King's Man - A Origem (The King's Man)

1/07/2022 01:44:00 AM |

Já disse uma outra vez e volto a repetir franquias precisam ir sempre para frente, pois fazer prequels acabam não trazendo a mesma empolgação, as mesmas conexões e todo o envolvimento clássico que já estamos acostumados a ver, e não digo que acabam virando filmes ruins, muito pelo contrário, alguns são tão bons que fazem até uma espécie de reinício de tudo, mas é algo estranho. Dito isso, o longa "King's Man - A Origem" é bem bacana dentro da proposta de mostrar como a agência secreta foi fundada, tem uma boa pegada com tiranos do passado que já ouvimos falar nos livros de História, mas claro aqui com situações bem diferentes, e que assim como os demais longas é recheado de pancadaria e cenas violentas bem trabalhadas, porém o ritmo demora um pouco para engrenar, o que pode fazer com que algumas pessoas se cansem, mas depois que entra no clima tudo é bem bacana e temos até surpresas. Ou seja, é mais um bom filme da franquia, que tem uma cena no meio dos créditos para dar o norte de uma possível continuação ainda antes do primeiro filme da saga, e que quem curtiu os outros vai gostar do que verá, mas certamente poderiam ter ido bem além para empolgar mais.

O longa apresenta as raízes da primeira agência de inteligência britânica independente, quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de roubar milhões e matar inocentes. Nesse contexto, um homem se vê obrigado a correr contra o tempo na tentativa de detê-los e salvar o futuro da humanidade.

É até engraçado que lá no finzinho de 2019 quando começou a surgir os primeiros trailers do longa fiquei bem empolgado com o que seria entregue em fevereiro do ano seguinte, mas aí veio a pandemia e vários adiamentos que confesso que hoje fui conferir sem nenhuma expectativa para o que o diretor e roteirista Matthew Vaughn iria me entregar, e isso talvez até tenha sido bom para que eu gostasse até mais do que a maioria dos meus amigos críticos, afinal o longa tem sido massacrado na internet, mas claro que todos esperavam que sendo seu terceiro filme da saga, ele criasse cenas icônicas como ocorreu nos outros, e amarrasse mais as tramas, o que acabou não ocorrendo, mas ainda assim ele soube ser criativo com os vilões, deu uma desenvoltura forte para o protagonista, e até nos irritou um pouco com o filho do protagonista e sua sina de querer defender a pátria na guerra, e sendo assim o filme tem conteúdo, tem ação e tem o devido impacto, que até poderia ser mais amplo, mas agrada bem também.

Sobre as atuações Ralph Fiennes deu um tom totalmente britânico para seu duque Oxford, e com ações bem imponentes, boas lutas, e um traquejo bem metódico conseguiu chamar muita atenção para seu papel, agradando pela ousadia, mas também pela serenidade em todos seus atos, o que acaba até chamando bem a atenção. Mas sem dúvida quem teve as melhores desenvolturas foi Gemma Artenton com sua Polly destemida e impactante, se jogando nos diálogos e nas cenas mais fechadas, acertando em cheio ao ponto que até poderia ter sido mais usada. O mesmo digo para o papel de Djimon Hounson com seu Shola, pois o ator lutou muito, foi impactante em diversas cenas fortes, mas sempre ficando meio que de lado na maioria das cenas, ou seja, fez bem o que podia, mas não o usaram como deveria. Harris Dickinson chega a ser irritante com seu Conrad, pois a todo momento querendo ir lutar na guerra para defender a pátria, chega lá e começa a ver que não era bem o que pensava, mas fez bons atos, só sendo simples demais. Agora quem lutou muito em cena (provavelmente um dublê) foi Rhys Irfan com seu Rasputin, pois que cena de luta foi aquela entregue na mesa, cheia de enquadramentos e desenvolturas, além de um papel bem denso e marcante que acaba chamando até mais atenção do que deveria, e assim o seu resultado poderia ter ido até além em um filme mais seu, mas não foi o caso. Quanto aos demais, tivemos boas cenas com Charles Dance como Kitchener, Daniel Brühl com seu Erik misterioso, que até deve voltar numa continuação, e até mesmo Matthew Goode deu boas nuances para seu Morton, mas sem grandes explosões realmente para as atuações.

Visualmente o filme tem uma boa entrega, com boas cenas de ação, toda uma cenografia rural no esconderijo do grande vilão, vários atos com cenas rápidas e impactantes de lutas, um castelo bem imponente, toda a montagem da guerra com tiros, front e tudo mais, ao ponto que mostrou um desenvolvimento até que grandioso da equipe de arte, mas tudo é meio que jogado sem uma síntese mais própria, que mesmo tendo de pano de fundo o esquema da rede de empregados de grandes líderes, o resultado acaba não indo muito além, porém para quem não ligar muito para história, o resultado impacta ao menos.

Enfim, é um filme bacana, que vindo de dois ótimos filmes da franquia acabou ficando abaixo, mas que quem for conferir sem grandes expectativas até vai curtir a entrega proposta, sendo assim vale a recomendação com algumas ressalvas como já falei no texto. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, e nos cinemas já encerrei a semana, mas volto ainda com muitas estreias dos streamings, então abraços e até logo mais.


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