O longa se passa em 1944, na remota aldeia alpina de Vermiglio, no norte da Itália, onde a Segunda Guerra Mundial paira como uma sombra constante, mas distante. A tranquilidade da vila é quebrada com a chegada de Pietro (Giuseppe De Domenico), um jovem soldado siciliano que busca refúgio após carregar seu ferido companheiro, Attilio (Santiago Fondevila), por uma longa jornada. Aclamado como herói, Pietro é acolhido pela comunidade e pela família do professor local, cuja filha mais velha, Lucia (Martina Scrinzi), é imediatamente atraída por ele. À medida que Pietro e Lucia se apaixonam, o romance deles desencadeia uma série de eventos que transforma a vida na aldeia. O casal decide se casar, mas essa união inesperada expõe as tensões na comunidade, revelando misoginia, intolerância e preconceito profundamente enraizados.
Como disse no primeiro parágrafo, lendo essa sinopse mais alongada, posso até dizer que essa essência exista dentro da trama, mas você precisa espremer bastante para colocar toda essa dinâmica no longa da diretora e roteirista Maura Delpero, de modo que a trama tem dificuldade em engrenar, tem dificuldade em fazer com que o público se conecte aos personagens, e mesmo sendo um mistério o que o soldado realmente esconde, você sabe que ali vai dar errado de cara, ou seja, é um filme que tem muitas facetas para serem desenvolvidas, mas que deixa tudo no famoso mundo subjetivo, e como sempre falo, isso só funciona com público que come festivais, pois comercialmente nem em sonho alguém conseguirá ver tudo isso na tela.
Todos sabem o quanto gosto de falar das atuações, mas com toda sinceridade, a diretora colocou praticamente uma vila real para atuar sem saberem passar qualquer carisma para conectarmos aos seus personagens, então vou deixar os nomes dos atores nas sinopses e vou pular essa parte do texto, pois não tenho como enaltecer, dar destaque ou falar qualquer coisa boa deles.
Visualmente posso dizer que a equipe de arte caprichou nas locações, tendo uma vila bem simples, a formatação sendo feita dentro da casa dos protagonistas, na escola, na igreja e em uma espécie de salão de confraternizações com bailes e bebidas, tudo regado a muita neve ao redor, paisagens totalmente brancas, e algumas movimentações acontecendo por ali, além claro de elementos cênicos para marcar tudo com cigarros, livros proibidos e outros detalhes mais singelos, porém marcantes.
Enfim, é o famoso filme que só vale a indicação mesmo para os amantes natos de festivais, pois quaisquer outra pessoa que for ver como uma recomendação minha irá vir tirar muitas satisfações, então fica a dica para quem gostar dessa essência e talvez conseguir ir procurar tudo o que a sinopse disse, conseguir chegar a algum lugar. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Synapse Distribution e da Atômica Lab Assessoria pela cabine, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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