Frozen 2 em Imax 3D (Frozen II)

1/01/2020 09:14:00 PM |

Impecavelmente detalhado, essa pode ser a melhor definição de "Frozen 2", afinal já tínhamos dito quando foi lançado o primeiro filme que a Disney tinha voltado às origens com belas canções, com personagens carismáticos e com histórias bem aventureiras para todos curtirem, e agora com a continuação foram mais precisos ainda, dando voz de canto para mais personagens, incorporando mais técnica para a direção de arte, e colocando textura em tudo o que se possa pensar fazendo um filme primoroso aonde acabamos sabendo mais do passado da família das personagens, conhecemos lugares novos, e principalmente foram coerentes em manter a essência original, ou seja, um filme com estilo novo, mas que se manteve fiel ao que já foi feito de bom. E sendo assim, o resultado é único de beleza, trabalha bem a história e funciona demais em diversos quesitos, que mesmo soando um pouco alongado para a criançada que prefere um filme mais rápido, todos acabarão animados com tudo o que será mostrado, e junto dos personagens carismáticos acabaremos rindo e nos impressionando com tudo. Ou seja, vale demais a conferida, e certamente todos sairão dos cinemas bem empolgados com tudo, o que é um grande acerto para uma continuação.

O longa nos coloca de volta à infância de Elsa e Anna, aonde as duas garotas descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.

Certamente a grande sacada da Disney foi colocar os mesmos roteiristas e diretores do original de volta aos trabalhos, pois souberam manter as essências, colocações, e principalmente manter o desenvolvimento dos personagens sem cair em nada, além claro de poder incrementar tudo na medida certa, e isso Chris Buck e Jennifer Lee souberam fazer com precisão cirúrgica, encontrando meios diferenciados, brincando com origens étnicas mais elaboradas, e criando estilos próprios para que cada um dos personagens principais tivesse seu momento solo para cantar, pudesse se mostrar como protagonista, e isso sem tirar o brilho real da protagonista, que flui com uma desenvoltura muito impactante novamente, e novamente permeia classe. Ou seja, criaram ótimas canções para todos demonstrar em seus momentos, não apelaram para cenas exageradas, e junto de uma precisão artística tão bem feita o resultado só podia ser um: a perfeição, que mesmo sem uma ousadia maior acaba resultando numa daquelas animações de tamanha qualidade que saímos da sessão querendo ver mais e mais dela.

Sobre os personagens, é fato marcante que novamente o boneco de neve Olaf consegue chamar muita atenção com todo o seu carisma, com uma dinâmica perfeita de personalidade, e claro com todas as indagações que conseguiram colocar dentro de um único personagem que foi dublado magistralmente por Fábio Porchat, de modo que não chegamos nem a escutar mais a voz do comediante, mas sim a voz própria do boneco, além claro das suas duas grandiosas cenas, aonde na primeira explica resumidamente o primeiro filme inteiro, e na cena pós-crédito volta explicando o segundo longa, ou seja, quem quiser um breve resumo, só entrar na sessão ao final dos créditos (o que é um perigo também para aqueles que entrarem muito rapidamente na sala e pegarem vários spoilers!). Agora voltando para a protagonista Elsa, novamente deram o ar aventureiro na medida certa para a personagem, deixaram ela bem solta para seus atos heroicos, e com muita sabedoria conseguiram fazer com que ela buscasse descobrir tudo o que suas dúvidas lhe buscavam, e isso tudo é feito sem precisar ser uma personagem forte de essência, mas com vontade própria e muita atitude, o que certamente deve ser replicado para as garotas, ao menos na visão dos diretores. Kristoff e Sven continuam como a dupla dinâmica animada, e aqui tem até seu grande momento de cantoria bem encaixado com outras renas, e sempre funciona muito bem tanto no ar dramático como na comicidade leve bem colocada, ou seja, um grato ajuste para a trama. Ana ainda está bem elétrica, cheia de dúvidas, com bons momentos, mas chega a incomodar um pouco, o que não é bacana de ver, ou seja, vemos uma personalidade forte para a outra protagonista da trama, que é desenhada de uma maneira coerente e pronta para tudo, mas acaba soando exagerada, e isso não é bacana de ver. Agora quanto aos elementos da natureza, todos foram muito bem desenhados e conectados na trama, desde o vento soprando folhas e fazendo desenvolvimentos com os personagens, passando pelos gigantes de pedra representando a terra, a salamandra fofinha que bota fogo em tudo, e claro o cavalo maravilhoso de água que dá um show na tela.

O visual é daqueles que não conseguimos achar defeitos, trabalhando com um detalhamento de texturas tão preciso que acabamos nos envolvendo do começo ao fim, vemos os bordados detalhados de jóias nos vestidos da protagonista, vemos os movimentos de cada um dos espíritos da floresta detalhados, vemos ambientes cheios de símbolos, e muito mais de forma que a equipe de arte pareceu tão preocupada com tudo que nem notou o tempo passar, e claro que fizeram figurinos tão incríveis que se a animação pudesse concorrer nesse quesito nas premiações certamente ganharia vários elogios pelos vestidos, pelas roupas de festa, do povo da floresta, e tudo mais, ou seja, lindo de ver. Quanto do 3D, o longa possui muitas cenas com elementos saindo da tela, vários atos com uma profundidade bem desenhada, e trabalharam bem para envolver o público, ou seja, a tecnologia funcionou em diversos momentos, de modo que quem gosta de ver filmes desse estilo não terá muito para reclamar.

Como é um longa bem musical, nos melhores moldes que a Disney sabe fazer, conseguimos enxergar até o motivo do filme ter sido lá no começo de novembro nos EUA, e somente agora ser lançado no Brasil, pois praticamente criaram novas canções para serem dubladas pelo elenco nacional, de forma que "Into the unknown" que é a música principal virou "Minha intuição", e isso é só uma das diversas mudanças para dar tema nas canções e funcionalidade na trama, ou seja, é quase outro filme, que até pretendo ver o legendado para voltar aqui e falar como foi, mas que friso novamente, foi muito bem adaptado e funciona bastante. Então para quem quiser curtir as canções sem precisar ver o filme, ou apenas para depois pôr no modo repeat mil vezes até decorar, deixo aqui o link.

Enfim, é um tremendo filme que vale muito a conferida, que vai agradar tanto os pequenos quanto os mais velhos (esses até mais por terem já curtido muito o primeiro filme), e que certamente lotará as sessões de todos os cinemas nas próximas semanas, venderão muitos bichinhos, copos, baldes e tudo mais do longa, e assim fará com que os pais gastem muito nos cinemas (rsss). Sendo assim recomendo bastante a trama para todos, e começamos bem 2020, vamos ver se o nível se mantém. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

1 comentários:

Fernando Coelho disse...

Apenas um leve adendo... ver "Frozen 2" legendado hoje foi como ver outro filme diferente do que vi na quarta-feira... as músicas dão outro rumo para a história, as vozes são uma delícia, e a beleza estética ainda continua maravilhosa, ou seja, mais perfeito ainda!!!

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