Free Guy - Assumindo o Controle (Free Guy)

8/20/2021 01:40:00 AM |

Estava achando muita pretensão dos produtores de "Free Guy - Assumindo o Controle" de anunciar uma continuação do longa mesmo antes de sua estreia, principalmente pela formatação da trama ser de um longa fechado que não necessitaria continuação, pelo menos numa primeira olhada, mas após conferir hoje posso dizer que tudo é tão genial, tudo é tão gostoso de ver, as ideias são tão bem arquitetadas que gostaria realmente de ver mais de Guy, Millie, Buddy, Keys, entre outros. Sendo daqueles filmes realmente incríveis de sintonia, com uma pegada intensa de proposta, cheia de grandes referências marcantes, muita aventura, muita simbologia, e principalmente não sendo apenas uma trama jogada de videogame aonde nos divertiríamos durante a exibição e na sequência esqueceríamos do que vimos. Ou seja, é um filme tão bem feito que entramos completamente no clima, nos vemos andando por Free City conversando com os personagens, e principalmente torcendo pela melhora de vida de cada um dos personagens não jogáveis, pois a inteligência artificial é algo muito bem pensado para jogos, e cada vez mais vemos isso sendo interativo e bem funcional, então aqui montaram tudo tão bem que vemos tanto conexões de jogos como "SinCity" quanto de "GTA", e mais do que apenas um jogo em si, vemos o ar envolvente de um personagem que deseja crescer e evoluir, algo que raramente colocando em um protagonista. Então só posso encher o filme de elogios, pois é muito bom, me vi balançando a perninha com uma música da Mariah, e rindo de gargalhar alto (ainda bem que a sessão estava meio vazia) nas cenas finais aonde o protagonista escolhe algumas armas irreverentes com seus óculos.

A sinopse nos conta que um caixa de banco preso a uma entediante rotina tem sua vida virada de cabeça para baixo quando ele descobre que é personagem em um brutalmente realista vídeo game de mundo aberto. Agora ele precisa aceitar sua realidade e lidar com o fato de que é o único que pode salvar o mundo.

Diria que o diretor Shawn Levy é daqueles que sabem extrair de uma história toda a personificação necessária para que um filme tenha uma vivência até maior do que ela contém realmente, ao ponto que acabamos entrando tanto no clima que ele pegou para que o filme empolgasse que nos vemos dentro da cidade, meio quase que jogando o jogo também, torcendo pelo camisa azul, evitando alguns roubos também e claro cumprindo as missões do jogo, afinal gostamos disso também em videogames, e o roteiro de Matt Lieberman permite todas essas aberturas de uma maneira tão sagaz que posso dizer facilmente que o roteirista jogou tudo antes de entregar sua trama, pois é notável todas as nuances que os personagens têm para entregar, é notável toda a interatividade que o longa está preparado para suportar, e até mesmo as cenas dos jogadores reais acabam sendo bacanas de ver pela personificação de muitos desses usuários que gravam os seus jogos. Ou seja, pensaram em tudo, e facilmente se o filme virar jogo muitos estarão jogando assim que lançado, e agora veremos o que irão aprontar com a continuação, pois a dinâmica mudará e muito com toda certeza, mas acredito no potencial afinal os personagens são bons.

E já que entrei no mérito dos personagens, é claro que tenho de falar das atuações, que até podemos falar que num passado Ryan Reynolds errou muito pegando papeis fracos e sem muitas dinâmicas, mas ultimamente tem sido um acerto atrás do outro, e aqui seu Guy é incrível tanto pela formatação que escolheu adotar de trabalhar tanto como uma inteligência artificial evoluindo e mostrando um personagem que vai aprendendo com o tempo, quanto como um amigo real dos demais moradores da cidade, tendo estilo, tendo bons trejeitos para tudo o que acaba ocorrendo, e principalmente encontrando uma dinâmica tão precisa que não cansasse em momento algum, ou seja, acertou em cheio no papel. Agora sem dúvida alguma Jodie Comer se entregou completamente para sua Millie/Molotovgirl, ao ponto de termos realmente praticamente duas personagens extremamente distintas, mas com tanta desenvoltura que nos apaixonamos por ambas, e fazendo interações fortes muito bem expressivas, se jogando (na verdade a sua dublê Hayley Wright) para tudo quanto é canto com o protagonista, e principalmente mantendo os estilos do começo ao fim agradando com um tom forte e muito gostoso de ver, ou seja, acaba sendo daquelas personagens que facilmente lembraremos quando citado qualquer parte do filme, sendo o nome real da produção. Ainda tivemos dentro do mundo dos games boas atuações emotivas de Lil Rel Howery com seu segurança Buddy extremamente carismático como o melhor amigo do protagonista, e o lutador Aaron W Reed fazendo uma versão brucutu do protagonista com seu Dude bem bobão, mas forte a beça. E do lado de fora do jogo tivemos Joe Keery todo cheio de estilo como o programador e sócio da protagonista, Keys, que com nuances tímidas acabou sendo até bacana de ver em cena, mas na continuação precisará ir mais além, tivemos também bons trejeitos de Utkarsh Ambudkar com seu Mouser totalmente rápido e cheio de jogadas, mas principalmente mesmo com poucas cenas tivemos Taika Waititi detonando como o vilão Antwan, cheio de personalidade, cheio de traços fortes, e com uma explosão final incrível muito bem feita, que mostra que cada dia ele está melhor nos papeis que lhe colocam.

Visualmente o longa é um show à parte, daqueles que tudo realmente acaba trazendo contexto para a trama, desde as casinhas dos personagens do jogo, passando pelos ambientes coloridos e marcantes que se passam todas as cenas, até chegarmos nos detalhes dos elementos cênicos, e claro para a surpresa de onde ficava realmente escondido o jogo secundário que a protagonista tanto procura. Ou seja, a equipe de arte colocou tantas alegorias, tantos elementos explodindo, tiros, carros, personagens soltos, e muito mais que certamente veríamos diversas vezes e não enxergaríamos todos os detalhes explícitos e ocultos que colocaram no decorrer da exibição, ou seja, é algo muito perfeito o trabalho completo. Não fui conferir o longa em uma das salas que estão exibindo em 3D, mas tenho certeza absoluta que o trabalho ficou incrível, pois é notável toda a profundidade cênica da trama em diversas cenas, então aqueles que estiverem afim podem ir com certeza, mas vi numa Imax, então o som compensou por toda a interação colocada.

E já que comecei a falar de som, a trilha sonora é bem marcada de ritmos envolventes, trazendo uma boa dinâmica completa para a trama, mas principalmente tocando em todos os momentos possíveis a canção favorita da desenvolvedora do jogo, no caso a protagonista Millie, e ouvimos "Fantasy" de Mariah Carey pelo menos umas 4 vezes completas, o que é bem bacana de conferir, e que claro deixo aqui a playlist para quem quiser ouvir após o longa.

Enfim, é um tremendo filmaço, que vibrei muito, ri de gargalhar em diversas cenas, me peguei balançando o pezinho no ritmo das canções, e acabei me envolvendo demais, ou seja, pacote completo de um ótimo filme, que tenho de recomendar para todos, e que posso até me arrepender daqui a alguns dias, mas irei dar nota máxima para ele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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