Battleship: A Batalha dos Mares

5/16/2012 01:06:00 AM |

Quando ouvi falar que fariam um filme baseado no jogo Batalha Naval da Hasbro, confesso que fiquei horas pensando como transformar um jogo que consistia apenas em letras e números(B12, C5, D14, etc) num filme. De início e pelo trailer achava apenas que o nome e o jogo seria parte do marketing de um filme nada a ver, mas na segunda parte do filme incrivelmente conseguiram transportar o jogo para a tela usando letras e números, muito boa a sacada e achei bem interessante de se ver. O filme em si não é uma obra de arte, mas agrada e diverte na medida praqueles que gostam de explosões e guerras patriotistas americanas versus o mundo.

O filme é um épico de ação e aventura que se desenrola entre o mar, o ar e a terra, no momento em que o nosso planeta luta pela sobrevivência contra uma força alienígena. Durante um exercício de manobras militares, um navio americano acaba se deparando com um objeto anfíbio não identificado e se envolvendo numa luta interplanetária.

O roteiro em si não tem nada demais, é praticamente o mesmo que sempre vemos em filmes catástrofe, os aliens invadem o mundo (de preferência os EUA) e como todo bom patriota americano, os soldados americanos vão pra cima deles pra defender o mundo. A diferença aqui está no estilo de guerrilha naval, a qual  ouvíamos falar bem mais nos filmes de antigamente do que nos atuais e por conseguir adaptar, mesmo que colocando apenas numa sequência bem interessante, um jogo extremamente simples que foi o Batalha Naval. O interessante do diretor é que ele segue a mesma linha dos diretores de filme-catástrofe, fazendo o filme sem se preocupar em ter um roteiro de peso, importando-se apenas com a destruição de tudo de forma a ficar divertido e quanto mais explodir melhor, e com isso o filme fica divertido de ver de modo a não se preocupar com um roteiro ou história bem contada.

No quesito atuações, não espere nada demais, apenas atuações tradicionais de todos, fazendo algumas caras e bocas e pulando em cenas de explosões. Rihanna entra apenas para vender o filme para seus fãs, pois aparece até que bastante, mas não faz nada demais e acaba mostrando que ainda sabe mais cantar do que atuar, quem sabe mais pra frente melhore fazendo mais filmes e algumas aulas de atuação, mas ainda prefiro mais suas músicas do que suas performances. Tailor Kitsch está bem, mas como não é um filme de diálogos ainda prefiro sua atuação em "John Carter", não que esteja ruim, mas não é um filme onde as atuações tenham algum valor diferencial. Liam Neeson faz seu básico quando não é o protagonista do filme, e aparece bem nas poucas cenas que atua, mas já anda ficando cansativo seu nome em filmes daqui a pouco vira um Nicolas Cage. Como são diversos personagens pequenos no filme ficaria difícil falar de todos, mas nenhum teve um sobressalto grande que merecesse destaque.

O ponto forte do filme são os efeitos visuais e gráficos, pois esses sim são a chave de qualquer bom filme catástrofe, sem nenhuma pieguice, o diretor usa todo o orçamento que tem, e a grande quantidade de técnicos (vide os créditos finais que nem cabem numa tela única) para fazer o melhor e destruir todos os barcos e cidades que tiver pela frente. Ficou bem interessante de ver o trabalho feito, claro que em alguns momentos se percebe a computação gráfica e poderia ficar menos implícita, mas no geral agrada e caiu bem não terem optado pelo 3D, pois não necessitaria e acabaria sendo mais caro.

Outro ponto bem legal de curtir no filme são as trilhas sonoras compostas por Steve Jablonsky, o mesmo dos 3 filmes "Transformers", e aliado a outras músicas rock'n roll contando com AC/DC entre outros, o filme detona no melhor estilo, e com isso dá ritmo frenético ao filme como todo ação deve ter no cinema.

Enfim, como disse não é um filmaço, mas é um filme legal de ser conferido no cinema, pois acredito que em casa ele possa se tornar um pouco massante, devido a falta de toda a barulheira sonora que possui. Recomendo sim assistir, e embora não seja algo extremamente importante, aguardar todos os créditos, pois possui uma cena extra, que caso o filme de lucro seja um princípio para uma continuação. É isso, encerro essa semana cinematográfica, e fico na espera da próxima que pelo que andei vendo será bem curtinha. Fico por aqui mandando abraços e até mais para todos os leitores aqui do blog.


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