Disney+ - O Melhor do Mundo (World's Best)

6/25/2023 11:07:00 PM |

Algumas vezes dou play em uns filmes pela história que parece interessante e quando vejo a fria que entrei até penso em parar, mas como sei que vai ser pior ficar pensando como será que terminaria, se engrenaria lá pela metade, resolvo ir até o fim, e acho que dá para contar nos dedos das mãos entre a tonelada de filmes fracos que já vi, os que conseguiram mudar na metade para ficarem interessantes. E infelizmente o longa da Disney+, "O Melhor Do Mundo", não será um desses que irei contar um dia nos dedos, pois a ideia de juntar um jovem gênio da Matemática que teve um pai sonhador que fazia boas rimas num clube de rap, que passaria esse DNA para o garoto virar um astro do rap, acabou ficando infantil demais para algo com uma proposta tão chamativa, pois até segue bem as regras de um musical com uma pegada matemática, mas faltou ideias no meio do caminho, faltou atitude e tudo mais que vinha na cabeça do garotinho para que o filme fluísse melhor, de forma que talvez a criançada até se conecte com algo numa tarde zapeando pela plataforma, mas nem em sonho o longa conseguiu chegar a algo para ser lembrado daqui há alguns minutos na cabeça de qualquer adulto.

A sinopse nos conta que um gênio da matemática de 12 anos, Prem Patel, no meio de navegar pelas tumultuadas dificuldades da adolescência, descobre que seu pai recentemente falecido era um rapper famoso e imediatamente começa a seguir uma carreira para si mesmo como uma estrela do rap. Embora suas ações possam parecer imprudentes e a maneira mais rápida de perder tudo, Prem, fortalecido por fantasias imaginativas alimentadas pela música hip-hop, onde ele se apresenta com seu pai, está determinado a descobrir se o hip-hop realmente está em seu DNA. Como seu pai sempre dizia, "os melhores do mundo não descansam um segundo".

Diria que o diretor Roshan Sethi até trabalhou bem o roteiro de Jamie King e Utkarsh Ambudkar, mas como a base já era bem infantil não quis ir muito além de tudo, ou seja, a ideia em si do filme já era propícia para brincar com as crianças, sendo vendida dessa forma, e assim o resultado é algo para vislumbrar sonhos e desenvolturas dentro da escola, de tal maneira que já vimos isso em outros longas, mas sempre recaiam para o lado dos romances, enquanto aqui brincaram mais com Matemática e Rap, o que de certa forma mostrou ser um bom trabalho no conceito infantil de tramas, mas se quisesse dava para brincar um pouco mais com tudo e quem sabe entregar algo mais imponente, o que não foi o caso.

Sobre as atuações, gostei de ver a desenvoltura do jovem Manny Magnus que botou a voz para jogo e cantou realmente todas as canções do filme (claro que em estúdio, dublando na interpretação) e sendo um jovem simpático com seu Prem, de forma que chegamos ater um carisma interessante para com seu personagem e isso é legal quando acontece, pois mostra personalidade e chama para si as cenas, cativando os demais a se conectar com ele. O roteirista Utkash Ambudkar também entregou bons atos como o pai morto do garoto, fazendo um tipo de fantasma que se liga com o jovem, fazendo boas interpretações e danças junto com ele, e dando boas dicas e virtudes na montagem geral da trama, o que acabou funcionando bem. A mãe vivida por Punam Patel até teve alguns atos mais chamativos, mas sem grandes destaques, de modo que até teve alguns momentos emotivos junto do filho lembrando como era o pai dele, inventando um pouco a história real, e isso ficou ao menos engraçado, porém dava para ir mais além. Quanto das demais crianças da trama e também dos professores, a maioria acabou exagerando demais nos trejeitos, parecendo artificiais demais, sobrando poucos destaques para Kayla Njeri com sua Mercedes e Dorian Giordano com seu Gabe por apoiarem bem o jovem protagonista, e Piper Wallace por ser diferente de tudo com sua Claire.

Visualmente a trama tem alguns atos bem trabalhados de dança, alguns efeitos de resolução de contas bem colocados na tela, mostra algumas aulas espalhadas, alguns atos de recreação, vários atos de bullying, e também um show de talentos, de forma que não vemos muita exploração dos ambientes em si, mas sim a imaginação do garoto em shows, trocando de roupas e de rimas bem colocadas na tela, mostrando bem pouco de uma competição de Matemática, e assim sendo um trabalho até que fácil para a equipe de arte.

Enfim, é um filme bonitinho, mas que não tem nada que fique gravado na nossa mente, de forma que não surpreende, nem entrega situações que façam algo a mais, e isso é ruim dentro desse estilo, sendo daqueles musicais bobinhos que parecem ter sido comprados para ser assim, e o resultado é um passatempo rápido e sem grandes desenvolturas que não dá para recomendar. E é isso pessoal, infelizmente o domingo foi bem diferente do sábado aonde tive dois bons filmes, hoje foram dois bem medianos e esquecíveis, então fico por aqui hoje e quem sabe amanhã acerto melhor no play, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...