É engraçado que quando reclamamos dos debates políticos que temos na TV ficamos imaginando que todas aquelas brigas bestas entre os candidatos só ocorrem no Brasil, e com o filme "Os Candidatos" vemos que lá fora também existem patacoadas entre os que estão concorrendo à alguma vaga pública. Porém a transformação da idéia cômica em filme, foi ao meu ver de pouco impacto com o público, visto que tivemos pouquíssimas cópias rodando o Brasil e somente depois de 2 meses que apareceu em terras brasileiras começa a aparecer pelo interior, e como resultado uma sala praticamente vazia e que riu sim, mas em poucos momentos, pois embora os dois atores sejam ótimos, o filme é bem corrido e acaba sendo até ingênuo demais em algumas cenas.
O filme nos mostra que quando o experiente congressista Cam Brady comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins, diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.
O roteiro em si é bem elaborado e conta com piadas muito bem encaixadas, mas as cenas que mais divertem, pasmem eu estar gostando disso, são as cenas que são forçadas ao riso, onde acontecem coisas tão absurdas que você acaba rindo do que acontece, fora que em salas vazias sempre tem aquela pessoa que tem uma risada muito engraçada que ri e você acaba rindo dela. O problema do longa não ser uma comédia fantástica é que ele tenta ir pelo lado politicamente correto do cinema, que caso tivesse sido mais afincado nas rivalidade políticas mesmo com certeza seria um longa pesado e forte. Porém o diretor teve a sorte de colocar um dos maiores comediantes que Hollywood tem no mercado em seu filme, fazendo com que suas expressões compense ver o filme.
Como iniciei acima, Galifianakis é mais uma vez o cara que domina em qualquer filme que venham a colocá-lo e seu personagem aqui é perfeito, fazendo quase nenhuma cara e boca, sua expressão vem do interior sempre que solta alguma piada no ar, e quando necessita botar a face pra trabalhar destrói, Will Ferrell que me surpreendeu, pois dificilmente ria em seus personagens anteriores, e aqui seu personagem faz tanta cagada que diverte. Jason Sudeikis é outro que agrada em cena, fazendo de seu personagem o mote forte para que tudo ocorra de forma articulada, e acredito que mesmo sendo bom, poderia ter dado um pouco a mais para o longa. Os demais personagens acabam divertindo em alguns momentos por gags cômicas que aprontam junto dos protagonistas, mas suas expressões são lastimáveis, fazendo com que você torça mais para que o diretor foque nos cachorrinhos bobos que em alguns personagens, por exemplo Sarah Baker.
O visual do filme é bacaninha até, embora conte com muitos cenários, todos não sofrem de um requinte de produção, optando mais por encher de figurantes os locais do que colocar objetos cênicos que remetam bem a situação que está ocorrendo em cada cenário. A única boa cena no quesito visual bem rebuscado, é o momento que a casa de Marty é invadida pelos articuladores da campanha para transformá-la, pois tirando essa, acabam sumindo os detalhes. A fotografia também não é algo que seja primoroso, visto que a lente e os planos escolhidos são bem básicos de comédia tradicional sem que seja algo que devemos parar para analisar mais a fundo.
Enfim, é um filme daqueles interessantes para perder uma horinha vendo na televisão, não acho que seja algo que vá compensar muito para quem não é viciado como eu ir ao cinema e pagar estacionamento e sessão, mas claro que em dias mais barato, com as pouquíssimas opções que estão em cartaz pelas cidades pode vir a calhar. Com isso já dá para notar que não é o típico filme de comédia que recomendaria com toda certeza, apenas digo que não é ruim, mas passa longe do brilhantismo, apenas mostrando da forma que iniciei o texto que existem falcatruas políticas em qualquer parte do mundo, senão não estariam ironizando uma potência que é os EUA. É isso pessoal, fico por aqui nessa sexta, mas amanhã terei uma pré-estréia por aqui para poder comentar com vocês, então abraços e até breve.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...