O longa acompanha uma surfista experiente e espírito livre chamada Zephyr que é sequestrada por um assassino em série conhecido como Tucker. O modus operandi do criminoso é peculiar e perturbador: obcecado por tubarões, Tucker rapta suas vítimas e as transforma em comida para esses assustadores e famintos animais, conduzindo toda essa tragédia como um espetáculo. Zephyr, então, é mantida em cativeiro com outra jovem e precisa testemunhar os horrores do serial killer enquanto procura formas de escapar desse pesadelo. Esperta e sagaz, Zephyr luta pela própria vida e contra o tempo, antes de se tornar mais uma refém do ritual macabro de Tucker.
É interessante que vemos vários filmes australianos e nem sabemos bem que foram feitos por lá, afinal usam tanto de situações semelhantes aos americanos que tudo passa normal, e o diretor Sean Byrne não fez muita questão de situar seu longa por lá, podendo ser qualquer praia normal e qualquer barco de qualquer país, de modo que a grande sacada do roteiro é ser um filme de tubarões sem que eles fossem os protagonistas como casualmente são tramas desse estilo, e essa brincadeira dele foi bem ousada, afinal não nos é contada toda a história do assassino, e apenas vemos sua obsessão acontecendo, o que para muitos talvez falte alguma imposição maior, mas como sabemos em tramas de terror nada é necessário para chamar atenção. Ou seja, é daqueles filmes aonde a essência maluca funciona, que tem vários clichês do estilo, aonde você fica xingando os protagonistas de burros, mas que ao menos entretém na tela, sendo um passatempo razoável de ver, mostrando que o estilo do diretor é simples, porém ousado.
Quanto das atuações, fiquei o longa inteiro imaginando que fosse outra atriz muito parecida com a protagonista, mas não era afinal não conheço muito os trabalhos de Hassie Harrison, e o que posso dizer é que sua Zephyr teve personalidade, trabalhou bem os atos mais densos sem ficar apenas esperneando (o que é comum em filmes do estilo), mostrando exatamente o que o assassino falava dela ser bem forte e intensa, o que a atriz representou bastante. E falando no assassino, Jai Courtney botou muita banca com seu Bruce Tucker, se jogando em trejeitos fortes e desesperados, parecendo literalmente um maluco, além de confessar que dançou bem bêbado na cena solta que lhe dá uma imposição na tela, ou seja, não ficou como um psicopata bobo na tela, o que é um grande acerto. Agora já vi muito homem apaixonado após uma transa, mas Josh Heuston bateu um novo recorde com seu Moses, de modo que o rapaz ficou caidinho pela protagonista, e o ator fez trejeitos bem emocionais e bobos para esse estilo, de modo que não ficou errado, mas forçaram a barra após um primeiro encontro. Quanto aos demais, vale apenas citar o desespero de Ella Newton com sua Heather, mas nada de muito chamativo que marcasse realmente na tela.
Visualmente a equipe conseguiu boas imagens com tubarões reais, claro que usando de mergulhadores profissionais e outros animais para comerem, e nem precisou de muita cenografia, tendo um barco antigo de expedição, com um porão simples de duas camas de ferro, e uma grua de pescadores aonde com um banquinho levaram os protagonistas para serem devorados, além de câmeras antigas, e fitas VHS para representar o estilo nostálgico do assassino.
Enfim, é um filme com uma proposta definida, que quem curte tramas com assassinos seriais bem malucos vai gostar do que verá na tela, não sendo nada demais, mas também não sendo algo ruim de ver, então vale a indicação como um passatempo bem simples de terror. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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