Sem Saída

9/29/2011 12:56:00 AM |

Alguns filmes chegam no mercado, fazendo barulho e me deixa e me deixa na dúvida de assistir ou não, esse foi o caso de "Sem Saída", que o trailer não havia me agradado muito e que já fui assistir com o pré-conceito de atuação de Taylor Lautner. Mas esse Coelho que vos fala mordeu a língua, pois o filme é bem interessante, claro muitas cenas inverossímeis ao extremo, mas é pode ser colocado como um bom filme de ação.

O longa nos mostra que desde muito pequeno, Nathan Harper tem a sensação desconfortável de viver a vida de outra pessoa. Seus medos mais obscuros tornam-se realidade quando ele encontra uma foto sua, ainda menino, em um site de pessoas desaparecidas. De uma hora para outra, ele descobre que seus pais não são verdadeiros e que sua vida é uma mentira cuidadosamente fabricada para esconder algo ainda mais misterioso e perigoso. Enquanto sua verdadeira identidade começa a ser construída, um grupo de assassinos se aproxima e o força a fugir com a única pessoa em que ele pode confiar: sua vizinha Karen.

Como já falei no início, a história é bem bacana, e o diretor conseguiu fazer um longa dinâmico que nem vemos passar as quase 2 horas de projeção que ele possui. Claro, tem muitas cenas que assim como as moças que estavam atrás de mim(as quais falaram durante o longa inteiro) falaram "preparadas", daí você escuta: "nossa agora tá no lugarzinho isso", "olha um buraco na árvore", "nossa olha ali algo assim". Isso é carta marcada já e tira um pouco do mérito do filme, mas não o estraga não.

Das atuações, confesso que esperava bem menos do Taylor Lautner, mas até que o moço soube se sair bem e ter bons enquadramentos, bem melhor que seu parceiro de "Crepúsculo" vem fazendo por aí, ainda não é algo memorável, mas faz bem as cenas de ação(claro mérito do diretor em fazer planos não estáticos, sempre tem algo girando ou cortes rápidos), Lily Collins até tenta, mas o papel em si é simplório e não acrescenta nada para a trama.

O legal da produção e da fotografia que por ser um longa de ação, temos vários cenários e para dar uma boa dinamicidade temos todas as cenas feitas em movimento, isso me agradou bastante, e nas cenas pouco paradas sempre entra alguma zoom para dar enfoque em algo. Grande destaque para as cenas finais feitas num estádio de beisebol, com muitos figurantes.

Enfim, é um longa agradável, bem dirigido e com uma boa trama, não espere grandes diálogos que nem costuma ser o forte em filmes desse gênero, claro caberia qualquer outro ator, mas o rapaz está num bom momento e chama público, tanto que foi a grande bilheteria do fim de semana, mas vale o ingresso sim e recomendo como um longa de ação interessante de se assistir. Encerro por aqui, mas amanhã tem mais, abraços.


14 comentários:

Wesleyaxé disse...

Fernando vc me entende!!...rss

Ufa que alívio, até que enfim alguém sensato que vai além dos preconceitos!!..rs

Eu tava morrendo de raiva da crítica, pq já crucifixaram o coitado só pq aversão gratuita à saga Crepúsculo. Meteram o pau, dizendo que ele é fraco e que o filme não tem saída mesmo(com trocadilho) e que num sei o quê mais... fui assistir e adorei, eu tenho convicção que a atuação dele não foi perfeita, mas sei disso pq é natural alguém iniciante como ele tá um pouco verde e ir pegando experiência com o tempo, mas sinceramente isso nem chegou aos meus olhos, sempre vou ver filme pra me divertir e não ficar reparando em algo que possa me deixar irritado ou descontente, então o cara tá começando? Blz! Mas merece chance como todo munto teve um dia e tem direito de errar à vontade pq essa é a fase dele, de crescimento. Então sei que não foi perfeito mas não ví isso entende?! Me diverti, e a crítica desse o cacete no coitado, enfim... um bom filme de ação mesmo, adorei e como vc falou os ambientes filmados mais diversos, fazia tempo que não via um filme filmado num lugar público assim com tanta gente como num estádio, é bem legal mesmo. Valeu Fernando, abraço!!

Fernando Coelho disse...

Olá Wesley... pode ficar tranquilo, que o Coelho aqui, também vê filmes por diversão, claro observo técnicas, mas principalmente na parte de execução e produção(que é minha área)... e como já falamos umas par de vezes, os nossos amigos críticos que temos por aí, só gostam de coisas filosóficas, não querem uma boa diversão/ação apenas... tanto que tem filmes que vejo que eles deram notas super altas já me gela a alma assistir(vide "Árvore da Vida"), enfim se tranquilize que se o filme valer a pena o Coelho aqui vai gostar e vai falar. Abraços.

