Uma comédia leve e divertida, chegando ao absurdo de situações no melhor estilo Mr. Bean francês. Com essa frase inicial acho que defini bem o filme "Faça-me Feliz", pois as trapalhadas que o personagem principal se mete são dignas de Rowan Atinkson, o eterno Mr. Bean. São tantas gafes que comete que diverte o público na medida, pois não apela como normalmente veríamos se fosse um filme americano que partisse pro mesmo gênero.
O filme nos mostra que Ariane está convencida de que seu marido Jean-Jacques está interessado em outra mulher. Para salvar seu casamento, ela pede que ele tenha um caso com essa mulher, acreditando que essa é a melhor solução para acabar com as ilusões de Jean-Jacques. Mas, quando ele vai até a casa dessa mulher que mal conhece, ele ainda não sabe que ela é filha do presidente da República.
A trama é bem gostosa de ser vista e diverte numa velocidade interessante que faz com que o filme aparente ser menor ainda do que seus 92 minutos. O bacana do roteiro é que assim como nos filmes do Mr. Bean, já logo de cara começamos a ver que tudo vai errado, mas ainda assim o público torce para que o personagem principal consiga fazer sem se dar mal, mas nunca acontece. E claro que essas gags já estão marcadas e fazem rir com certeza, o que faz do filme um sucesso entre o público que claro foi ver uma comédia e não deveria sair senão da sala com um sorriso na cara. Um bom acerto para o diretor, roteirista da trama ao fazer ele, só acredito que seria melhor ter colocado algum ator e não ir para a frente como personagem principal também.
O interessante da carreira de Emmanuel Mouret é que ele tem 10 filmes no currículo como ator sendo 8 filmes dirigidos por ele mesmo, então já sabemos que ele adora se colocar em seus próprios filmes, mas quanto da sua atuação está bem bacana, porém acredito que um personagem com uma cara menos de galã cairia melhor, já que é notável suas tentativas de fazer cara de bobo. As mulheres todas bem bonitas e fazem bem seus papéis, não tendo muito destaque para praticamente nenhuma, pois como são coadjuvantes apenas dão a cartada para que o personagem de Emmanuel faça a cena.
A cenografia bem rica de elementos para contrapor o rico com o pobre, utilizando-se claro de objetos bizarros para fazer acusações claro ao esbanjamento de inutilidades que o governo francês costuma ter em suas casas. A fotografia acredito que não quiseram mostrar como sendo um filme atual, principalmente pela granulação escolhida para ele, mas não chega a atrapalhar, pois os elementos cênicos que a direção de arte pôs no filme valem para qualquer época e assim faz com que tudo ande no fluxo.
As trilhas sonoras francesas costumam me incomodar um pouco, pois sempre são pejorativas demais ao filme, forçando a graça para elas, e esse é um ponto que se manteve infelizmente. Fica parecendo um episódio antigo de cinema onde o pianista ficava tocando para entonar na cena a graça.
Enfim, é um filme que vale a pena ser visto principalmente para essa comparação que fiz, ver um personagem que já estamos "acostumados" a ver sob a visão francesa. Tem alguns errinhos, mas não atrapalha a diversão. Bem é isso, acabo o festival por aqui, mas amanhã e quinta para aqueles que quiserem ver tem reprises de alguns filmes ainda. Na quinta estou de volta com um do cinecult e já começo a preparação para a próxima semana cinematográfica que promete ser grande também. Então abraços e até quinta pessoal.
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