum que não curti o que vi, pois me diverti bastante com o que o diretor me entregou, mas poderia ter algo mais chocante no miolo para surpreender, ou então algum tipo de reviravolta melhor que pegasse quem já viu todos os filmes desse gênero, pois 10-20 minutos antes vimos a pessoa falando de algo, lá no final tá o algo acontecendo, e assim segue o jogo.

Sobre as atuações, posso falar que todos foram muito bem na maioria das cenas, não chegando a chamar atenções fortíssimas, mas acertando bem no tom em cada momento que foram colocados, sendo bacana ver o estilo mais impulsivo de Jessica Chastain com sua Mace, bem ampla nas movimentações e disposta a um jogo mais afetivo, tendo Diane Kruger totalmente insana e desesperada com um ar alemão bem imponente para sua Marie, Lupita Nyong'o fazendo a gênia da informática com sua Khadijah cheia de desenvolturas e muita expressividade nos atos, e ainda Penélope Cruz sendo a diversão com sua psicóloga jogada no meio do conflito, fazendo trejeitos apavorados e bem colocados, ou seja, todas se doaram demais. Ainda no segundo ato tivemos Bingbing Fan trabalhando de uma forma bem séria sua Lin Mi, com nuances bem impactantes e misteriosas. E falando dos homens da produção, é claro que todo o destaque ficou a cargo de Sebastian Stan com seu Nick bem imponente e cheio de traquejos, afinal o ator sempre domina bem pessoas com dupla personalidade, e aqui caiu muito bem no papel. Outro que apareceu pouco, mas foi bem interessante nos atos foi Edgar Ramirez com seu Luis no começo da trama bem colocado, e ainda tivemos algumas nuances de Jason Flemyng como o vilão Clarke, e duas rápidas boas participações de John Douglas Thompson com seu Marks. Ou seja, todos bem colocados, mas ninguém chamando a responsabilidade para si.

Visualmente a trama teve uma explosão incrível em todas as cenas, desde a correria em Paris passando pelos cafés, pelos trens com muita desenvoltura dos protagonista, depois as cenas lotadas de figurantes no mercado do Marrocos, com facas, tiros escondidos e muito desenvolvimento nas fugas, saltos e tudo mais, até chegarmos no luxo completo do leilão na China, o hotel e tudo mais dali, ou seja, a equipe de arte surpreendeu demais com tantos elementos cênicos, tantas armas, tantas locações perfeitas, que não tem nem como reclamar de nada no conceito da produção, sendo um orçamento certamente gigantesco que foi muito bem usado para representar tudo o que o longa precisava, ou seja, nesse quesito o acerto foi nota mil.

Enfim, é o famoso filme pipoca de ação, daqueles que você curte tudo o que acontece, não se surpreende com nada, mas ao mesmo tempo vibra com a pancadaria toda das mulheres, sendo algo que faz valer o entretenimento completo do começo ao fim, não tendo espaço para cenas cansativas, e assim sendo algo muito bacana de ver e indicar, que até poderia ser muito melhor com bem poucos ajustes no roteiro com algumas reviravoltas melhores, mas não foi dessa vez, então vá, se divirta bastante, e quem sabe numa continuação melhorem algo para ficar algo memorável realmente. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto muito em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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