O longa nos conta que Maja é uma jovem de 17 anos que se casa com o pescador Janne contra sua vontade. Sua vida em Stormskerry é repleta de desafios e contratempos: como esposa de um pescador, ela precisa lidar com as longas ausências do marido no mar e cuidar sozinha da família. No entanto, Maja se tornou uma mulher independente e determinada, que não tem medo de agir no arquipélago árido. Maja e Janne têm uma forte conexão e um amor que se aprofundou com o tempo. Janne apoia as aspirações da esposa e entende que a força de uma família vem do esforço conjunto.
Não é comum surgirem longas finlandeses por aqui, então não posso afirmar que o estilo novelesco seja algo que predomine por lá, e até nem posso colocar com tanta imposição que o trabalho da diretora Tiina Lymi tenha ficado dessa forma, pois não temos tanto desenvolvimento de personagens paralelos ao redor do que ela entrega com o romance de Anni Blomqvist, ou seja, apenas posso afirmar que ela quis desenvolver toda a trama de vida da personagem em um único filme, e isso não é nenhum demérito, de forma que o resultado final convence bem dentro da formatação, e chega a ser quase como realmente ler um livro por completo em poucas horas. Ou seja, é o que chamamos de entrega por demanda, pois dava fácil para que a diretora criasse uma minissérie de uns 3-4 capítulos e agradar um público fã do estilo, mas sua escolha como um longa é funcional e agrada, então diria que foi um grande acerto na tela.
Quanto das atuações, Amanda Jansson simplesmente se jogou por completo com sua Maja, sendo forte, expressiva e com interações tão emblemáticas, que mesmo os soldados ingleses não entendendo quase nada do que falava, acabaram fazendo tudo que ela desejava, sendo marcante e intensa do começo ao fim. Linus Troedsson trabalhou seu Janne com uma personalidade leve e tão gostosa para com sua mulher, que chega a ser apaixonante o que ele faz em cena, de modo que num primeiro momento até pensamos que seria algo mais forte e dura, mas ele muda com ela, e o resultado mostrou um ator leve e muito bem disposto para tudo. Quanto aos demais, vale o destaque para Desmont Eastwood com seu Tenente John Wilson pela imposição bem tomada e pela comunicação mesmo que quebrada com a protagonista criando uma vivência e agradando bem nas dinâmicas.
Visualmente todo o longa é belíssimo pelas locações em si, tendo tons de verde, azul e marrom meio acinzentado tão precisos que agradam demais, tendo toda a conexão com os elementos marinhos (claro que exageraram na transparência da água, mas ficou muito bonito de ver os peixes, corais e algas em movimento com a personagem), toda a construção da casa e dos barcos, os animais com seus símbolos junto da mitologia dos seres que a jovem acredita, além de invernos bem brancos e ricos de imagens, e claro os atos de guerra com muitos soldados, grandes barcos e todo o processo de cura das feridas. Ou seja, a equipe de arte encontrou boas locações para desenvolver tudo na tela, e o resultado é algo que parece realmente tirado das páginas de um livro.
Enfim, é um filme que se olharmos a fundo é bem simples, e que pela duração alguns não irão curtir tanto, pulando partes ou assistindo meio que de forma seriada, mas que vale o play pela essência em si, sendo gostoso de ver e que funciona como um bom romance diferenciado dentro de um cinema pouco conhecido por aqui que é o finlandês. Então fica a dica, e fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...