Eternos (Eternals)

11/04/2021 02:09:00 AM |

Sabe quando você escuta a famosa expressão "Isso é apenas a ponta do iceberg, e que você não viu nada ainda!? Pois bem, essa pode ser a maior definição do novo longa da Marvel, "Eternos", pois é um filmão de 157 minutos com tanta história, com tanta introdução, com tantos personagens importantes, e não bastasse tudo isso ainda é colocado mais dois personagens novos completamente desconhecidos do Universo Marvel (até agora) nas duas cenas pós-créditos. E o melhor de tudo, contando com tanta ação e boas desenvolturas que saímos até tontos de tanta informação que nos foi passada, sendo daqueles filmes que dá para reclamar demais de tudo, mas que também dá para sair apaixonado com tudo, e confesso que mesmo estando até agora me perguntando quem é quem, ou o que são algumas coisas, ri bastante do começo ao fim, e me enquadro no segundo grupo que acaba adorando o filme todo, que fica muito bravo com a descoberta da reviravolta de um dos personagens, e que certamente está desesperado para ver a continuação do grupo inserido nos demais filmes, pois como bem sabemos a Marvel já tem planos para muitos anos, e como comecei o texto, aqui foi apenas a pontinha da pontinha de um iceberg imenso que irá se deslanchar mais para a frente. Sendo assim, vá conferir sem nenhum preconceito, espere várias quebras de paradigmas (alguns vão falar de lacradores!), e curta cada momento, pois é um filme para vivenciar tudo e conhecer um pouco de tudo o que veremos mais para frente, pois é inegavelmente um filme para amar ou odiar completamente, e confesso que estava com muito medo do que veria, pois se em alguns dos filmes dos heróis eu desconhecia um ou outro detalhe, nessa nova fase da Marvel tudo está sendo mais do que novo, e o resultado é ainda tão grandioso quanto o que já vivenciamos anteriormente.

A sinopse nos conta que sendo originários dos primeiros seres a terem habitado a Terra, Os Eternos fazem parte de uma raça modificada geneticamente pelos deuses espaciais conhecidos como Celestiais. Dotados de características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, eles são frutos de experiências fracassadas de seus próprios criadores, que também foram responsáveis por gerar os Deviantes, seus principais inimigos.

Muito está sendo reclamado devido a diretora Chloé Zhao ter mudado muitos poderes, características, etnias e até orientações sexuais de alguns personagens para lacrar como muitos dizem por aí, mas tudo foi aceito e provavelmente sugerido pelos chefões de cima da companhia, e não digo que isso interfira em nada, afinal a história fluiu bem, teve seus momentos grandiosos bem construídos, felizmente não é nem um pouco arrastada (esse era meu maior medo visto o longa no qual a diretora ganhou o Oscar ser um sono imenso!) e se tivesse que reclamar de algo seria de que poderiam ter desenvolvido um pouco mais cada um dos personagens ao invés de mostrar as interações deles nos povos do passado, pois é legal ver suas lutas por lá, mas talvez conhecer um pouco mais de cada um individualmente impactaria mais, mas em determinado momento ficamos sabendo o real motivo disso contado no ato em que Sersi conversa com Arishem e fica sabendo o que realmente eles são. Ou seja, vemos algo primoroso por parte da diretora que soube criar um filme muito mais artístico no mundo da Marvel, coisa que nenhum outro longa da companhia tinha aparecido ainda, e que ainda assim teve todo o espaço para muitas lutas, muita destruição e para uma desenvoltura completa em cima de tudo, e sendo assim é daqueles que vamos refletir, ver mais algumas vezes, e no final estaremos prontos para tudo o que será entregue nos próximos anos, pois o grupo voltará.