Gustavo disse...

cara, achei o filme muito escroto. não por causa do taylor lautner. o filme é ruim mesmo, cheio de furos.

olha só:

1- o "plano" do vilão é criar um milhão de sites de crianças desaparecidas, no meio de um monte de fotos falsas jogar uma foto verdadeira, rezar pra por algum motivo o taylor lautner entrar num desses sites (sendo que ele nem tinha motivo pra achar que era adotado até o professor passar um trabalho pra ele fazer), e ainda rezar pra, fora a pessoa acessar o site, percorrer varias fotos até chegar na do lautner, fazer o teste de enevlhecimento, LIGAR PRO SITE, pra ai sim eles terem uma ideia de alguem que TALVEZ ache que sabe onde o cara está. sério que um super espião esse é o máximo que o cara consegue pensar?

2- meu, eles podiam ter ido de encontro a CIA desde o começo. o verdadeiro pai do lautner NUNCA perdeu contato com a cia. era só ele ligar e falar pro chefão "escuta, eu tenho motivos pra desconfiar que o tiozinho que faz law e order los angeles é traidor. meu filho vai prai. tomem conta dele" e pronto. até por que no final, é isso que acontece. eu odeio filmes que tem uma motivação fraca pra não dizer inexistente. a CIA não era toda traidora. só um cara. e o pai dele tinha contato com os superiores desse cara. não faz sentido tudo que aconteceu. eles poderiam ter entregue o treco pra cia fazia tempos.

3- esse é um furo "aceitável". mas tipo a mãe do lautner morreu quando ele tinha uns 2/3 anos certo? pelo que dá a entender no filme ele tem uns 16/17 anos. o cara mal lá matou a mãe dele pra tentar descobrir onde o pai dele estava escondido. ou seja, o pai do lautner ficou uns 13 anos com a lista sem fazer NADA com ela? tipo que coisa sem noção.

Fernando Coelho disse...

Olá Lander... bom valeu pelo comentário, mas é chato entupir de spoilers ok?... bom eu não vejo isso como furos, pois eu vejo filmes como ficção, tirando claro documentários. Se fizessem tudo isso que você falou não teríamos um longa e sim uma história de 15 minutos no máximo que todos veriam e falariam nossa que inteligente e só... essa é a magia do cinema, não ficar procurando argumentos reais numa ficção. Experimente isso, que verás qualquer filme de forma diferente. Abraços.

Wesleyaxé disse...

Se agente for analisar o filme como o "Lander" aí em cima, não teremos filmes mesmo, serão um monte de historinhas curtinhas, e todo filme se for pensar tem outra forma de ser resolvido o problema, mas aí deixa o filme rolar do jeito que é e assim vem a graça de assistir sem preocupação, afinal quem tem que resolver são eles, eu quero só assistir, não quero ficar pensando em como resolver problemas, senão eu pego meu caderno de dívidas e fico aqui em casa matutando, não precisaria ir ao cinema... hehehehe

Fernando Coelho disse...

Para né Wesley, não quero ficar em casa matutando meu caderno de dívidas não, prefiro ir no cinema e ter a magia da ilusão presente em todos os momentos que o diretor quer nos enganar e em muitos casos, falar olha seu expectador "não inteligente"(pra não usar palavrões) você pode fazer assim que dá certo. Isso sim é cinema!! Abraços.

Wesleyaxé disse...

Concordo com vc Fernando...hehehe

Gustavo disse...

cara, eu adoro cinema pipoca, adoro mesmo. aquele que você senta e não precisa se preocupar com a história.

mas como amante de uma boa história, não posso ver furos assim.

sobre os spoilers, desculpa achei que era post pra quem já tinha visto o filme e deixei isso claro no meu post.

sobre a história em si, a maioria dos filmes consegue não ter furos tão grandes de roteiro. como disse, não me importo com furos, e sim com a história inteira furada. infelizmente, foi o caso desse filme.

a maioria consegue ter nexo em por que os personagens fazem o que fazem. esse não tem nexo nenhum. e ai é questão de gosto. não dá pra entender por que a sigourney weaver manda o cara fugir e não confiar em ninguém se ela sempre teve contato com os superiores dela e nenhum era traidor. simples assim, pra citar o mínimo. rs

Davi disse...

