Se existe um gênero que não gosto de reclamar, pois sempre agrada seja pelas belas imagens, por todo o trabalho que dá fazer, ou pelas belas mensagens que deixa para a família e/ou crianças, é a tal da animação, afinal é raro um trabalho desses acabar sendo jogado fora com tanta tecnologia envolvida, mas claro que para um longa funcionar, a animação necessita ter bons elementos também, e principalmente uma história que prenda a atenção dos pequenos e/ou dos adultos que forem conferir, pois se tudo for jogado na tela acaba sendo apenas algo bizarro. Dito isso, algumas mensagens de "LEGO Ninjago: O Filme" até soam interessantes, mas o filme é tão monótono, ruim, cansativo, sem um rumo determinante que por bem pouco não dormi na sessão que fui conferir, de modo que me segurei para não cair no sono e conseguir ver tudo para depois argumentar que realmente o que foi entregue não deva ser recomendado para ninguém, afinal temos uma mistura de diversos enredos de outros filmes, que sem desenvolvimento nenhum acaba soando confuso e sem classe para empolgar sequer alguma criança que brinque todos os dias com os personagens, ou seja, uma bomba imensa, que só vale a diversão bem rápida nos momentos iniciais com o jornal "Bom Dia Ninjago" e nada mais, além claro de não ter sequer uma cena que funcione o 3D (aliás tirei os óculos em mais da metade do filme para que não ficasse tão escuro, e me fizesse dormir! E nem sequer borrões tiveram na projeção). Portanto, dispensável num limite altíssimo!
O filme nos apresenta os jovens adolescentes Lloyd, Nya, Cole, Jay, Zane e Kai que dividem as tarefas escolares com o alter-ego como super-heróis ninja, sempre prontos a proteger a cidade de Ninjago dos ataques feitos pelo megavilão Garmadon. Só que Lloyd é também filho de Garmadon e, em meio às constantes batalhas com o pai, demonstra uma profunda mágoa por ter sido abandonado ainda bebê.
Posso dizer facilmente qual foi o maior erro do filme, querer manter a essência dos anteriores, de zoar algo ou algum estilo, no caso aqui filmes de ninja, mas querer produzir mais do que um filme junto, pois não faz nem oito meses que "LEGO Batman" estreou, ou seja, sabemos que animações levam anos para serem produzidas, estudadas, desenvolvidas de modo que se encaixe a ideia principal, as boas piadas/sacadas, e principalmente os efeitos junto com os personagens, e aqui fizeram praticamente tudo nas coxas, de tal maneira que temos tantas viradas cênicas que chega a ser difícil assimilar o rumo do filme, e se ao menos fosse um ritmo mais agitado até que tudo bem, mas tudo é lentíssimo, e acaba cansando qualquer um que se disponha a conferir o trabalho de três diretores novatos. Ou seja, com situações dispensáveis, o resultado acaba mais bagunçado do que tudo, tendo até bons momentos iniciais, mas tudo vai desabando tão rápido que ao final nem sabemos mais o que estamos vendo na telona.
Chega a ser difícil falar dos personagens, pois acaba sendo uma mistura de "Star Wars" com "Power Rangers" juntamente com "Capitão Planeta" e mais diversos outros elementos, que acabamos não criando quase que nenhuma simpatia por eles, e junte isso a falta de carisma dos protagonistas para que o resultado seja torcemos para os trejeitos bobos do vilão Garmadon e claro para o gato godzila que sai destruindo tudo. Ou seja, quando torcemos mais pelos vilões em um filme de animação é algo preocupante, pois mostra que não tentaram trabalhar bem os mocinhos para agradar em algo, seja na comicidade, na lealdade ou até mesmo na força, e assim sendo certamente amanhã já nem lembrarei qual o nome de cada ninja! Detalhe, nem mesmo os momentos iniciais com os humanos Jackie Chan e Kaan Guldur agradaram em nada, parecendo até artificial demais colocar aquilo no longa.
O visual da trama feito com os famosos bloquinhos de LEGO é bem legal, pois tudo se monta e desmonta com uma facilidade incrível, além de encaixar uma boa dinâmica na cidade e trabalhar vários estilos visuais num único longa, porém o apelo visual é tão grande, que acabamos não sabendo para onde ou o que olhar, e isso diferente do que acontece em um filme que vai adequando os elementos para realçar algo, aqui acaba servindo para despistar erros e estragar ainda mais a bagunça completa, ou seja, volto a falar que a melhor sacada foi a entrada do gato, e ponto. Sobre o 3D nem deveria falar disso, afinal o longa que poderia ter ousado com pecinhas voando para todo lado, tiros, ou qualquer coisa interessante, ou ao menos uma profundidade bem trabalhada sequer teve duas cenas com algo que merecesse ficar de óculos na sessão (sim, fiquei mais da metade do filme sem óculos e nem um borrão na tela teve!), ou seja, desperdício completo de tecnologia.
Enfim, um filme fraco que até poderia ser mais interessante e que certamente divertiria bem a criançada, afinal muitos gostam de ninjas, lutas e afins, e aqui a bagunça foi apenas jogada na tela sem quase nada de história, além de ser muito lento. Ou seja, não consigo recomendar para ninguém esse filme, mesmo que tenha alguns pontos positivos (os caracteres foram traduzidos e aparecendo na tela é bem legal, e o jornal matinal também ficou bem divertido no começo, talvez mais cenas dele ajudaria bastante). Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais uma das estreias da semana, então abraços e até breve.
PS: Acho que estou sendo até bonzinho demais com a nota, mas realmente tiveram alguns lances divertidos no começo que valem a nota.
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