Sorria (Smile)

10/03/2022 11:23:00 PM |

Gosto bastante quando um filme de terror me faz ficar tenso, pois significa que a história e as cenas  que foram desenvolvidas para causar algo no público funcionaram com alguém, e aqui no longa "Sorria" conseguiram ainda o feito de assustar mesmo você esperando já o susto, ou seja, é daqueles que mesmo você estando prevenido vai ser pego em determinado momento, o que é bom, afinal não é apenas uma trama de sustos gratuitos, mas que contendo imagens bem feias de pessoas que cometeram suicídios brutais, junto de uma história bem estranha, que não foi tão bem explicada, acabaram criando algo tenso, bem marcante, e que funciona dentro da proposta, além de talvez ainda abrir possibilidades para filmes de continuação e/ou prequéis, dependendo da bilheteria, então agora é esperar e ver o que vai acontecer, afinal o resultado brinca com a mente, e se conseguiu adentrar até dentro de uma pessoa do ramo da mente (no caso uma terapeuta/psicóloga) quem dirá de pessoas de mentes mais abertas. Ou seja, é um filme que se olharmos a fundo é simples, mas que tem estilo e agrada bastante quem gosta de longas de terror com uma pegada não tão pesada, mas também não tão leve, que misture o ar psicológico junto de entidades malignas, e assim sendo enquadra bem num ramo que vemos raramente bons exemplares, mas que aqui não decepcionaram ao menos.

A sinopse nos conta que tudo na vida da Dra. Rose Cotter muda, após uma paciente morrer de forma brutal em sua frente, e ela testemunhar o incidente bizarro e traumático no consultório. A partir daí ela começa a experimentar ocorrências assustadoras que ela não consegue explicar, mas que de alguma forma, se relacionam com a morte que ela presenciou. Para entender o fenômeno que não sai de sua cabeça, a Dra. irá atrás de respostas, mesmo que o mal também já esteja perseguindo-a, e tudo que ela mais quer, é também fugir. Rose irá até as últimas consequências, com o objetivo de desvendar e combater o mal desconhecido que começou a afetar sua vida e de todos ao seu redor. Cada dia mais imersa nessa teia de acontecimentos assustadores, para sobreviver, ela deverá enfrentar a situação perturbadora que se apresenta, e tentar escapar de sua nova e horrível realidade.

Diria que o diretor e roteirista Parker Finn estreou bem na posição com um filme simples, porém bem denso, que não peca em excessos, nem em simbolismos, deixando tudo bem claro na tela, sendo uma entidade que mistura as visões das pessoas, e que vai passando de uma para a outra pessoa, ou seja, talvez tenha faltado mostrar um pouco mais do que é alimentada se é dos medos, dos pesadelos, da mente da pessoa, mas que funcionou e causou, e isso é o que importa no estilo, afinal nem sempre queremos explicações diretas, e aqui a trama teve um estilo, teve personagens bem colocados, e momentos assustadores e impactantes, coisa que quando bem feito é acerto nítido. Ou seja, talvez tenha faltado para ele um pouco mais de experiência para desenvolver a entidade, dar algo a mais para ela, e até usar um pouco mais dos rostos sorridentes, tanto que as melhores cenas são as dentro do hospital mesmo, mas isso ele vai pegar logo mais, então é esperar e ver o que fará em seguida, afinal acredito demais que o longa terá uma sequência, ou quem sabe um prequel mais explicativo do ser sorridente.

Sobre as atuações, diria que Sosie Bacon foi muito bem conectada com a personalidade de sua Dra. Rose Cotter, pois inicialmente cética da história toda vai se envolvendo junto com o público na mesma intensidade, e quando vemos assim como ela já não sabemos direito o que é realidade ou não, e com olhares marcantes e bem desenvolvidos a jovem se desprende de trejeitos clássicos, o que faz ser envolvente e bem colocada em todos os seus atos. Já Jessie T. Usher acabou ficando muito frouxo com seu Trevor, não sendo um namorado parceiro da protagonista, e nem corajoso o suficiente para ajudar ela, ao ponto que apareceu pouco e não caiu bem no que o papel pedia. Ao contrário de Kyle Gallner com seu Joel, pois o ex-namorado e policial se colocou bem disposto, entregou olhares bem emotivos para com a protagonista, e se desenvolveu bem nas cenas mais tensas, agradando sem sobrepor nada. Quanto aos demais, vale o destaque para Caitlin Stasey com sua Laura Weaver, principalmente pelos atos mais diretos e insanos e Robin Weigert com sua Dra. Madeline Northcott, principalmente nos atos que fez incorporada pela entidade, pois ali pareceu gigante e bem forte.

Visualmente a equipe de arte conseguiu deixar o longa foi bem interessante, usando muitos ambientes escuros, desde a casa da protagonista até uma casa abandonada da família aonde a mãe da protagonista morreu, vemos um ambiente de presídio, um hospital psiquiátrico e até uma festa infantil aonde o presente vai surpreender bem a todos, e a cena seguinte então é daquelas bem marcantes, ou seja, não economizaram nas cenas com cortes e sangues, trabalharam ambientes escuros para causar impressões, e assim conseguiram ser chamativos e bem colocados sem precisar de simbolismos, mesmo tendo um ar de personalidade diferente para a entidade em si.

Enfim, é um filme com uma pegada interessante, que até foi melhor do que esperava, não sendo apenas de sustos gratuitos, mas que poderia ter sido ainda melhor com poucos ajustes, porém como já disse devem vir com mais sequências, então é esperar pra ver, mas já vale a conferida agora para quem gosta do estilo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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