Ghostbusters: Apocalipse de Gelo em Imax (Ghostbusters: Frozen Empire)

4/13/2024 02:55:00 AM |

Um dos grandes problemas atuais da maioria dos filmes têm sido em relação aos efeitos computacionais serem tão jogados que parecem terem sido feitos há mil anos quando nem tínhamos computadores decentes para ver um video, porém esse definitivamente não é o problema de "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo", muito pelo contrário, tendo alguns elementos gráficos até bem bonitos de ver, principalmente nos atos de congelamento da cidade, lembrando até um pouco "O Dia Depois de Amanhã", então qual o motivo das críticas estarem sendo tão ruins? A resposta é bem fácil, o roteiro é fraquíssimo, com uma história que não convence, e o embate final é digno de perder até para o último filme do "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", ou seja, um vilão imponentíssimo que é derrotado numa facilidade impressionante. Ou seja, é um filme passatempo que talvez até crie uma certa nostalgia por ter  os personagens antigos na telona, dá para curtir os efeitos na tela, mas vocês não vão acreditar, fui começar a escrever e já tinha até esquecido o que tinha na cena do meio dos créditos, ou seja, o longa é totalmente esquecível, sendo daqueles que infelizmente não impactam com nada dentro da história.

No longa vemos que a família Spengler retorna para onde tudo começou: a famosa estação de bombeiros em Nova York. Eles pretendem se unir com os caça-fantasmas originais que desenvolveram um laboratório ultra secreto de pesquisa para levar a caça aos fantasmas a outro nível, mas quando a descoberta de um artefato antigo libera uma grande força do mal, os Ghostbusters das duas gerações precisam juntar as forças para proteger suas casas e salvar o mundo de uma segunda Era do Gelo.

Quem me acompanha sabe uma das minhas frases que mais digo, que é em time que ganhou o campeonato não se mudam as peças, e se o roteiro do primeiro filme dessa nova fase funcionou não foi tanto pelo trabalho de Gil Kenan, mas sim de Jason Reitman em usar as boas coisas que vivenciou com seu pai quando era mais jovem, então substituir a direção foi algo que infelizmente não funcionou, e Kenan acabou querendo colocar coisas demais em um único filme fazendo com que a trama fosse um amontoado de coisas esquecíveis como um todo, o que é uma pena, afinal a nostalgia de ver grandes nomes do passado na telona, ver um efeito de gelo tão bem trabalhado (embora desde o primeiro trailer eu tenha achado ridículo uma só estaca de gelo não acertar alguém no meio fazendo voar sangue pela tela), que no final nem vemos o grande Deus do frio conseguir ir muito além. Ou seja, pareceu que ele precisava entregar algo, o prazo estava acabando e saiu tacando tudo o que imaginava querer ver, e no final nem ele soube o que fez na tela.

Quanto das atuações, elogiei muito o trabalho dos jovens no filme de 2021, porém aqui eles ficaram meio que subjetivos demais, de tal forma que Finn Wolfhard não conseguiu chamar uma cena para seu Trevor que fosse marcante, e a pequenina Mckenna Grace ficou o tempo quase que inteiro por vezes de castigo, por vezes fazendo coisas erradas, e em outros apaixonada por uma fantasma, ao ponto de fazer mais coisas erradas com sua Phoebe, ou seja, a astúcia que tiveram lá aqui foi quase nem aproveitada. E se fiz no começo uma comparação usando o longa do Homem-Formiga, aqui Paul Rudd fez um papel meio que de padrasto deslocado com seu Gary, mas ao menos não precisou ficar forçando trejeitos bobos, já Carrie Coon fez a mãezona, mas também ficando meio que perdida em cena. Ainda tivemos Kumail Nanjiani tentando ser engraçado com seu Nadeem, o pobre Logan Kim esquecido com seu Podcast tão sagaz do primeiro filme, e James Acaster tentando ser inteligente com seu Lars, mas foi um nome antigo que ao menos segurou o carisma do filme, com Dan Aykroyd bem encaixado com seu Ray, mas nada que fosse muito além.

Como já falei os efeitos ficaram bem interessantes na tela, e usaram bem uma ideia de um estudo maior dos fantasmas ao invés de apenas serem colocados em um lugar fechado, o que acaba sendo algo bem colocado na trama, porém não utilizaram tanto quanto poderiam o ambiente ali, fora a quantidade gigantesca de falhas no roteiro que acabaram acontecendo com as ideias, e vou citar só uma para não encher de spoilers o texto, na cena em que resolvem cortar o elemento de latão do ambiente, serram e tudo mais, mas na cena seguinte está inteirinho pronto para que outro personagem desça por ele, fora muitos outros absurdos, e isso eu chamo de falta de pagamento para um bom continuísta, pois é o mínimo que alguém deveria parar para pensar, mas vai ter quem não se incomode com isso, então ao menos visualmente a trama se faz valer.

Enfim, é daqueles filmes que tinham tudo nas mãos para fazer o público se envolver e curtir, voltando com algo que deu tão certo no passado, mas se perderam por completo entregando algo que até vale como um passatempo, mas que amanhã já nem lembraremos direito de muita coisa que aconteceu, aliás o longa tem uma ceninha no meio dos créditos bacana para algo a se desenvolver futuramente, mas quase que eu já tinha até esquecido dela, então quem for conferir espere uns minutinhos. E é isso pessoal, não posso falar que recomendo ele, então apenas não o atiro como uma bomba imensa, sendo um traque que não fez barulho suficiente para chamar atenção, então fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.

PS: Estou sendo bem bonzinho com a nota, por a produção como um todo tendo bons efeitos e cenas interessantes ter me agradado, mas dava para diminuir bem a nota.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...