Sobre as atuações, temos muitos personagens e com isso a distribuição de tempo de tela ficou bem rarefeita, com alguns aparecendo mais, outros tendo um carisma cênico maior, e alguns sendo até que bem jogados em cena, e assim sendo o destaque recai bem para os papeis de Gemma Chan com sua Sersi, aonde a atriz mostrou desenvoltura cênica para diversas emoções, criou todo um envolvimento ao seu redor, e claro teve os atos mais importantes também na trama, sendo assim dando show. Richard Madden entrou com seu Ikaris como o que tem poderes mais fortes no grupo, sendo quase uma cópia do Superman (sendo até confundido pelo filho de outro do grupo como o personagem da DC) e fez algo que já é de seu estilo de atuação de personagens bem galãs e ao mesmo tempo canastrões demais, ao ponto que confesso que xinguei ele algumas vezes durante a exibição, e mereceu meus xingamentos. Kumail Nanjiani nem pareceu mais aquele indiano mirrado que vimos em outros filmes e séries nos últimos anos, vindo com um Kingo completamente icônico e muito divertido junto de seu parceiro Karun vivido por Harish Patel, fazendo cenas tão engraçadas que acabam dando o alivio cômico para a trama e agradando demais com tudo. Lauren Ridloff tem ganhado muita imposição com diversos bons personagens surdos, mas aqui chegou no ápice máximo de uma heroína surda e muda, se comunicando por sinais com os demais, mas lutando bravamente com sua velocidade, sendo a que entrega mais ação na trama, e agrada também demais. Brian Tyree Henry é o responsável pela polêmica de ser um casal homossexual na trama, mas isso foi colocado com uma emoção interessante tanto para demonstrar o lado humano da adoção, afinal eles não são humanos para terem filhos, e assim ter o envolvimento para querer derrotar o vilão do filme, mas mais do que isso, seus atos são importantes pois mostra que o desenvolvimento da humanidade através de tecnologias e armas foram suas responsabilidades, e assim seu personagem Phastos acaba sendo bem bacana de ver. Barry Keoghan é um ator com trejeitos estranhos, e aqui seu Druig sendo um controlador de mentes ainda foi colocado como alguém muito intrigante que valeria ter explorado um pouco mais, afinal acaba sendo quase um Deus na Amazônia (não brasileira pelos nativos lá dentro), mas fez bons atos e foi bem interessante. Lia McHugh trabalhou sua Duende de uma maneira intensa e bonita de ver, pois consegue mudar as realidades dos ambientes e a atriz trouxe um ar de expectativa marcante para grandes cenas, e isso acaba sendo legal de ver. Ma Dong-seok fez atos de muita força com seu Gilgamesh, meio que lembrando um pouco o Hulk, mas aqui faz o inverso, já que ele precisa cuidar da maluca (doente) do grupo, e assim seus atos acabam sendo até mais interessantes do que pareciam no início. E falando na maluca, eis que chegou a hora de falar de Angelina Jolie e sua Thena, a deusa grega da guerra, que até tem alguns momentos bem intensos de luta, trabalhou olhares e desenvolturas clássicas, mas não diria que seja um papel que ela tenha se soltado como gostaria, fazendo bons atos, mas não explodindo. E claro não poderia esquecer de Salma Hayek com sua importantíssima líder do grupo Ajak, que por incrível que pareça foi bem pouco usada, e olha que a atriz é daquelas que sabem dominar um ambiente, mas ficou mais para os atos de conexão e menos para os de luta, e talvez isso pese do pessoal esquecer dela bem rápido. Ainda teria de falar mais de Kit Harington seu seu Dane, que é quem vai ajudar a todos fazendo claro as perguntas que todo mundo gostaria de fazer para saber quem é celestiais, quem é eternos, o que cada um faz, se a protagonista é uma feiticeira, e por aí vai, além de ter cenas importantíssimas no final, e assim mudar um pouco toda a ideia em cima dele, aliás sendo o personagem da última cena pós-crédito, que tem uma voz que alguns estão falando ser de um personagem já conhecido, e ele será um membro famoso dos quadrinhos que ainda não vimos nas telonas. E já que falei em pós-crédito, como são duas, na primeira tivemos a introdução do personagem de Harry Styles, com algo bem rápido, sendo muito importante para os próximos filmes, e assim nem tendo muito tempo de aparecer, mas vai fazer as garotas entrarem mais ainda pro mundo da Marvel. E pronto chega de falar das atuações, mas apenas um aporte na voz forte de David Kaye como o celestial Arishem.

