É o Fim

10/12/2013 06:58:00 PM |

Se você assim como eu fica se perguntando todo dia o que os atores fazem com seus ricos cachês de Hollywood, o longa "É o Fim" vai lhe mostrar! Não, não estou dizendo que vai mostrar a vida dos atores já que eles interpretam eles mesmos, mas sim como gastar dinheiro numa produção bem feita mas totalmente bagunçada e cheia de coisas sem sentido algum. A única coisa que não posso falar é que não ri, pois de tantos absurdos acontecendo, alguns até soam engraçados e fazem rir bastante, mas no geral tudo que é apresentado poderia ter ficado somente como o curta-metragem "Seth e Jay versus Apocalipse" no qual foi inspirado, que com certeza seria mais produtivo e econômico.

O filme nos mostra que os grandes amigos Seth Rogen e Jay Baruchel vão em uma festa na casa do ator James Franco, que reuniu diversas celebridades no local, como Jonah Hill, Rihanna, Jason Segel e Emma Watson. Tudo corria bem até que um aparente terremoto se revela como sendo o dia do julgamento final. Rogen, Baruchel, Franco, Hill, Danny McBride e Craig Robinson acabam se vendo presos no local na torcida para que o mundo pare de acabar do lado de fora.

O que fico abismado com esse nível de comédia que usa de todos artifícios apelativos para fazer o espectador rir é de onde provém tanto dinheiro, pois em momento algum podemos dizer que ele é uma produção de qualidade ruim, muito pelo contrário, o longa conta com muitos efeitos visuais (toscos, mas de grande proporção) e um elenco cheio de estrelas de diversos filmes, que também não ajudam muito no que fazem. Uma coisa bem evidente é o puxa-saquismo completo em cima do diretor Seth Rogen, que praticamente podemos dizer que é quase uma festa de aniversário dele, onde todo mundo vem e fala que gosta, adora e tudo mais, porém tirando esse exagero, quando é colocado um para falar mal das atuações dos outros em diversos filmes, acaba divertindo mais.

Não posso dizer muito sobre as atuações, pois como disse eles tentaram pelo menos se passar por eles mesmos, então tirando alguns abusos de caretas de Craig Robinson e o momento possessão demoníaca de Jonah Hill, os demais fazem o que costumam fazer naturalmente em seus filmes, sem tirar nem por nada. Se pudesse mudar alguém talvez tiraria James Franco e colocaria no lugar Johnny Depp que tem os mesmos trejeitos e acho que agradaria mais, mas é apenas uma opinião.

O visual foi bem trabalhado tanto nas cenas de interior da casa quanto nas cenas que exigiram mais computação gráfica, e embora alguns bichos ficaram bem feiosos, todos tem movimentos interessantes e agradam. Os elementos cênicos poderiam ser mais usados, mas como não sobrou muita coisa na casa, então ficou fraco nesse quesito. A fotografia trabalhou até que bem, usando tons escuros e alaranjados indicando fogo na maior parte das cenas, mas sem abusar praticamente de nada que fizesse jus a querer algo mais.

Enfim, é mais uma das bobagens americanas que são jogadas nos cinemas, que em alguns dias ninguém nem lembrará da existência dele, vale a pena apenas para rir de algumas poucas cenas, então opte por ver assim que chegar nas locadoras em casa, ou até na TV quando passar naquelas sessões jogadas na noite. Fico por aqui agora, mas hoje ainda teremos mais um filme para conferir nessa semana que está lotada, então abraços e até mais tarde.


2 comentários:

Anônimo disse...

Coelho, esse filme é total trash !!!
Eduardo.

Fernando Coelho disse...

Super Totalmente Eduardo... É quase um filme do Zé do Caixão!

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