A sinopse nos conta que Kyrah e Isaac já foram líderes de um grupo multinacional de forças especiais chamado Shadow Force. Eles quebraram as regras ao se apaixonarem e, para proteger o filho, se rebelaram contra a instituição. Com uma grande recompensa pelas suas cabeças e a vingativa Shadow Force à procura deles, liderada pelo antigo chefe da dupla, a luta dessa família vai se tornar uma guerra.
O mais bacana do diretor e roteirista Joe Carnahan é que ele já tem um estilo próprio para diversos filmes desse mesmo formato, ao ponto que já virou seu cartão de visitas que quem gosta de longas de ação cheios de tiros só de ver seu nome na capa do longa já saberá o que vai encontrar, e isso não é ruim, pois embora não mostre uma grande versatilidade, mostra que a entrega padrão vai funcionar na tela, mudando apenas alguns poucos elos, e claro a história de base, que aqui é algo que já vimos também muito nas telonas, de uma equipe que se desfaz, e que quando passam a ser caçados, tentam inverter e virar caçadores. Ou seja, é algo que tem seu público, e que mostra o estilo do diretor bem empregado, mas quem for esperando ver qualquer outra coisa a mais, certamente vai se incomodar.
Quanto das atuações, gosto muito de Omar Sy, mas prefiro ver ele em dramas do que em ações, pois seu estilo semi-cômico se encaixa bem dentro de dramas para dar um vértice descontraído que acaba funcionando muito bem, enquanto em longas de ação como é o caso aqui, soa meio que bobo os traquejos que tenta fazer, e assim seu Isaac até é bem encaixado e traz boas nuances, mas fica parecendo forçado na tela. Posso estar errado, mas esse estilo não cabe nem um pouco na personalidade de Kerry Washington, pois sua Kyrah, embora imponente e com boas lutas, nos momentos que precisou trabalhar trejeitos de durona acabou ficando extremamente artificial, o que é ruim de ver na tela, mas ao menos tentou se esforçar e com isso não desapontou nos momentos com diálogos. Da'Vine Joy Randolph também não caiu muito bem nos atos com armas de sua Tia, mas a atriz tem um estilo que sendo durona chamou atenção para seus atos, mesmo que com um ar cômico por trás. Mark Strong sempre consegue chamar atenção para seus personagens, e aqui seu Jack Cinder tem toda a personalidade que um bom vilão necessita ter que é incomodar os protagonistas, e também o público, só ficou meio que exagerado de trejeitos, mas isso acho que o diretor pediu para todos do elenco, então já nem sei mais quem culpar.
Visualmente o longa tem uma pegada intensa como todo bom longa de ação, seja numa perseguição numa rodovia com névoa ou em barcos dentro de um rio, com carrões preparados, muitos tiros e explosões e até uma ilha particular e um esconderijo no meio da floresta, aonde a equipe forçou um pouco a barra com fogo em dinâmicas que praticamente são descobertas com tanta facilidade e em outras que qualquer um acharia rápido ficando em segundo plano, ou seja, é o padrão do estilo, mas dava para disfarçar um pouco melhor alguns esconderijos.
No conceito musical, se você tiver algo contra Lionel Ritchie é melhor nem ir conferir o longa, pois diferentemente de filmes que compram direitos para tocar algumas canções, aqui ficou parecendo exatamente o inverso, que Lionel pagou para falarem dele, tocarem suas músicas e até mesmo os personagens cantarem trechos delas, e isso é algo estranho de ver na tela, mas aconteceu.
Enfim, é um filme passatempo total, que se tivesse passando na TV em um dia que não tivesse nada mais para conferir até poderia ficar assistindo, afinal não cansa e mesmo as forçadas de barra são tradicionais do estilo, mas dava para ser menos óbvio para agradar mais e poder recomendar com força, já que logo menos devo esquecer que vi ele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...