Chega a ser até engraçado como o diretor Marc Forster oscila bem entre os gêneros, pois está fazendo um filme de guerra, pega outro meio que de terror, passa por um infantil e quando vemos está nos entregando um drama cômico do melhor estilo possível, e com tanto envolvimento e estilo ele não joga apenas algo abstrato na tela, mas sim algo com muito sentido, com situações que muitos podem achar exageradas, mas não são, pois temos muitas pessoas com essa nuance toda de Otto, que reclamam de tudo e que muitas vezes mesmo reclamando ajudam mais do que os bonzinhos com tudo. Ou seja, o diretor pegou a história do livro, juntou com a trama do longa sueco que foi o filme estrangeiro mais assistido nos EUA em 2016, colocou algumas situações mais atuais e pronto, o resultado acabou único, envolvente, emocional e perfeito, de tal forma que é difícil enxergar algo que incomode ou dê para reclamar, fazendo tudo o que precisava em poucos gestos bem encontrados.
Sobre as atuações, a escolha do protagonista foi mais do que certeira, pois a equipe quando começou a escrever a adaptação tinha outro nome em mente, mas com Tom Hanks o personagem de Otto foi para outro nível, sendo emocional e rabugento na mesma medida, trabalhando trejeitos gostosos e falas ácidas com a mesma síntese, e principalmente chamando sempre a responsabilidade cênica que é uma característica sua para a maioria dos atos conseguiu ir muito além do que se pensava ser possível com o filme, fora o detalhe que a produção acertou demais em dar para seu filho o papel dele jovem, então Truman Hanks conseguiu chamar muita atenção nas lembranças do protagonista de como chegou ali na sua vida. Ainda tivemos muitos bons atos com Mariana Treviño com sua Marisol explosiva, cheia de sensibilidade e com um bom carisma para conectar perfeitamente ao protagonista, tivemos Rachel Keller fazendo situações bem impactantes como a esposa do protagonista em cenas bem encaixadas, e até mesmo Mack Bayda e Cameron Britton conseguiram chamar atenção com seus Malcolm e Jimmy, conquistando o protagonista nos atos certos, além de outros que tiveram cenas menores, mas não menos expressivas, isso sem esquecer das garotinhas Christiana Montoya e Alessandra Perez que foram bem graciosas.
Visualmente a trama foi bem simples e correta, tendo um pequeno condomínio de casas bem iguaizinhas aonde o protagonista dita as regras e faz sua ronda diária para ver se todos estão cumprindo com elas, temos os vários atos de tentativa de suicídio fracassadas por alguma desenvoltura mal preparada, vemos todo a conexão com a família mexicana tanto pela comida como pelos lutadores, tivemos todos os atos simbólicos bem marcados da forma que o protagonista conheceu a esposa no trem, colocando a moeda de 25 centavos em evidência, e claro entrando quase como um personagem do filme, o gatinho que acaba sendo acolhido por todos ali, ou seja, é um filme sem grandes impactos cênicos, mas que funciona bem dentro do contexto que precisava.
Enfim é um filme que me tocou muito (talvez por eu ser meio semelhante ao personagem principal em alguns quesitos ou não), e que conseguiu ter estilo dentro de uma proposta envolvente e emocionante, tendo sua base bem encaixada em vários momentos, e conseguindo chamar muita atenção, valendo demais a conferida para quem gosta de um drama cômico muito bem atuado e dirigido que certamente vai fazer muitos derrubarem algumas lágrimas na sessão, então fica a dica, e eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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