Netflix - Traços de Vingança (Rencor Tatuado) (Tatoo of Revenge)

5/25/2020 01:15:00 AM |


A única coisa que tenho vontade de falar hoje sobre o filme da Netflix, "Traços de Vingança" é não dê o play por nada na sua vida, a não ser que você goste de uma novela mexicana daquelas cheias de personagens confusos, com um ritmo cansativo, que até tenta ser elaborada de técnicas colocando filmagens e exibições em 4:3 (ou seja, na sua TV parecerá aquelas fotos antigas arredondadinhas), com mais da metade do filme em preto e branco, e tudo mais para parecer algo cult, mas não é algo chato demais, que não tem nem como defender. Ou seja, técnica ok, história do começo interessante, mas passou a primeira cena, o restante é uma lambança tão grande, cheia de personagens, de situações, de envolvimentos, que nada leva a lugar algum, e então um fechamento de filme de primeiro semestre de faculdade, ruim que dói, de forma que é melhor escolher outro filme.

Na Cidade do México - um universo caótico de extremos onde criminosos ficam impunes e policiais são tão sem lei quanto criminosos - uma heroína se torna vingadora de jovens violadas nos anos 90. Ela seduz estupradores usando disfarces diferentes e depois os marca com uma tatuagem. Seus poderosos inimigos preparam uma emboscada para descobrir sua verdadeira identidade. Sua única salvação é a emancipação de outra mulher.

Não vou ficar passando pano e enrolando no texto, e de cara já digo que o trabalho do diretor Julián Hernández é fraco demais, não tem ritmo, e até tem uma história de fundo interessante por parte de mostrar os corruptos filmes violentos com travestis e prostitutas, mas isso é algo tão de segundo plano que acaba aparecendo somente ao final para entendermos, de forma que o miolo se desgarra completamente do começo, e chega a ser decepcionante todo o restante para quem for pela sinopse interessante ou pela pegada do começo da trama, pois tudo desaba, vira uma imensa novela cheia de personagens que levam nada a lugar algum, e o resultado final é daqueles que ficamos perguntando pra que então colocar preto e branco, pra quê ter um fotograma menor, nada se justifica, e assim sendo, é melhor nem ver.

Sobre as atuações, a protagonista até tem um estilo bem colocado, de modo que se tivessem trabalhado mais suas cenas, e não colocado mais uma tonelada de personagens, o filme até seria bem conduzido por ela, e sendo assim Diana Lein se saiu bem com sua Aída, mas nada também que faça querermos ver outros filmes seus, mas ao menos fez boas expressões nos momentos marcantes da trama. Inicialmente o personagem de Irving Peña parecia ser meio inútil para a trama, mas depois ele começou a aparecer demais, e seu Vicente entrega um pouco mais de atitude, mas nada ao final apenas vemos que ele era inútil mesmo, e só foi colocado por ser um galã na produção. César Romero conseguiu enganar muito com sua Marta, de forma que só ao final imaginamos que não fosse uma mulher em cena, e com isso o resultado até mudou bem a formatação, ou seja, foi muito bem em cena, e acertou muito. Já Cesar Ramos teve tão poucas cenas, fazendo alguns atos meio que jogados, que sequer pensamos na sua importância para a trama, de forma que seu Gilberto é jogado demais, e precisariam ter trabalhado melhor o personagem, ou seja, não fez o que precisava para chamar atenção. Quanto aos demais, melhor nem comentar.

No conceito visual, a trama tem uma estética interessante em preto e branco, mas nada que fosse surpreendente, e aliás não vemos nenhum motivo para a trama ser vista dessa forma, talvez para nos enganar um pouco as falhas visuais, as locações e os buracos do filme, mas de resto não é nada que importe muito, e com isso o filme soa até estranho, mas brincaram bastante com objetos cênicos precisos como fitas VHS, fotos e objetos de jornalismo, de forma que o filme tem até uma característica policial envolvente, mas ainda assim, o filme é falho demais.

Enfim, é um filme longuíssimo com duas horas e meia de enrolação, tem um ritmo lentíssimo que cansa mais do que agrada, e nessa enrolação toda aparecem tantos personagens, tantas mini tramas, que como disse no começo, mais parece que estamos vendo uma novela compactada do que um filme realmente, e sendo assim não recomendo ele nem para o meu pior inimigo, ou seja, nem deem play nele que é melhor. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...