O mais engraçado de tudo é que o diretor Jason Reitman que é conhecido por filmes mais sérios e dramáticos conseguiu trabalhar tanta personalidade e envolvimento para que seu longa aqui tivesse emoção, comicidade e boa desenvoltura que nem parece ter sua assinatura, mas tenho a certeza absoluta que seu pai ficou muito feliz com tudo o que viu na tela, pois os adolescentes não ficaram chatos de acompanhar (o que geralmente ocorre na maioria de filmes desse estilo), todos possuem dinâmicas bem colocadas e empolgantes, e principalmente os atos são funcionais para com a ideia da trama, parecendo realmente uma continuação direta dos filmes do pai, e ainda claro fazendo todas as devidas homenagens que seriam necessárias, brincando com estilo, colocando diversos tipos de fantasmas, e ousando em colocar uma síntese rápida e gostosa, pois certamente daria para fazer um filme cheio de referências ficando mais dramático como o diretor gosta de trabalhar, mas não seria algo próximo dos originais. Sendo assim, o resultado da direção e do roteiro de Reitman foi algo que acaba sendo nostálgico e bem emocionante para quem viu os originais na infância/juventude, mas também entrega algo bem marcante para a nova geração que talvez até irá querer ver os filmes antigos para se envolver mais, ou seja, um filme perfeito e muito bem trabalhado.
Sobre as atuações basicamente o filme é quase todo de Mckenna Grace com sua Phoebe, aliás a atriz está tão diferente no longa que nem parecia ser ela, e se entregou como uma boa cientista, tendo bem os genes do avô, fez piadas ruins de ciência muito bem encaixadas, e brincou muito em cena, parecendo estar completamente disposta para tudo, sendo uma grata surpresa pela intensidade que se doou, não parecendo estar presa no roteiro, o que é muito legal de ver em cena. Finn Wolfhard conseguiu passar carisma nas cenas que participou, mas pareceu meio deslocado em alguns momentos da trama, não entrando tanto no clima no início, mas aparentemente é algo do papel, já que estava no seu verão, querendo um trabalho, uma namorada e tal, e assim o jovem até trabalhou bem, mas não foi muito além em cena. Foi praticamente a estreia de Logan Kim nos cinemas com seu Podcast, e o jovem ator foi tão gracioso, cheio de desenvoltura para os devidos momentos de seu papel, além de ter uma química bem legal com a protagonista, ao ponto que acabou muito bem encaixado e conseguiu se destacar, e assim com certeza será chamado para muitos outros filmes. Paul Rudd e Carrie Coon até tiveram bons momentos com seu Mr. Grooberson e Callie, ele com suas desenvolturas mais cômicas e ela como uma mãe meio que jogada, mas o filme é dos pequenos, então seus atos foram mais de conexões, com Rudd se destacando um pouco mais por mostrar pros jovens quem foram os Caça-Fantasmas, mas nada que surpreendesse, ao ponto que até poderiam ter usado mais eles. Celeste O'Connor acabou com sua Lucky até que bem usada em alguns atos, mas não é uma personagem chamativa, e assim sendo ficou em segundo plano, não podendo se mostrar muito. Agora já dando um spoiler tremendo, as aparições finais foram incríveis com TODOS os originais, aí você que fique se perguntando, afinal bem sabemos que nem todos poderiam comparecer nas gravações.
Agora no conceito visual a equipe caprichou com gosto, pois são tantos detalhes cênicos usando coisas novas e coisas antigas dos filmes originais, a casa isolada aparentemente bem bagunçada tem tantos elementos cênicos para serem usados, o laboratório embaixo de tudo recheado de objetos do clássico e ainda todo o trabalho para pegar o público com tudo, e se no filme original filmar os fantasmas foi uma trabalheira imensa, já que não tinham tanta tecnologia na época, aqui a computação fez personagens bem desenhados, colocando um fantasma gelatinoso comedor de ferro bem interessante, os vários marshmallows fazendo o caos completo com muita graciosidade, e até os cachorrões demoníacos foram bem trabalhados no design agradando demais nas perseguições, e claro o Ecto-1 dando show nas corridas, voando pra cima e para baixo com a protagonista carregando uma mochila imensa e disparando raios para todos os lados, que ficaram muito bem encaixados na trama.
Enfim, é um tremendo filmaço que realmente fui conferir sem esperar muito dele e saí encantado com cada momento, me vi emocionado em alguns atos e o resultado completo empolga demais, ao ponto que até valeria uma nota máxima para o longa, mas como os adultos da trama mereciam ter mais momentos para chamar a atenção, e até poderiam ter colocado mais fantasmas em cena, vou arrancar um pontinho da nota, porém tudo é incrível de ver, as duas cenas pós-créditos foram muito bem feitas, e enquanto você espera elas dá para ir curtindo a música da protagonista McKenna Grace se lançando como cantora, então vá conferir, levem todos para os cinemas e fiquem na sala até o final dos créditos. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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