Diria que em seu primeiro longa o diretor e roteirista Pierre Tsigaridis até teve uma desenvoltura interessante, porém ele poderia ter dado um tom mais sério para alguns atos e com isso feito com que seu filme fosse mais impactante, pois é até bacana colocar alguns alívios cômicos num filme tenso para que não fique tudo tão pesado e dê as famosas crenças de filmes realistas, mas aqui ele exagerou um pouco em pontos que não precisavam daquilo, fora alguns momentos próximos do fim que ficaram inaceitáveis (a jovem bruxa tem todo um poder monstruoso, e com um soco apenas fica esperando o cara jogar as coisas nela - me poupe!). Ou seja, acabamos vendo um filme que até deve causar algum incômodo em alguns, vai ter aqueles que vão defender bastante a trama, afinal está com boas notas mundo afora, o que mostra que o estilo ainda funciona bem.
Sobre as atuações é bacana o estilo escolhido por Belle Adams para sua Sarah, pois fazendo o ar desconfiado e com medo do que está acontecendo transmite bem esse temor para o público, ao ponto que até tem alguns atos falhos em algumas dinâmicas, mas passa bem a sensação de estar sempre sendo observada, e assim chama a atenção para si. Outro que teve alguns atos bem intensos e caiu bem no personagem foi Tim Fox com seu Dustin, pois nos primeiros atos passando um ar mais brincalhão com suas crenças na sua casa até pareceu meio bobão demais, porém ao ver que suas crenças são verdadeiras muda completamente e já surta nos demais atos, fazendo boas dinâmicas, embora exageradas. Agora quem botou a maquiagem para jogo e chamou muita atenção foi Marina Parodi com sua Boogeywoman (ou Bicho-Papão nacionalizando mais o nome), pois criou atos densos e olhares bem impactantes, com cenas fortes e acertadas, sendo daqueles personagens que marcam bastante e poderiam ter um filme só seu, mas ao menos deram um ato quase que inteiro para mostrar serviço. Já Rebekah Kennedy pode colocar seu nome na agenda de todos os diretores de filme de terror, pois seus gestuais e olhares encaixam em qualquer personagem maquiavélico, e se sua personagem fosse um pouco melhor daria para ela causar altos pesadelos em quem conferisse o longa, mas ainda assim sua Masha foi bem colocada e chamou muita atenção. Quanto aos demais, diria que apareceram apenas, tendo Dina Silva alguns atos mais chamativos com sua Melissa e Kristina Klebe fazendo uma Rachel meio que jogada demais, sobrando então poucos atos marcantes para Ian Michaels com seu Simon deslocado demais de tudo e Danielle Kennedy apenas tendo sua cena de esfaqueamento bem colocada, pois ficou meio falso escondendo uma faca na roupa.
Visualmente tivemos alguns atos bem estranhos, pois fizeram algumas acelerações de imagens, alguns efeitos estranhos com as caras das personagens, mas tivemos muito sangue, alguns lugares escuros e tensos e rituais até que meio bobinhos, mas com tudo funcionando ao menos dentro da proposta, só diria que faltou um pouco de organização dos atos para que as casas tivessem mais conexões, e não ficassem apenas ambientadas para o terror, faltando um pouco de tudo para ficar correto.
Enfim, diria que até gostei do que vi, mas dava para ter ido mais longe e melhorado muito mais sem precisar criar uma continuação como dão a deixa na cena final, e principalmente no pós-crédito (sim, tem uma cena até que grande depois de todo o letreiro, então esperem!), pois se bem organizado com o que virá daria uma trama de pouco mais de duas horas bem feitas, mas são gostos de diretores, então o resultado aqui faltou um polimento para cair mais para o lado tenso e menos para o lado engraçado. Sendo assim recomendo ele com muitas ressalvas, mas não é ruim, e isso é o que importa. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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