Sei que muitos leem meus textos, mas hoje minha vontade é escrever de "Jornada ao Oeste" apenas as seguintes palavras, "O filme mais inútil que já vi em minha vida", colocar um ponto final e ir dormir, pois mostrar apenas como é monótona e focada a caminhada de um monge, colocando 5 a 6 planos sequências de quase 15 minutos cada, aonde NADA acontece e o monge se move na velocidade negativa quase em slow-motion (tanto que o plano final está praticamente indo em sentido contrário), de modo tão lento que a equipe que estava passando o filme no Festival quase foi conferir no plano inicial se o longa não estava pausado, ou seja, um filme que não vale o tempo perdido mesmo sendo de apenas 56 minutos (aliás, graças aos deuses do cinema é apenas essa duração, pois se tivesse passado mais tempo vendo isso, ou se tivesse pago para ver, acho que seria caso de suicídio coletivo de todos que estavam na sessão).
O longa nos mostra que um monge vestido de vermelho caminha pelas ruas e praças da cidade num ritmo coordenado e lento. Tudo ao seu redor mostra a vida agitada dos moradores, que o ignoram a princípio. Mas quando um homem decide imitar seus passos penitenciais, o monge ganha um discípulo. Primeiro vemos o sofrimento no rosto dele, mas depois de um tempo observamos que ele parece ter encontrado um significado para sua vida.
Em Dezembro de 2013, reclamei de apenas 1 plano longuíssimo do diretor Ming-liang Tsai em "Cães Errantes", e confesso que se tivesse visto que esse filme de hoje era seu talvez nem teria ido conferir, pois na época lembro o quanto me revoltei com aquilo, mas hoje com esse novo filme foi falta de educação o que ele fez com o público, nem com a maior reflexão do mundo podemos tirar qualquer conclusão de seu filme sem ser que ele quis mostrar a monotonia e a importância do foco para o monge, mesmo em um mundo aonde todos estão correndo com seus afazeres, pois de resto, só se a pessoa sair da realidade (para não dizer ir com muita droga na cabeça assistir) para pensar qualquer outra coisa sobre o longa.
Nem sei se poderia falar alguma coisa da atuação de Lee Kang-sheng como o monge e Denis Lavant como o seguidor dele na penúltima cena, pois a única coisa que fizeram foi ficar andando lentamente, então posso dizer que foram bem hábeis e focados para conseguir movimentos tão lentos, e na primeira cena, Lee Kang pode se orgulhar do grande tempo que ficou sem piscar.
A arte e a fotografia do longa foram bem básicas, escolhendo quatro locações bem interessantes, aonde ficamos o tempo inteiro esperando o monge passar de um lado para o outro, hora com o ângulo mais fechado nele, hora com a paisagem mais aberta para o tempo demorar mais ainda.
Enfim, não é apenas a minha opinião dessa vez, pois como o segundo filme do dia do Festival Indie iria demorar quase 1 hora após o término desse, fiquei conversando com os demais que assistiram ao filme e ficaram indignados com o que nos foi mostrado, ou seja, se ver esse nome em qualquer programação de cinema ou na TV, FUJA!!! Fico por aqui agora, mas volto em breve com o texto do segundo filme, que foi bemmmmm melhor do que esse.
PS: Como costumo dizer, não darei 0 coelhos para nenhum filme, pois sempre é possível tirar algum proveito de um péssimo longa, e aqui no caso foi reforçar que devo fugir de qualquer obra desse diretor.
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