Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer

2/23/2013 01:30:00 AM |

O bacana de assistir filmes que já teve várias edições anteriores é que você já vai ao cinema sabendo o que vai ver, só não esperava a quantidade alta de adolescentes barulhentos na sessão que fui, mas fazer o que. Em "Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer", se espera muitas explosões, carros e prédios destruídos, tiros pra todo lado, e isso o longa cumpre com muito louvor, só não diria que foi a melhor atuação de Willis num filme da série, pois com 58 anos aparenta um bom cansaço para um filme de muita ação.

O filme nos mostra que John McClane vai para a Rússia resgatar o filho Jack da prisão. Com um relacionamento complicado, John e Jack terão de trabalhar juntos para se manter vivos e evitar que uma parte sombria de Moscou consiga controlar armas nucleares.

A sinopse não poderia ser mais curta, visto que o filme é curto(96 minutos) e não tem muito o que explicar, pois a trama mostra apenas mais do mesmo, a ida atrás de terroristas que vão tendo até alguns momentos interessantes de mudança, muitas explosões, muita destruição(seria um filme interessante para uma pergunta num quiz de quantos carros foram destruídos somente no início do filme) e praticamente nenhum diálogo interessante. Não digo que John Moore fez um filme ruim, apenas acho que ele exagerou em explosões e esqueceu de pedir para os atores interpretarem algum diálogo que pudesse ter sido escrito no roteiro de Skip Woods, se é que ele se lembrou de escrever algo bom além de colocar no texto: "carro explodindo", "helicóptero explodindo", "canos caindo", "tiros sem rumo".

No quesito atuação como falei no início do texto, Bruce Willis não parece o mesmo ator que saia pulando para todo canto com a cara de durão de sempre, aqui ele continua saltando, correndo, etc., mas sempre aparentando cansaço físico, fora a quantidade de diálogos bobos colocados para seu personagem que é nítida sua cara de "porque estou falando essa merda?". Jai Courtney está começando praticamente no cinema, sendo esse seu 3° longa e se depender de atitude o rapaz parece estar mostrando um bom serviço, dependendo claro de que caia um bom roteiro em suas mãos, pois fazer cara de filhinho fugitivo de casa um longa inteiro não tem como. Mary Elizabeth Winstead deve estar apenas curtindo seu cachê, pois as duas cenas em que aparece fala 3 frases e mais nada, literalmente uma figurante. Sebastian Koch está bem diferente do que já vimos em outros filmes, tanto quanto fisicamente quanto na interpretação, aparentou não saber o que está fazendo em quase 90% do filme para depois terminar de forma mais ridícula ainda. O elenco de desconhecidos é grande então vamos falar de alguns também: Radivoje Bukvic tem cenas até que razoáveis, mas ao mesmo tempo faz uma interpretação de vilão que acho que nem um bebê de 3 meses ficaria com medo dele. Yuliya Snigir é revelada muito rapidamente e mesmo tendo uma pequena mudança de personagem em alguns momentos soa falsa demais, poderia ter se empenhado um pouco mais(pra não dizer outra coisa) e nos convenceria mais. Da equipe de figuração vou preferir não falar, pois a cada três que passavam pelas câmeras, quatro pareciam não saber para onde ir, então já dá para imaginar a lambança que a direção de atores fez.

Falar da parte visual de filme de ação é praticamente falar que você não assistiu ao filme para reparar em algo que não seja explosões, pois não se vê cenários nesse tipo de filme se vê tudo correndo, voando ou explodindo e só. O que posso falar com muita certeza é que o orçamento foi alto pela quantidade de destruição que não aparentou ser computação gráfica, estão dizendo apenas US$92 milhões, mas a não ser que rodar um filme na Rússia seja mais em conta, eu duvido desses valores. A fotografia praticamente não teve muito que fazer, afinal num filme de tiros não temos preocupação com sombras ou afins, claro que se formos ficar olhando somente defeitos vamos achar aos montes, mas prefiro aproveitar assistindo e curtindo já sabendo que vai ter.

Na parte musical, achei falta de aproveitar mais a música tema da série, uma vez que ela é marcante, embora tenham usado praticamente a mesma trilha do início ao fim, ficou faltando algo que mostrasse ser a série. Fora que já estamos cientes que em qualquer elevador no mundo todo, a música que irá tocar ao fundo sempre será "Garota de Ipanema".

Enfim, dizer que o filme é péssimo seria exagero, diria que é algo que se consegue assistir apenas por diversão, sem nenhum precedente. Se você gosta de filme lotado de explosões, esse é seu filme, senão se estiver esperando um filme com história envolvente e bons diálogos, pode esquecer completamente. Como disse vale para ver numa Tela Quente da vida. Fico por aqui hoje, mas ainda teremos muitos filmes nessa semana. Abraços e até breve pessoal.


2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre adorei a série, mas esse é muito fraco. Sem dúvida está abaixo dos 3 anteriores. O vilão é muito fraco e vc espera por um desdobramento complexo que não vem, pois a coisa é muito mais simples do que se espera. Os diálogos são horríveis, uma criança de 6 anos poderia ter escrito. Enfim, é um daqueles filmes pra fingir que nunca existiu. Na verdade, parece que foi feito apenas para passar o bastão da série.

Fernando Coelho disse...

Falou tudo e mais um pouco... agora se já legendado foi um lixo... ontem vi o trailer dublado... quase tive um parto de dor na barriga... consegue ficar pior ainda!!! Abraços!

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