Bad Boys - Para Sempre (Bad Boys: For Life)

1/30/2020 11:56:00 PM |

Se você viveu sua infância/adolescência nos anos 90 certamente viu muito "Os Bad Boys", primeiro filme do diretor Michael Bay que decolou após o longa em 1995, dançou e cantou a muito a trilha sonora, e claro provavelmente viu a continuação mediana dos anos 2003, desde então muito se falava em uma continuação ou um reboot para a franquia, mas nada saía do lugar, até que eis que aparece finalmente "Bad Boys - Para Sempre", que é um longa que diria bem digno da sequência, parecendo que não ficamos nenhum dia nesses 17 anos sem ver a dupla, que envelheceram sim, mas ainda mantêm as mesmas brigas, os mesmos tons de piada, e até mesmo as mesmas toadas de ação, de modo que o filme passa gostoso e diverte bastante, claro que com o envelhecimento eles perderam velocidade nas corridas e brigas, mas ainda soam bem colocados no que fazem. Porém pode parecer implicância desse Coelho que vos digita, mas já cansei de vilões mudando de lado no final, ficando razoavelmente bonzinhos por algum motivo (o deste aqui é ainda daqueles que mais dá raiva ainda que já vimos em outros milhões de filmes!), e assim sendo pode até ser jogada para a continuação ficar bacana com a cena colocada no meio dos créditos, mas tem de seguir a linha tradicional, e vilão é preso ou morto continuando sendo vilão.

O longa nos conta que quando Marcus está tentando dar um passo atrás e passar mais tempo com a família, uma ameaça perigosa emergirá para colocar em risco a vida de Mike – trazendo Marcus de volta à ativa, afinal, Mike também é sua família e ele não deixará que ele vá sozinho nessa missão.

Posso dizer facilmente que nunca vi nada dos diretores belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah, mas que por serem jovens certamente vivenciaram a época grandiosa do original e sua continuação para saberem que tom seguir aqui, pois volto a frisar que a trama mantém o ritmo, mantém as pegadas, tem praticamente as mesmas sacadas, mas foram apenas atualizados para o tempo atual com drones, com equipes menos de ataque com mais retaguarda, trabalharam o lance mais familiar, e claro botaram a velhice em pauta, e assim eles conseguiram trabalhar bem, fazer funcionar tudo e entregar um resultado condizente com a franquia, de modo que nem pareceu nada  muito diferente do que já conhecíamos, e assim o resultado agrada bastante. No sentido da dinâmica de câmeras também foram bem dinâmicos, colocando um roteiro com atitude, com poucas quebras, fazendo com que o acerto fosse coerente e funcional.

Quanto das atuações, a química entre Will Smith e Martin Lawrence é daquelas que vemos a amizade nos olhares, que praticamente um joga a bola pro outro e se encaixa na cena seguinte, ou seja, nem que sonhassem conseguiriam fazer o mesmo longa sem os dois atores. Dito isso, Will Smith soube entregar a personalidade canastrona que seu Mike sempre teve, mas conseguiu ainda assim ser bem carismático, soube encontrar estilo nas cenas mais fortes, e principalmente como ainda continua fazendo muitos longas de ação, trabalhou bem as dinâmicas cênicas necessárias e agradou bastante. Martin Lawrence já aposentou as dinâmicas mais corridas faz tempo, mas aqui ele foi perfeito na área cômica, fez bem cada ato de amizade e de família, e claro divertiu a todos com estilo, não forçando a barra em nada. O vilão vivido por Jacob Scipio foi bem forte nos atos, e entregou envolvimento quando precisou, de modo que seu Armando acaba indo certeiro nas cenas fortes, porém como já disse, os atos finais ficaram levemente frouxos, e assim ele não foi como poderia finalizar na medida coerente que manteve desde o começo. Kate Del Castillo fez sua Isabel com muita personalidade, e com um começo bem estilo de filme de terror, de modo que talvez se o filme focasse até mais nisso o resultado seria diferente e até interessante, mas no seu segundo ato ficou até mais nova que muitos personagens, o que acabou estranho de ver. Da galera do AMMO diria que todos tentaram se mostrar com bem pouco, de modo que não vemos grandes atuações, mas sim personagens interessantes, tirando claro o jovenzinho Charles Melton com seu Rafe que não disse a que veio, já Paola Nunez foi bem sensual, inteligente e interessante com sua Rita, Alexander Ludwig entregou um Dorn cheio de desenvoltura tecnológica, mas depois chamou a atenção para o seu problema, e saiu detonando, e até Vanessa Hudgens entregou uma Kelly simples e bem cheia de chamariz, porém talvez fosse preciso um longa a parte para que eles se destacassem mais e contassem mais suas histórias. Quanto aos demais, foi bacana ver os antigos atores aparecendo, Theresa Handle bem rapidamente, e claro Joe Pantoliano dando esporro direto com seu Capitão Howard.

No conceito visual, mantiveram bem o estilo Michael Bay de muitas explosões, carros velozes cantando pneu, motos fazendo firulas, tiros para todos os lados, e claro cenários bem interessantes para dar molde ao filme, criando momentos bem colocados, ações na medida certa, e fazendo com que cada dinâmica entrasse no estilo que o filme já tinha antigamente, e felizmente foi mantido na medida certa para animar tanto os fãs da franquia que esperavam muito, quanto quem apenas for conferir esse, e que certamente irá gostar.

Outro ponto muito bom do longa foram as canções escolhidas, que ditaram um ritmo frenético do começo ao fim do filme, entregando personalidade, e claro dinâmica para a trama, e claro que deixo o link para todos conferirem aqui.

Enfim, é um filme que vai agradar na maior parte do tempo, vai dar aquele momento nostálgico em todos que lembrarem do longa original, entrega ação para quem gosta de ação, entrega comicidade para aqueles que gostam de tramas divertidas, ou seja, um filme completão para passar na sessão da tarde e todos conferirem como aconteceu com o longa original, e sendo assim recomendo para todos curtirem. Claro que não digo para irem com muita sede ao pote, esperando demais do longa, pois ele é simples, mas agradará com certeza a todos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

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