Amor à Segunda Vista (Mon Inconnue) (Love At Second Sight)

6/06/2019 07:09:00 PM |

Um romance casual muito gostoso de conferir, essa sem dúvida é a melhor definição para "Um Amor à Segunda Vista", que parecia no início que iria me irritar muito com a proposta, porém era apenas a ideologia do livro do protagonista, e quando tudo se reverte acabamos entrando no estilo, e se envolvendo de tamanha maneira que nem temos como respirar. Ou seja, um filme cheio de virtudes, de cenas envolventes, de propostas tão singelas e bem feitas, que acabamos fluindo com o que nos é mostrado, de tal forma que certamente esse será um filme romântico que quando me pedirem uma boa dica, poderei citar, pois flui incrivelmente por vértices singelos e doces como deve acontecer no estilo.

A trama nos mostra que do dia para a noite, Raphaël acorda em um universo paralelo onde ele nunca conheceu Olivia, o amor da sua vida. Agora ele precisa reconquistar a sua esposa, mesmo sendo um completo estranho para ela. Enquanto Raphael tenta entender exatamente o que aconteceu, ele corre contra o tempo para não perdê-la.

Se em 2017 o diretor e roteirista Hugo Gélin nos emocionou no Varilux com "Uma Família de Dois", agora ele volta com tudo trabalhando não o amor familiar, mas uma proposta mais ousada com virtudes mais sentimentais de reconquista, que agrada bastante não por ser direto, mas por trabalhar a essência da reconquista amorosa com uma classe digna de grandes mestres do cinema, ou seja, novamente ele acerta a mão e faz com que saíamos apaixonados da sessão com tudo o que fez. Ou seja, já será daqueles diretores que certamente irei esperar muito em todos os seus próximos filmes.

Sobre as atuações, posso dizer facilmente que a química entre os protagonistas está incrível, de modo que acabamos tendo um carisma completo por eles. François Civil como Raphaël/Zoltan vem com olhares perfeitos, trabalhando bem cada momento com uma sinceridade tão gostosa de ver, que nem o conhecia, mas posso dizer que foi um tremendo acerto. Joséphine Japy nos entregou uma Olivia/Shadow com muita desenvoltura, com paixão no olhar, e doçura no estilo interpretativo de modo que acaba acertando demais em tudo. A parte cômica coube a Benjamin Lavernhe com seu Felix/Gumpar, e trabalhando bem as sacadas nos envolvemos nos atos dele, e o resultado é tão positivo que agrada demais.

A parte visual da trama foi outro grande acerto, pois ao trabalhar os dois pontos de vista sem atrapalhar nada, o resultado final acabou sendo bem colocado na trama, e que ainda por cima conseguiram agradar escolhendo bem as locações, pontuando cada momento com simplicidade, e claro mantendo o luxo em cenas que necessitavam, fazendo com que o filme fluísse sem precisar apelar, nem sair para outros rumos, o que mostra que a equipe de arte foi simples e certeira. Além disso, o longa foi tão bem moldado com luzes e escolhas artísticas, de modo que acabamos tendo cenas fotograficamente maravilhosas de se ver.

Por ter um conteúdo musical bem colocado, já que a protagonista é uma pianista, o filme nem necessitava tanto de outras canções, apenas deixando tocar o piano ao fundo, mas ainda assim arrumaram ótimas canções para a trama, e é claro que lhes deixo aqui o link para conferirem.

Enfim, um romance perfeito, que envolve demais, e agrada na medida certa com tudo, que recomendo com certeza para todos os que gostam de um bom romance entrarem na sessão e saírem apaixonados com cada momento. Talvez eu esperasse um final diferente e somente por isso não darei a nota máxima para o longa, mas certamente recomendo demais que todos vejam, e fica a dica para os horários da próxima quarta-feira do Festival Varilux, afinal sendo Dia dos Namorados, nada melhor do que um bom longa romântico para conferir. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve, afinal hoje ainda tenho mais dois longas do Festival para conferir, então abraços e até logo mais.

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