Tem filmes que não devemos chamar de terror, e em hipótese alguma podemos falar isso de "Não Tenha Medo Do Escuro", um filme que deixa o espectador preso da primeira cena até a última e com muita tensão e cenas tensas de se apreciar de um bom filme onde seja um pouco confuso, mas é assombradamente bom de assistir.
Na história, nos é mostrado Sally Hurst, uma criança solitária e introvertida, que acaba de chegar a Rhode Island para morar com o pai, Alex, e a nova namorada dele, Kim, na mansão do século 19 que eles estão reformando. Enquanto explora a ampla propriedade, a menina descobre um porão oculto, intocado desde o estranho desaparecimento do construtor da mansão um século antes. Quando Sally, inadvertidamente, liberta uma raça antiga e obscura de criaturas que conspiram para dragá-la para as profundezas infinitas da misteriosa casa, ela precisa convencer Alex e Kim que não se trata de uma fantasia, antes que o mal que espreita na escuridão os consuma.
Só lendo a sinopse já temos a idéia completa que Guilhermo Del Toro escreveu com minúcias, e entregou para o estreante Troy Nixey dirigir e nos mostrar mais um terror dos bons. O começo do longa pelo andor escuro que rolou, e as coisas que as criaturas falavam sem aparecer, me deu a nítida impressão que Del Toro estava fazendo uma versão terror de "O Labirinto do Fauno", e já fiquei meio apreensivo, pois não havia lido nem visto nada sobre o longa então apenas curti e me arrepiei com as coisas tensas que ocorrem.
A arte do filme embora quase nem vista, pois ele é realmente muito escuro na sua totalidade, se reparada vemos peças muito ricas de conteúdo, e tudo tem algum porque mesmo que seja simples, mas é bem colocado ou usado. Agradou bastante quando conseguimos ver. E toda a ideologia que foi criada para os seres que habitam a casa existirem, conseguiu ainda mais deixar tudo apavorador na cena da biblioteca onde é mostrado tudo isso. As criaturas são meio puxadas pro lado dos Gremlins do mal e não assustam pelo visual, é mais pelo lado do terror psicológico mesmo.
Como falei, foi optado pelo diretor uma fotografia extremamente escura, o que ao final do longa mesmo sendo um bom filme, pode cansar um pouco a vista e até termos várias reclamações a fazer, mas não podemos negar que essa opção fez com que o suspense e mistério, além claro do terrorzão ficasse mantido e assustasse mais.
Da parte da atuação, o que vemos são razoáveis interpretações, e assim como na maioria dos filmes de terror, o que vemos são pessoas indo para lugares que qualquer pessoa em sã consciência não iria, e coisas que também ninguém nunca faria. Tirando esse contraponto, os atores até que fazem bem seus papéis e agradam, a garotinha Bailee Madson é um pouco irritante, mas sabe fazer boas caras. Guy Pearce e Katie Holmes estão razoáveis, mas como são apenas meros coadjuvantes que custam a acreditar na pobre criança, até é aceitável.
Enfim, a volta às telas de um terror sem apelar para muito sangue voando e escorrendo pela tela(o qual eu adoro e não reclamo quando tem) mais envolvido no psicológico e que pode trazer alguma noite de tensão para as pessoas dormirem após assistir o longa. Eu recomendo com certeza como terror, pois a função principal que é deixar as pessoas com medo de algo, é passada perfeitamente. É isso, fico por aqui com a única estréia da semana daqui da região (os outros já vi em pré-estréia) e apenas vou ver um atrasado amanhã. Abraços pessoal, e até mais.
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