O longa acompanha uma equipe intrépida em uma missão para obter amostras de DNA das três criaturas mais colossais da terra, mar e ar. Cinco anos após os eventos de Jurassic World: Domínio, a ecologia do planeta se mostrou amplamente inóspita para os dinossauros. Os poucos sobreviventes vivem em ambientes equatoriais isolados, onde o clima se assemelha ao que permitiu sua prosperidade no passado. Dentro dessa biosfera tropical, as três criaturas mais colossais detêm a chave para a criação de um medicamento com potencial para salvar inúmeras vidas humanas. A missão, cercada de perigos, coloca a equipe diante de desafios extremos, enquanto lutam contra o tempo e os perigos de um mundo onde a natureza selvagem é a única soberana.
Embora o diretor Gareth Edwards tenha seguido a base de seus antecessores (ao menos nessa nova sequência de filmes), ele trabalhou com um filme bem mais enxuto de dinâmicas e ações, focando mais no envolvimento da família e da equipe de mercenários, de modo que mesmo tudo parecendo uma grande bagunça cênica, o resultado flui fácil e diverte. Claro que temos muitos absurdos que daria uma tese de mestrado em cima de tudo o que ele ignorou dentro dos conceitos "aceitáveis" em uma produção, mas como quem vai ver um filme de dinossauros espera ver eles devorando os humanos, e dominando tudo por ali, o resultado agrada dentro do possível. Ou seja, é daqueles filmes que você enxerga o diretor olhando para o roteiro e pensando no que ele tem de fazer para aquilo ser aceitável sem que vire uma bagunça completa, mas também vê que ele salvou algo que poderia ser algo que jamais desejaríamos rever, e assim sendo, mesmo não honrando o que Spielberg criou milhões de anos atrás, e aqui ainda bota seu dinheiro como produtor, ele não desapontou quem o colocou ali como conhecedor de bichões feios que sabe entreter.
Quanto das atuações, o longa tem um elenco bem estrelado que poderia ter ido até mais além, mas não desapontaram tanto na tela, de modo que Scarlett Johansson já tem muita experiência em trabalhar com coisas inexistentes ao seu redor, e fez uma Zora Bennett até que cheia de vontade de aparecer e se jogar nos atos mais malucos, porém faltou convencer um pouco mais como uma mercenária, visto que seu tamanho pequenino fez diferença em muitos atos, e faltou se impor mais para chamar atenção como a líder de tudo ali, mas soube segurar sem apelar, e assim fez bem. Mahershala Ali fez um Duncan Kincaid carismático e bem colocado nas cenas, de modo que sendo um personagem meio que secundário até apareceu demais chamando atenção, e isso pesa em produções desse estilo, mas como foi divertido, até que agradou com o que fez em cena. Jonathan Bailey trabalhou seu Henry Loomis tentando dar um ar científico para a produção, tendo atos bem trabalhados, mas sem dúvida sua emoção ao tocar os gigantes no matagal é algo mais bonito da trama, e quem não se emocionar ali, já perdeu a noção da beleza do cinema. Rupert Friend fez de seu Martin Krebs o famoso antagonista que ninguém consegue gostar, que torcemos para que seja comido logo por qualquer dinossauro possível, mas que vai atiçar muito nossa ira, e o ator soube ser incômodo em muitos atos, mesmo sendo meio perdido em algumas cenas. Quanto da família, vou preferir me abster de falar, pois embora tenha alguns atos bonitinhos da garotinha com seu dinossauro de estimação, a história deles é um irritante e chega até atrapalhar o andamento na tela, e assim não convencem.
Visualmente o ambiente em si poderia ser mais amplo, bonito e cheio de elementos, mas fizeram uns dinossauros bem feios e esquisitos, as cenas na água chamam bastante atenção pelos detalhes e dinâmicas (sejam elas no barco grande no mar ou no bote no rio), tendo uma cena bem bonita num matagal com alguns herbívoros gigantes, mas com rabos que pareciam ser de filmes do "Avatar", ao menos sendo emocionante pela essência, e o laboratório ficou com cara de laboratório abandonado às pressas apenas, e não destruído pelo tempo como deveria, ou seja, a equipe economizou um pouco na deterioração. E um outro detalhe que faltou para um filme do estilo é sangue, pois para conseguir uma censura menor, fizeram as mortes bem sutis nesse sentido.
Enfim, juntando tudo o resultado agrada, principalmente com a boa trilha sonora de Alexandre Desplat copiando descaradamente John Williams, o resultado final agrada como um bom entretenimento de passatempo, e assim por não ser nada pesado, dá para levar a criançada que ama dinossauros nas sessões, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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