Justin e a Espada da Coragem em 3D

3/03/2014 09:08:00 PM |

O avanço das tecnologias fez com que não víssemos nos cinemas apenas animações americanas, pois outros países começaram a fazer filmes, alguns bem bons, de toda forma empregando tecnologia tridimensional e histórias bacanas para divertir a garotada. Com a produção de um grande nome espanhol que atende por Antonio Banderas, o filme "Justin e a Espada da Coragem" consegue ter uma história interessante de ser acompanhada, mostrando que a busca pela coragem pode vir de várias formas. E com personagens divertidos, mas pouco desenvolvidos na trama, o longa que foi adiado inúmeras vezes a estreia aqui que era pra ser mundial em Setembro do ano passado, pode chegar cansada aos cinemas depois de 3 finais de semana de pré-estreias.

O filme nos mostra que Justin vive em um reino no qual os burocratas dominam e os cavaleiros estão fora de moda. Ele sempre quis ser um cavaleiro mas seu pai, o conselheiro-chefe da Rainha, quer que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o garoto procura a avó e descobre a história de seu avô, Sir Roland, que um dia foi o mais nobre cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo terrível Sir Heraclio. Contra o desejo de seu pai, Justin corre em busca de seus sonhos e começa sua jornada para tornar-se cavaleiro. Em seu caminho, ele vai conhecer a bela e independente Talia e três monges que vão se tornar seus mentores: Blucher, Legantir e Braulio. Quando Heraclio e seus homens retornam para ameaçar o reino, Justin terá que provar seu valor e tentar salvar o dia, exatamente como seu avô faria.

O filme está muito longe de ser algo ruim, mas esqueceram que personagens animados precisam de um desenvolvimento para nos afeiçoarmos a eles, de forma que cada um aparece num momento do protagonista e sem que ao menos conheçamos ele direito, já faz parte da história fazendo algo no filme que será importante para a trama. Claro que isso é uma exigência um pouco mais vista pelos adultos e principalmente por não colocarem coisas tão enfeitadas ou bobinhas apenas para rirmos, o que mascararia bem todo esse problema, mas utilizando da minha técnica milenar de que se as crianças presentes na sala ficaram paradas a exibição inteira, significa que para elas o filme envolveu e agradou para que ficassem quietinhas, então há chances de que os pequeninos se divirtam bastante vendo essa animação espanhola.

Os personagens estão bem modelados, mas sem muito detalhamento nas texturas, apesar que estávamos tão acostumados com isso até que a Pixar nos deixou mal acostumados. E todos possuem um certo carisma de acordo com sua função na trama. O protagonista Justin pelo trailer aparentava ser alguém bem mais novo, mas já é alguém que está indo para a faculdade, ou seja, um homem praticamente, e suas atitudes são bem colocadas para demonstrar isso mesmo com seu jeitão abobalhado que faz rir as vezes. O mago de dupla personalidade é a tentativa máxima da comicidade e consegue em alguns momentos nos divertir bastante. A garota Talia agrada tanto nas lutas quanto ao mostrar sua personalidade mais feminina. O vilão foi muito pouco explorado, e mesmo os monges contando quem ele foi um dia através de uma bela animação 2D, teve praticamente apenas 3 momentos para se demonstrar, colocando seus aliados apenas para enfeitar e fazer rir com trejeitos homossexuais. A dublagem nacional mudou diversos nomes originais e acredito que até alguns pontos da história, já que os personagens fazem uma coisa e falam outra, mas isso só seria possível se víssemos a versão original, o que dificilmente deve aparecer por aqui, então o jeito é quem for conferir não ligar tanto para isso.

O visual bem colorido agrada e com a saga do jovem atravessando diversos terrenos para chegar até a torre da sabedoria, vivenciamos diferenciados tons e cenografia bem elaborada para mostrar que os artistas espanhóis não estão para brincadeira nessa nova área que pretendem atacar. Quanto do 3D, se vier em 2D na sua cidade nem pense duas vezes e vá conferir sem a tecnologia tridimensional, pois se tirarmos o óculos no máximo veremos umas 2 ou 3 cenas borradas, mas o restante dá pra ver tranquilamente tudo.

Por não ser uma distribuição grandiosa, não tiveram trabalho de dublar as canções e quem entender um bom inglês verá que tudo que é dito na canção retrata bem a vida do jovem e tudo que está ocorrendo com ele, ficou agradável, mas quem não souber inglês vai achar que é apenas uma música cantada de fundo.

Enfim, é mais uma opção de filme para levar a criançada, não é dos melhores filmes que já vi, mas está longe também de ser algo tenebroso. O longa agrada pela simplicidade do roteiro e pelo visual e personagens bem modelados, mas poderiam ter trabalhado um pouco mais nas características pessoais de cada um que agradaria bem mais. Bem é isso, fico por aqui hoje, mas amanhã confiro mais uma animação que surgiu por aqui e nessa semana ainda teremos muitos outros por aqui, então abraços e até breve pessoal.


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