Ameaça No Ar (Flight Risk)

1/25/2025 08:21:00 PM |

Existem alguns filmes que são feitos apenas para um bom passatempo ao público, aonde sabemos que ninguém da equipe tenta entregar um algo a mais na tela, e na maioria das vezes eles são os mais gostosos de conferir, pois você também já entra despreocupado na sessão sem esperar muito dele. E "Ameaça No Ar" é um claro exemplo disso, pois mesmo tendo lá em cima do pôster bem pequenino algo que remeta ao diretor Mel Gibson, nem ele nem seus agentes fizeram muita questão de divulgar ou explorar o longa em premiações ou até em alguns movimentos de premières, de tal forma que ele fez, entregou e pronto, e longe de ser uma bomba, como poderia esperar por ser algo que praticamente surgiu do nada, tendo acho que um mísero trailer (que entrega praticamente tudo o que vai rolar!), mas que passou em pouquíssimas sessões, o filme acaba sendo algo gostoso e interessante de ver, tendo alguns atos rápidos de tensão, mas nada que faça o público surtar na sessão, e assim vale a conferida como algo despretensioso, mas que funciona ao que propõe.

A sinopse nos conta que uma missão importante e confidencial é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto é responsável por transportar Madolyn Harris uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente que estava foragido nas montanhas até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca em pleno ar, a viagem se torna um pesadelo em altitude de cruzeiro e a tensão aumenta exponencialmente quando, aparentemente, nem todos a bordo realmente são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas totalmente fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha? Será que as consequências de seus atos serão ainda mais graves quando a aeronave tocar o chão?

Diria que Mel Gibson apenas gostou do roteiro de estreia de Jared Rosenberg e resolveu dar uma chance para o garoto, pois colocando seu nome no projeto e bons atores, certamente fará com que seja bem visto no mundo do entretenimento cinematográfico, e o longa é básico, sem grandes chamarizes, de modo que o diretor apenas colocou os personagens numa cabine e fez os diálogos ali, e claro depois trabalhou todas as externas com pilotos reais, computação, drones e tudo mais, de forma que a base é o famoso desconhecido que acaba tendo problemas e cada vez vai piorando, sendo algo que não tem grandes sustos, mas que também não tem furos, e assim o resultado evolui com facilidade na tela, sendo divertido e interessante com as pegadas colocadas. Ou seja, é o famoso filme que você pega para conferir sem ligar se o roteiro vai chamar atenção em algo, e quando vê tudo rolou de forma bacana e acaba bem colocado.

Quanto das atuações, a grande sacada foi terem colocado Mark Wahlberg como um assassino completamente maluco na tela, pois seu Daryl entrega personalidade, interações bem marcantes e diálogos precisos para incomodar todos os demais em cena, ao ponto que você torce para a protagonista meter um tiro logo nele que o apague de vez, pois ele consegue incomodar geral. Michelle Dockery teve bons momentos expressivos com sua Madolyn Harris, fazendo uma agente linha dura bem encontrada nas nuances da trama, chamando atenção e agradando com o estilo, mas embora o roteiro dê essa brecha, agente nenhum colocaria tanta facilidade para o piloto assassino. Topher Grace trabalhou seu tagarela Winston com muita desenvoltura, e claro um exagero de comicidade, mas o papel pedia e assim acabou sendo bacana de ver na tela. Os demais foram apenas vozes e diálogos pelo rádio ou telefone via satélite da protagonista, com um aparecendo no final, mas nada que impressionasse demais.

Visualmente o longa é bem básico, começando com um hotel simples no Alasca, aonde ocorre a prisão do rapaz, e depois tudo ocorre dentro de um pequeno avião, sem grandes detalhes, com os aparelhos meio que estragados para dar um pouco mais de tensão, alguns tiros, facas, algemas e lacres, tudo para tentar prender alguém e a confusão rolar, abaixo do avião muitas montanhas e um pouso no final cheio de impacto, ou seja, a equipe de arte não gastou muito, e o resultado não foi comprometido.

Enfim, é um filme básico, que diverte e entrega bons atos na tela, não sendo nada que impacte muito, ou cause uma tensão daquelas claustrofóbicas características de filmes com aviões, mas o resultado agrada como um bom passatempo rápido e direto. Então fica a dica, e eu fico por aqui agora, voltando daqui a pouco com mais um texto, então abraços e até logo mais.


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