Quanto do visual, novamente a diretora entregou algo que já tinha feito em Nomadland e com muitas cenas em locais abertos (e reais - sim, os atores filmaram na beirada de um vulcão, em praias, campos, florestas e afins - belíssimos por sinal) conseguiu ampliar tudo o que fosse possível para extrair em tons e cores, que claro para as cenas de luta jogou muita computação gráfica para os raios que cada um solta, para as desenvolturas com mãos e olhos, velocidades, mas juntando tudo isso à figurinos marcantes, muitos elementos cênicos importantes para cada um dos atos, e claro criando bichões bem feios para os disformes Deviantes, gigantescos para os celestiais, e ainda criando muitas cenas de batalha épicas do passado seja na Mesopotâmia, nos Jardins da Babilônia, em Hiroshima, e outros atos históricos famosos, ao ponto que certamente a equipe de arte gastou muito dinheiro e conseguiu ser representativo e bem significativo para ampliar tudo. Não fui conferir hoje o filme em 3D, mas é notável a quantidade de cenas com os efeitos, então irei rever provavelmente no final de semana com a tecnologia e volto aqui para comentar sobre isso (ampliando ainda mais o texto), pois acredito que vai valer a pena.

Enfim, é um filmaço de primeiríssima linha, que volto a frisar que quem for conferir irá amar ou odiar tudo, e por esse motivo a maioria das críticas está fazendo uma confusão imensa na mente das pessoas, então diria que vá conferir pelo entretenimento e não ligue tanto se estão falando muito bem ou muito mal do filme, pois é algo grandioso como tudo que a Marvel faz, e que tem motivos de odiarem, pois é muito diferente de tudo o que já foi entregue pela companhia, mas dá para entrar no clima, dá para rir muito do que acontece, e principalmente serão usados mais vezes os personagens, então veja e pronto. Não digo que darei a nota máxima para o filme por talvez faltar mais desenvolvimentos dos personagens como já disse que necessitaria, mas tirando esse detalhe é um tremendo filmaço que recomendo demais. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, e desculpem o tamanho desse, então abraços e até logo mais.


3 comentários:

Fernando Coelho disse...

Pois bem... rever "Eternos" foi bacana para prestar mais atenção em alguns detalhes, reparar em algumas falhinhas casuais como algumas cenas exageradamente escuras, e até entender o que provavelmente alguns não curtiram do filme, por exemplo a versão dublada não faz rir nem a metade da versão original, ao ponto que as piadas acabaram ficando meio secas... agora quanto do 3D, não muda em nada a trama, pois ainda continua sendo bem impactante e f*** pacas, porém diversas lutas possuem efeitos incríveis na tecnologia e muita coisa sai da tela e tem uma boa perspectiva, então nesse quesito quem curtir pode encarar que vai ser legal!

Luis Fernando disse...

Coelho vc sabe quem sou conversamos muito no facebook e vc decidiu me bloquear nao vou te xingar por causa disso muito pelo contrário vou respeitar sua decisão eu cresci e amadureci mas mesmo assim continuo vendo seu blog,as criticas..os paragrafos sobre os efeitos 3d dos filmes que vc sabe que sou doido por 3d e fiquei muito empolgado quando li abaixo do texto da critica que vc reviu eternos em 3d e disse que sai varios elementos da tela isso me deixa muito enpolgado de verdade e curiosos pra ver em 3d na minha tv..nao irei ver no cinema vou esperar o blu-ray 3d gringo que devem anunciar no final de dezembro,comprar e conferir ou ate mesmo baixar antes de comprar e conferir..bom e isso abraços e estarei sempre lendo suas criticas.

Fernando Coelho disse...

Obrigado por continuar lendo as críticas... você irá gostar do 3D quando chegar o bluray!

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Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...