Caras, eu não assisti o filme, por isso não vou falar dele. Mas eu discordo e muito do que Fernando e Wesley escreveram: "não ficar procurando argumentos reais numa ficção." Exatamente tudo produzido, além de documentário, é uma copia da realidade. Em certo sentido, a realidade tem dimensões e suas "cópias" devem se adequar o máximo possível à essas dimensões. Filmes com nexo só teriam pouco tempo de duração? De forma alguma! Vários filmes fazem sentido e são divertidos. Você paga para ver a história. Sinceramente, a geração atual só mesmo paga pra ir ao cinema em busca da agitação, violência, humor óbvio, enquanto a crítica, a beleza da filmagem e os argumentos são deixados para trás, são desconsiderados. Filmes têm que fazer sentido sim, a arte tem que fazer sentido, qualquer que seja - na literatura, na pintura, na música, no cinema. E, posso dizer que isso vai além do gosto (já que este não se discute), e evidentemente essa forma de se pensar está errada. Cinema é arte, muito bela, significativa, uma manifestação forte e influente na sociedade. O cinema deve sim fazer sentido, e falhas não devem ser ignoradas, só porque um artista está começando agora. É por ser novo que ele deve aguentar sim as críticas, para poder crescer, porque senão continuará errando, e pelo visto na maioria das críticas, errando feio como ator.
Filmes assim devem ser criticados sim. Hollywood está na pior (pior mesmo!!!) fase, e deve aguentar toda a crítica que lhe é dada.

Davi disse...

Cara, o filme que vcs tão falando bem tá com 4% de aprovação no Rotten Tomatoes. Olha o comentário do site que é referência mundial:
"A soulless and incompetent action/thriller not even a veteran lead actor could save, let alone Taylor Lautner."
ou
"Um filme sem alma e incompetente, que nem um ator veterano savaria, muito menos Taylor Lautner."
"Sem alma" é um termo chave e bastante referente.

Fernando Coelho disse...

Olá Davi, o ponto que estamos discutindo em relação a esse filme(somente vem ao caso, principalmente por ele se tratar de algo praticamente impossível de existir/acontecer), que é o que assumo como ficção e não me atrelo a realidades, agora quando um filme fale sobre algo passível de uma existência, claro temos de nos ater a realidade e brigar para que filmes não errem, o que não é o caso em hipótese alguma desse filme que é algo irrealista ou seja uma ficção completa. Quanto ao lance do Rotten Tomatoes é o que já falei antes, a crítica odiou e quando um lá odeia, todos seguem, não vai ter um ou outro que vá concordar, o que é uma pena pois cada um deveria ter a opinião própria. Mas valeu o comentário aqui. Abraços.

Tato Mansano disse...

Adorei o filme, gostei da atuação do Lautner. E não fui só eu. A tradução correta da frase do "Rotten Tomatoes" é "Um filme de ação sem alma e incompetente que nem um ator veterano poderia salvar, deixem Taylor Lautner em paz". O roteiro realmente deixa a desejar em argumentos, mas o filme é bem divertido.

Davi disse...

Ainda discordo, dos três. Tato, a tradução está correta sim! A expressão "let alone" significa "muito menos", "sem falar", "quanto mais". E essa ideia de irrealista é total engano. Para Platão, por exemplo, a arte é a pura imitação da imitação do mundo ideal, o mundo transcendente. Para Nietzsche e Schopenhauer, a arte é o resíduo de uma metáfora instauradora. lembrando o conceito de metáfora veremos bem que não passa de uma comparação subentendida por uma definição - que não passa de uma imitação da realidade.
A questão ultrapassa o "eu vejo assim", ou "essa é minha opinião", pois nada pode ser irreal, sendo uma projeção da realidade. Não se pode criar nada sem se basear no que é real. Se ainda assim em projeções de origem cinematográfica uma obra foge da realidade, ou melhor, desconsidera contradições a fim de chegar no que há de mais medíocre e estúpido que é a correria e a violência, entre outras coisas, (por mais amena que seja), torna-se ela, sim, tão medíocre e estúpida, pois sua meta é de tal modo. Não há pra onde correr!
Aí está o ser humano - coberto em sua indignação quando seu ente querido ou amigo é vítima de uma fatalidade, mas indiferente quando se trata de se divertir frente a uma cortina branca sobre a qual é representada as mesmas fatalidades, mesmo que dadas de uma forma mais estúpida do que a própria realidade. Já parou para pensar em nossa ignorância? Se for para ver fatalidades que elas façam algum sentido (vide Festim Diabólico, Alfred Hitchcock, e compare os níveis de coerência e intelectualidade).

Tato Mansano disse...

Como assim foge do "é a minha opinião"? A arte não precisa se basear em nada real. Se fosse assim, qualquer obra de ficção seria medíocre e estúpida.

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