A Era de Ouro (Spinning Gold)

8/10/2023 09:21:00 PM |

Uma coisa que sempre terá muita discussão em todas de amigos e outros tipos de bate papo que acabam esquentando é quanto ao tempo antigo e suas ótimas canções e cantores, e se hoje lhe perguntarem quem foi Neil Bogart, tenho 100% de certeza que a maioria vai falar que nunca ouviu ele, e pedir para as assistentes cantarem algo seu, mas não meus amigos, embora ele tenha cantado um pouco também, ele foi quem explodiu Donna Summer, KISS, Village People, entre muitos outros que embalaram as discotecas e palcos mundo agora nos anos 70/80 e alguns até hoje fazem muito sucesso. Então posso afirmar quase que na totalidade que o filmaço "A Era de Ouro" pode ser considerado futuramente como uma boa parte da História da música, e que história meus amigos, pois fizeram a trama quase que de forma documental, aonde o protagonista vai nos contando um pouco de suas verdades (ou não) de como perdeu milhões, ficou com mais de 6 milhões em dívidas até entender como fazer para que seus artistas estourassem realmente, e que estouro como bem sabemos que foi, pois mesmo os não nascidos nessa época, como é o meu caso, ainda têm como grandes nomes da boa música esses nomes que citei, e como um bom apostador, vemos essa história acontecendo e envolvendo com cada grande canção, com cada arrepio que nos causa, e com tudo o que é mostrado na tela, pois mesmo sendo uma biografia feita pelos filhos do empresário, eles não economizaram críticas aos seus atos errados, mas também pontuaram o quão esperto ele foi desde o começo de sua vida, e assim sendo o longa acaba sendo perfeito em todos os sentidos!

O longa é uma biopic de Neil Bogart, um judeu sonhador que, começando com muita vontade e pouco dinheiro, acabou se tornando bilionário graças à criação de seu selo Casablanca Records em 1974. Foi uma fonte de descoberta e lançamento para a fama de muitos dos cantores e grupos mais famosos da história, como KISS, Parliament, Donna Summer e The Village People foram alguns dos que passaram pela gravadora, uma das mais relevantes nos anos 70 pelo trabalho de Neil, que foi a marca por excelência nestes anos, não deixando margem para dúvidas uma marca indelével na história da música. A história de superação de um homem que, apesar de morrer aos 39 anos, viu seu sonho se tornar realidade graças à perseverança e à crença de que tudo é possível e vale a pena tentar.

Antes de mais nada o longa foi escrito e dirigido pelo filho de Neil, Timothy Scott Bogart, e ele mais do que ninguém soube muito sobre o pai, o que facilmente poderia virar algo só de coisas boas, mostrando que mesmo sendo um maluco visionário, foi bonzinho o tempo todo, mas não, ele pontuou a época das drogas, as brigas com alguns cantores, as dívidas para com agiotas que quase lhe mataram, as confusões com os produtores de outras gravadoras famosas, e muito mais, sendo uma obra incrível e impecável que conta com tantas nuances que mesmo que não soubéssemos que ele era filho do homenageado, sentiríamos toda a sensibilidade interessante que foi passada na tela pelo autor, afinal o filme arrepia ao apresentar os vários cantores do selo com suas principais canções e shows da época, em um resultado único que agrada demais.

Quanto das atuações, por incrível que pareça, Jeremy Jordan substituiu com perfeição Justin Timberlake que seria Neil Bogart em 2013 quando começaram os trabalhos da produção, e em 2019 Jeremy assumiu com perfeição de estilo, trabalhou todo o envolvimento do personagem e deu um carisma tão preciso para cada ato seu, fazendo a trama meio com um estilo documental bem incorporado, trabalhando olhares e mudanças de cabelo para encaixar todas as épocas, ou seja, soube pegar o personagem e levar ele para rumos tão bem encontrados que podemos dizer que ele conheceu realmente Neil, mas não, pois nasceu em 84 e o empresário morreu em 82. Tivemos ainda muitos bons atores e personagens que entregaram tudo nos shows e desenvolvimentos, valendo destacar os cantores Tayla Parx como Donna Summer, Casey Likes e Sam Nelson Harris como os astros do KISS, Gene Simmons e Paul Stanley, Jason Derulo como Ron Isley, e Wyz Khalifa como George Clinton, isso sem falar nos bem encaixados Michelle Monaghan e Lyndsy Fonseca como as esposas de Neil, Beth e Joyce, fazendo bons atos de companheirismo e envolvimento cheias de bons trejeitos e personalidades. E claro não poderia esquecer Vincent Pastore como o dono do cassino, Big Joey, que emprestou muito dinheiro para Neil, e Jason Isaacs como o pai de Neil, um tremendo apostador.

Visualmente a trama é um luxo do começo ao fim, agradando com shows icônicos, produções musicais bem trabalhadas, mostrando os pequenos apartamentos que viveu no começo até as gigantescas mansões, muitas festas, mas mostrando muitos ambientes precisos da época, além de contar com muitas imagens de arquivo que foram bem encaixadas para misturar com tudo como se fosse quase um documentário real sendo mostrado. Ou seja, uma trama tão bem encaixada de nuances, mostrando um trabalho perfeito de figurinos, maquiagens e composições cênicas que funcionam do começo ao fim.

Quanto da trilha sonora, meus amigos!!!! É só música da melhor qualidade possível, aonde tanto os atores/cantores emprestaram realmente suas vozes, quanto usaram muito das vozes originais que foram icônicas para mostrar um pouco de tudo que foi feito na época, as descobertas de ritmos e encaixes e sacadas para que cada astro descolasse, e claro que deixo o link aqui não para ouvirem apenas agora, mas muitas e muitas vezes depois, afinal é perfeita.

Enfim, confesso que fui conferir já sabendo que seria algo muito bom, mas fui surpreendido demais com tudo, me arrepiando do começo ao fim, me emocionando com vários atos, e ao final me vi aplaudindo o trabalho completo enquanto subia os créditos e do lado íamos vendo uma gravação real de Neil em um programa contando alguns de seus percalços. Ou seja, é daqueles filmes memoráveis que certamente lembrarei por muito tempo, que recomendo demais para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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