O longa é segunda continuação da animação de 2016 que teve um filme em 2021 que nem chegou aos cinemas nacionais, mas quem viu o primeiro saberá bem quem são os personagens e assim dá para entender tudo de boa, afinal já mudaram novamente o diretor e roteirista, e o novo colocado Anthony Bell acabou trabalhando mais para algo novo do que para uma sequência mesmo, só faltando entregar talvez uma competição musical mais bem elaborada que agradaria e chamaria muito mais atenção do que algo solto com esquetes bem pontuais. Ou seja, não digo que o que vi tenha sido um filme ruim, mas que não atinge o público-alvo, seja ele qual o diretor desejava pegar.
Sobre os personagens posso dizer que são bem desenhados, com boas sombras e profundidades, e o mais gozado é que dá para ligar eles a alguns cantores que participam desses programas de descobertas musicais, mas talvez tenha faltado um pouco mais de carisma para nós pegar. O protagonista Bodi tem todo seu estilão de gostar apenas de Rock e não dar vez para os outros ritmos, a vilã Hazel/Lezah tem uma boa pegada meio descontrolada tendo um final diferente de tudo o que pensamos, e até o grupo teen Canina teve bons momentos musicais, mas um que chama muita atenção é o técnico adversário Neon que lembra Cee Lo Green. E quanto da dublagem nacional diria que todos agradaram bem nos tons, cantando as canções em versões dubladas também o que é satisfatório para não estragar a essência.
Visualmente foram bem sacados os atos em um programa de auditório com muita plateia, um formato tradicional do The Voice com os técnicos se atacando, tivemos a casa de Angus bem imponente com muitas guitarras, e a vila cheia das ovelhas e lobos se disputando, mas agora nas mesas de um bar e nos seus celulares para ver o programa, além de toda a brincadeira do gato Angus tentando lembrar quem ele é fazendo várias profissões, ou seja, o desenho em si é bem bom, mas não atinge grandes alçadas que marcassem a trama.
Enfim, é algo bem simples que até dá para levar a criançada para curtir as cores e os bichinhos, mas alguns vão chorar com o tema meio conflitivo, e outros vão ver por ver sem grandes emoções, e assim o resultado que fica é que quiseram correr para entregar um novo filme e acabou ficando algo meio bagunçado demais, afinal sabemos que demora bastante para fazer uma animação, e três filmes em 7 anos é algo meio fora de base. De qualquer forma recomendo ele com mais ressalvas do que elogios, dizendo que o final é o que tem de melhor. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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