O longa é a inspiradora história real de Anthony Robles, que nasceu com uma perna, mas cujo espírito indomável e determinação inquebrável o capacitaram a desafiar as probabilidades e perseguir seus sonhos. Com o amor e apoio inabaláveis de sua devotada mãe Judy e o incentivo de seus treinadores, Anthony luta contra a adversidade para ganhar uma vaga no time de luta livre do Arizona State. Mas isso exigirá tudo o que ele tem, física e mentalmente, para atingir sua busca final para se tornar um campeão da NCAA.
Certa vez disse que a maioria dos editores se acham diretores, afinal das suas mãos acabamos vendo o resultado final de horas e horas de materiais que o diretor captou a essência dos atores, mas conheço poucos editores que se arriscaram a dirigir realmente um filme e deram certo, e aqui a estreia do multipremiado editor William Goldenberg, que tem inclusive um Oscar na sua estante pela função, como diretor foi mais um desses insucessos, aonde você vê que faltou emoção para o longa, pois a história do personagem é algo que pedia uma dramaticidade muito mais crua na tela, campeonatos imponentes e até alguns atos bem colocados dentro do ambiente familiar, mas o jovem pareceu apenas bravo a todo momento, demorando demais para explodir, e como algo isso não vem, e sabemos que é um longa biográfico, já ficamos esperando o fechamento. Ou seja, talvez nas mãos de um diretor mesmo de profissão o mesmo roteiro ficaria incrível sendo editado por ele, mas o inverso infelizmente não ficou tão bom quanto poderia.
Quanto das atuações, um grande acerto para o longa foi usar o verdadeiro Anthony Robles como dublê de corpo do ator Jharrel Jerome, pois assim não precisaram usar computação gráfica para "tirar" a perna do ator, muito menos ficar com lutas falsas na tela, e assim o resultado ficou bem verossímil, e claro que o ator entregou muita personalidade nos trejeitos e expressões dos diversos atos para que emocionasse em sua trajetória, só faltando como disse acima um pouco menos de "braveza" e um pouco mais de envolvimento na tela. Jennifer Lopez entregou boas interações para que sua Judy tivesse um ar amoroso e vibrante pelo filho, e também tivesse seus problemas para desenvolver, mas soou correta e linear demais no que fez na tela, ao ponto que talvez um pouco mais de gás nos atos chamaria mais atenção. Don Cheadle e Michael Peña trabalharam bem seus técnicos Shawn Charles e Bobby Williams, dando as devidas mensagens para o garoto e criando as dinâmicas necessárias na tela de modo simples, mas bem colocadas, não sendo algo que chamasse tanta atenção, mas ao menos agradasse. Já Bobby Cannavale fez o tradicional padrasto escroto que muitos tem raiva, e o ator não economizou nos traquejos para que ficássemos com qualquer pena dele.
Visualmente a trama mostrou bons treinos, boas lutas em campeonatos, várias visitas a alguns ambientes universitários (mas nenhuma aula efetiva!), e também a casa simples da família de muitos filhos, além de alguns atos em bancos e festas, tudo de um modo simples, porém bem alocado na tela, mostrando que a equipe de arte não quis fazer nada que fosse muito chamativo, mas que fosse o correto de vermos no estilo.
Enfim, é um longa que acredito que fui conferir esperando algo demais dele, e o resultado foi bom apenas, mas que quem estiver disposto a curtir uma trama bacana esportiva sem esperar muito vai encontrar um resultado coerente na tela, e assim sendo fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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