Um Homem de Sorte

5/05/2012 03:39:00 AM |

Alguns filmes já são taxados pelo próprio poster, mas todos os cinemas me desculpem mas não tem como classificar "Um Homem de Sorte" como um drama, é um no máximo um romance com pitadas tão leves de drama que já está até inscrito na Sessão da Tarde da Globo com toda certeza. Não estou colocando como um filme ruim, mas é leve demais para dar uma empolgação e ainda assim falta aquele ponto que faça você sair apaixonado de um romance.

O filme nos mostra que o Sargento da Marinha dos EUA, Logan Thibault retorna de seu terceiro turno de serviço no Iraque, com o que ele acredita que salvou sua vida, uma fotografia que encontrou de uma mulher que ele nem conhece. Ao descobrir que seu nome é Beth e onde ela mora, o sargento aparece em sua porta e acaba por aceitar um emprego em seu canil familiar local. Apesar da desconfiança inicial de Beth e as complicações em sua vida, um romance acontece entre eles, dando a Logan a esperança de que Beth pode ser muito mais do que seu amuleto da sorte.

O início da trama parece que foi tão recortado para a censura, aqueles que leram o livro e assistirem o filme depois fale nos comentários se removeram cenas demais, que tudo vai acontecendo de forma tão inconsistente e inverossímil que ficou um pouco estranho, depois se aninha, mas com um ponto de virada tão pequeno e com uma carga dramática quase inexistente, o filme ficou bem vazio, e se pra mim não funcionou como filme, imagino para os leitores do livro que sempre reclamam de adaptações.

As atuações não estão ruins, mas também não são muito convincentes. Zac Efron vem melhorando, mas ainda não atingiu o ápice que acredito que pode chegar, tomara que não fique sendo apenas mais um rostinho bonito que só faz filmes para encantar as mulheres e não servir pra mais nada, mas o que vemos aqui é apenas essa utilização, pois faltou dinamicidade para seu papel. Taylor Schilling faz boas caras mas sei lá, não deu a química necessária para um romance. As atuações de Blythe Danner e Riley Thomas Stewart são as mais bacanas, embora não sejam assim algo contundente, mas melhores que as dos protagonistas com certeza são. Os demais apenas fazem seus papéis sem muita interação afinal a história é dos protagonistas e eles não foram ruins, mas também não foram algo que merecesse destaque.

As locações escolhidas para o filme são a única coisa bem válida do filme e aliada a escolha do tom amarelado para a fotografia, a incidência do sol na película dá um ar meio antigo para o filme atual e faz agradar bem na cenografia usada. Belas imagens que com certeza poderá ser algo que faça lembrar do filme mais pra frente.

Como todo romance, o pianinho predomina na trilha, para tentar arrancar lágrimas dos espectadores mais emotivos, mas como disse a falta da carga dramática fez com que o filme não emocionasse o suficiente para o piano fazer lavar o cinema como vem acontecendo ultimamente.

Enfim, não é um filme ruim, mas está anos luz de ser um bom filme, é apenas um daqueles que você vê apenas para passar um tempo assistindo algo sem nenhum precedente. Espero que quem tenha lido o livro possa falar mais nos comentários aqui sobre o que achou, quem sabe possa analisar melhor, mas na minha opinião é isso, apenas um filme bonitinho e mais nada. Fico por aqui, mas ainda tem mais um nessa semana de pouquíssimas estréias. Abraços e até mais pessoal.


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