No longa conhecemos Beckett, um gato mimado que não reconhece a sorte que ao ser resgatado e acolhido por Rose, uma estudante apaixonada e de bom coração. Contra sua vontade, ele vê sua rotina sofrer mudanças quando cai por acidente em um bueiro e perde sua nona vida, fazendo com que o destino entre em cena para colocá-lo em uma jornada transformadora.
É engraçado que já conhecia Christopher Jenkins pelos roteiros de animações bem malucas, mas aqui ao assumir também a direção, acabou mostrando que tem pegada, que sabe aonde quer chegar com seus personagens, e mais do que isso, conseguiu brincar com um tema que não é tão simples e que facilmente valeria explorar mais, que é o desaparecimento das abelhas, e foi direto mostrar para a criançada que o ferrão mata a abelha quando fica preso, mostrou que a polinização é importante, e claro mostrou tecnologias malucas que com certeza algum chinês já deve estar desenvolvendo para substituir as abelhas reais. Mas claro que não ficou preso nisso, mostrando bem o gato divertido, que inicialmente pega um certo ranço do namorado da protagonista, e acaba gastando suas vidas para tentar sabotar ele, vemos cenas bem divertidas, e alguns elos bem encaixados dando o sentido para os dois lados, ou seja, o diretor soube brincar bastante na tela, agradando uma gama grande de público-alvo e assim agradando com o resultado sem precisar forçar tanto a barra.
Quanto dos personagens, diria que o gato Beckett teve muita personalidade, as vozes não ficaram forçadas, e claro teve atos bem sagazes durante suas várias vidas, não ficando nem tão fofinho, nem um gato do mal, sendo agradável e divertido. A cientista Rose é também bem graciosa, atrapalhada e tem seu certo carisma em suas cenas, além de entregar algo bem bacana nos atos finais. O namorado Larry é completamente maluco e entrega atos bem divertidos junto do gato. O professor Craven inicialmente não parecia uma má pessoa, mas depois vai ficando bem intenso e usando os seus capangas atrapalhados até dá uma boa nuance de vilania. Mas sem dúvida quem tem um gracejo bem colocado, e atos emocionais é a dona do centro de animais na Terra, que também é dona do ambiente no céu aonde os gatos vão, de tal forma que sua Grace é bem sacada, divertida e agrada bastante com as conversas com o protagonista.
Visualmente a trama não é daquelas cheias de texturas, usando o básico da computação para que os personagens tivessem uma boa dinâmica, sendo os humanos magrelos demais, mas com uma pegada simples e divertida, enquanto o gatinho é bem rechonchudo em todas as suas versões de animais, conseguindo chamar muita atenção e desenvolvido com uma pegada rápida, colorida, meio que campal já que nem quase temos atos em cidades, e que funciona dentro da proposta.
Um detalhe interessante é que o filme conta com uma trilha sonora totalmente original desenvolvida por Zayn Malik que também dubla os dois capangas na versão original, mas no dublado aqui ficou bacana de ouvir as canções bem colocadas traçando os desafios de vida da garota e do gatinho.
Enfim, é a famosa animação leve e gostosinha que funciona na tela, que diverte desde os menorzinhos até os mais velhos, e que não abusa em nenhum ato para algo mais reflexivo ou pesado, sendo interessante de ver e recomendar. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas devo ver mais algo hoje, então abraços e até logo mais.
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