Sob a Pele

5/16/2014 01:14:00 AM |

Sinceramente, existem alguns filmes que saio do cinema me perguntando até que ponto um ator deve ir para fazer filmes que não podem ser levados a sério pelos espectadores que vão assistir. No filme "Sob a Pele", o diretor não quis nos dar explicação de praticamente nada, deixando que você que for assistir ache o que quiser achar dele, não importando erotismo colocado, imagens sem sentido algum ou até mesmo personagens que não dizem uma palavra e pode ser que tenham qualquer importância para o longa, ou seja, um filme totalmente aberto, lentíssimo que você terá de ter muita paciência para não dormir na sessão e que sairá da sala concluindo no máximo o que eu achei, que a raça dela precisa de peles para continuar fazendo seus crimes na Terra e captura os seres vivos através da sedução quando ela resolve achar que não é mais um alien, acaba perdendo sua essência e por aí vai. Não posso afirmar em momento algum que isso é exatamente o que o filme quis passar, mas ao menos não serei como o diretor, e quem quiser saber, está aí aonde foi a minha imaginação sobre.

A sinopse do filme tenta nos mostrar que um alienígena chega à Terra e começa a percorrer estradas desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas. Sua principal arma é sua sexualidade voraz... Mas ao longo do processo, ela descobre uma inesperada porção de humanidade em si mesma.

O diretor Jonathan Glazer é conhecido por fazer filmes estranhos, só que ninguém, ou melhor a maior parte das mentes masculinas, se lembra disso quando vê um par de pernas nuas de Scarlett Johansson, daí você lê meio texto rapidinho para não ler spoilers e vê algo que diz que ela aparece completamente nua, pronto, não precisa saber de mais nada para ir ao cinema e nem olhar o preço do ingresso, daí passa os primeiros 10 minutos mais estranhos possíveis com imagens escuras, planetas brilhando, luzes estranhas num céu, e já começamos a nos perguntar por que raios estamos assistindo aquilo, aí aparece a atriz num plano meio distante e as coisas melhoram um pouco e já voltamos a lembrar porque fomos ao cinema, mas a partir daí começam a acontecer os encontros bizarros da protagonista, com pasmem, homens comuns que nunca atuaram e por consequência não possuem nomes no filme, então não espere atuações boas, mas sim momentos que cada um vive, a maioria nu, perseguindo a moça por um chão pantanoso estranho, que acontecem algumas coisas mais estranhas ainda. Não posso falar que os ângulos escolhidos pelo diretor para fazer seus planos são feios, muito pelo contrário, até temos algumas nuances artísticas bem interessantes, mas como tudo puxa para o terror trash sem sentido, o filme acaba indo literalmente para a tradução literal da palavra trash.

Não tenho nem como falar de atuações num filme onde não dá para saber quem é quem, afinal conhecemos apenas Scarlett, e como todos sabemos é de uma beleza muito alta, e quem anda reclamando que ela não tem o corpo malhado, não sabe o que é beleza feminina, mas esse não é o problema, o que fico me perguntando diversas vezes sendo uma atriz que está tão bem nos blockbusters, porquê recair num filme artístico estranho? Não tem lógica alguma, pois os blockbusters com certeza pagam mais, e se ela não fosse tão boa, posso falar sem dúvida alguma que depois desse filme não entraria em nenhum outro filme na carreira, pois o que foi colocado para ela fazer aqui é aparecimento desnecessário gratuito, mesmo dando seu máximo para aparentar os melhores trejeitos ao tentar mostrar uma humanidade nas suas últimas cenas. Quanto aos demais homens, mostrar eles em posição de sentido não é problema algum, afinal estão frente a um corpo escultural e que lhe seduziu, mas foi abusar demais pegar o rapaz de rosto deformado, para apenas mostrar que seu rosto é feio, mas que a alienígena não tem preconceitos.

O visual do longa embora estranho em certos momentos, possui uma forma artística interessante, com a van cheia de barulhinhos estranhos, as motos potentes, a floresta de mudanças, e até mesmo a casa antiga com seu pântano maluco tudo tenta remeter a algo, mas é como disse no Facebook, superficial demais para tirarmos qualquer conclusão do que é mostrado, então temos bons momentos visuais, principalmente algo muito bonito no fechamento, que apenas aparece, olhamos e falamos legal, e mais nada. A fotografia trabalhou com tons escuros para realçar tanto o visual claro da atriz quanto dar clima para os crimes, mas certos momentos abusaram até demais do tom deixando além do que poderia ser satisfatório.

Enfim, é um filme que não tem como recomendar, e falo que só veja se estiver curioso demais para ver a atriz nua, o que se pode conseguir facilmente digitando apenas o nome do filme no Google, pois com toda certeza é jogar dinheiro fora para ver a loucura de um diretor que quis fazer algo artístico, mas por exagerar no trash não ficou nem lá nem cá. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas temos muitas estreias para conferir nessa semana, então abraços e até breve.

PS: Como disse no Facebook, a composição da nota foi a média entre beleza da Scarlett(nota 10), filme(nota 0), atuação de todos(nota 0, desnecessária), cenografia e imagens(nota 6).


2 comentários:

Anônimo disse...

Achei-o genial, e o enxergo como uma artística forma de criticar a superficialidade humana.

Fernando Coelho disse...

Olá amigo! É um modo de pensar também... mas ainda assim acho que faltou explorar mais essa superficialidade! Abraços!

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