É bem fácil entender o estilo do filme, afinal o diretor Benjamin Caron é conhecido pelas séries e pelas peças que dirigiu, e aqui ele juntou esse desenvolvimento em cima do roteiro de dois jovens roteiristas também de séries, então facilmente veríamos essa trama em alguns capítulos contando um pouco mais de cada um dos personagens e suas devidas conexões. Claro que ele soube destacar os devidos momentos para que seu filme tivesse uma boa fluidez, mas tudo tem as devidas amarrações tão bem colocadas, que do segundo para o terceiro personagem já sabemos praticamente tudo o que vai rolar ali, e isso é algo ruim de acontecer em um filme, pois a previsibilidade é o maior fracasso de uma trama, e aqui nada surpreende um público que conhece muito do estilo de trapaceiros.
Sobre as atuações, diria que o elenco todo se envolveu bastante com seus personagens, de modo que a entrega de cada um tem um bom valor cênico e chama a atenção, começando claro com Justice Smith com seu Tom, que numa primeira levada pareceu ser uma pessoa muito de boa, disposta a se entregar para a jovem, fez o famoso riquinho dono de livraria que não quer nada do pai bilionário, e estando disposto a ser o gente boa, acaba levando o golpe com muita facilidade. Aí somos apresentados à Sandra de Briana Middleton, uma jovem carismática, cheia de personalidade e que traz um lado amoroso para a cena toda, tendo uma simplicidade bem alocada e um carisma marcante completamente diferente de sua Sandy que vemos no mote seguinte e também nos atos finais, sendo quase duas personagens em uma atriz só, ou seja, foi muito bem com o que fez. Em seguida entra em cena Sebastian Stan com seu Max, um tremendo golpista com uma lábia e um estilo sem igual, tendo olhares certeiros meio que vazios, mas com muito para passar para o público, e o acerto dele junto com todas as conexões acaba sendo um luxo só. E por fim entra em cena Julianne Moore com sua Madeline, que fica tão claro seu estilo trapaceiro que só o bilionário vivido por John Lithgow não enxerga, mas vemos que ela se dá ao luxo de envolver com muita facilidade, que diz ser prática na trama, e desenvolve bons atos, ou seja, traz sua tradicional química para jogo.
Visualmente o longa tem ambientes bem requintados com uma livraria bem densa, cheia de ares mais escuros, mas completamente chamativos com tudo, um apartamento gigantesco do bilionário, um outro bem montado aonde vive Max, um mais simples aonde o casal passa a viver, e claro hotéis ricos, carrões, roupas caras de grife, relógios de marca e tudo mais que a equipe desejasse mostrar a riqueza na tela, ou seja, é um filme de ambientes caros, que acaba chamando muita atenção e tem ainda toda a sacada do ato forte conflitivo do final aonde depois ainda vemos todo o treinamento, e isso ao menos foi algo que chamou muita atenção.
Enfim, pode não ser um filme perfeito, mas entretém bem e se não tivesse esse ar sem surpresas agradaria ainda mais, ou seja, vale ver como um bom passatempo de golpistas que estamos vacinados de ver mundo afora enganando a todos, e todas as suas conexões e treinamentos, então fica a dica para aprender mais sobre eles. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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