Diria que o diretor Sung Soo Kim foi bem intenso na escolha que fez para entregar sua trama, pois soube brincar com cada faceta da trama de uma forma simples e direta, colocando quebras de quadro na tela para dividir os momentos mais marcantes, e sabendo usar dos devidos elementos alegóricos acabou ousando em não economizar nos diálogos bem precisos e fortes, ou seja, ele criou os devidos ambientes diretos na tela, criando intensidade e dinâmicas bem colocadas tanto do lado da oposição quanto do governo atual, mostrando que nenhum dos lados estava bem pronto para tudo o que iria ocorrer, mas que os rebeldes foram mais espertos por ter ao menos uma pessoa dentro das diversas lideranças. Sendo assim o diretor criou atos rápidos, fortes e bem precisos para que a criação cênica funcionasse e não precisasse ser tão cheio de elementos, mas ainda assim a entrega foi bem alocada, e o resultado acabou impressionando.
Não vou entrar muito em detalhes das atuações, pois todos foram bem expressivos e marcantes, mas também como disse no começo, a maioria dos personagens são muito parecidos com cortes, roupas e tudo mais, de modo que vale destacar Hwang Jung-min como o articulador de tudo, sendo cheio de olhares e intenções bem marcantes e diretas, aonde seu fechamento no banheiro rindo como um lunático expressou bem tudo o que foi o golpe e o regime. E do lado oposto vale destacar Jung Woo-sung como o comandante de defesa da capital que tentou desarticular tudo, usando suas forças de comando e até mesmo suas próprias forças num ato desesperado, mas que não deu muito certo, mas que o ator soube dominar o estilo de uma forma séria e até impulsiva para que tudo ficasse bem chamativo nos seus atos.
Visualmente o longa foi imponente de diferentes formas, primeiro com muitos personagens e figurinos bem trabalhados tanto para os principais, quanto para diversos figurantes e secundários, sendo notável o não uso de computação gráfica para duplicação, usando muitos atores mesmo, tendo vários atos em salas com diversos atores discutindo, mapas na tela com alguns estilos computacionais de flechas simbolizando os caminhos, fora a quantidade de tanques e armas, aonde vemos muita interação na tela, sob um frio marcante e muita exposição dos ambientes, ou seja, a equipe de arte recriou os grandes atos com uma desenvoltura forte e bem representativa para mostrar tudo o que ocorreu naquela data.
Enfim, é um grande filme, que vale muito a conferida, pois assim como tivemos nosso período da ditadura no nosso país, sabendo bem alguns atos que ocorreram por aqui de formas diferentes na tomada do poder, no longa sul-coreano vemos como o conflito ocorreu com brigas entre os próprios comandos militares, ou seja, algo ainda mais complexo, e que como um amigo falou certa vez, ver a história é bom para que não deixemos que ocorra novamente, então fica a dica de conferida, em uma data próxima nos cinemas, pois hoje fui informado que a data dessa quinta mudou, então volto aqui para indicar a nova data. Deixo vocês com meus abraços, mas volto em breve para falar de outros longas.
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