Smurfs

7/12/2025 01:25:00 AM |

Em um primeiro momento fiquei pensativo quanto ao novo filme dos "Smurfs", pois não teve nenhum subtítulo, numeração ou algo que identificasse ele como uma continuação, refilmagem ou qualquer coisa do tipo, então por apresentarem praticamente todos os personagens na abertura acho que dá para colocar como sendo algo novo nesse mundo, inserindo coisas que já conhecemos dos personagens. E vou reclamar de cara de algo que vai contra minha ideologia, o filme tem muita (exageradamente!) história, ao ponto que chegou a me cansar numa sessão até que cedo para os padrões que vou, que quase me fez dormir na sala, e isso em uma animação infantil é ser completamente maluco, pois o que a garotada quer ver na tela é dinâmica, é tudo acontecendo e as situações se desenvolvendo. Ou seja, é algo que até dá para relevar, afinal tirando um garotinho que estava torcendo para alguns personagens morrerem (rimos ao mesmo tempo que ficamos meio com medo dele!), todos os pequenos aparentaram curtir a sessão, sendo daqueles filmes que o conteúdo excede demais a execução, mas que funciona ao menos para quem sabe seguirem um caminho próprio futuro.

Nesse novo filme animado das mais adoráveis criaturas azuis, Papai Smurf é raptado pelos irmãos e bruxos malvados Razamel e Gargamel. Com a vila em perigo, Smurfette lidera os smurfs numa missão para o mundo real com o intuito de salvar o Papai Smurf. Lá, eles encontram Ken, o irmão de Papai Smurf, além de novos aliados e amigos que os ajudam a organizar um plano infalível contra os feiticeiros.

O mais engraçado é que o longa foi dirigido por Chris Miller, que fez "Shrek 3" e "Gato de Botas", e em momento algum vemos o mesmo estilo de pegada, afinal são dois filmes bem dinâmicos e com poucas histórias para se contar, apenas desenvolvidos mesmo na tela para pegar o público com as facetas divertidas que já conhecemos, e aqui acredito que o roteiro de Pam Brady veio com tantas informações novas que o diretor não conseguiu imaginar como jogar isso na tela sem ficar falando em minúcias tudo para que ficasse representativo apenas. Ou seja, diria que foi mais erro do roteiro ser alongado demais do que da direção em si, mas confesso que o diretor surtou um pouco com todas as loucuras que inseriu na trama, pois foram algumas situações meio que fora da casinha total na tela.

O foco nos personagens foram bem mais na Smurfette, no Smurf Sem Nome ou Sem Função, além do Papai Smurf e do seu irmão Ken, e do outro lado o vilão Razamel sendo mais imponente na tela do que o próprio Gargamel que já conhecemos dos outros filmes, e aqui meio que ficou como secundário na tela, e no meio de dancinhas, canções e desenvolturas até acaba sendo bacana toda a interação tanto no mundo real, quanto nos elementos computacionais da Vila dos Smurfs e do Castelo de Razamel, ao ponto que cada personagem deu sua devida dinâmica, e o mais engraçado é que as vozes já conhecidas de Jennifer Nascimento como Smurfette, Diego Martins como Sem Nome e Bruno Gagliasso fazendo os dois bruxos, nem pareceram as vozes dos atores, ou seja, realmente atuaram e deram tons bem diferentes para que os personagens não fossem reconhecidos na tela.

Visualmente o longa também é um pouco estranho, pois tivemos desenhos 2D tradicional, atos com computação visual de profundidade nesses desenhos, personagens tridimensionais no mundo real, e logo em seguida alguns momentos 2D dentro do mundo real, o que acabou virando uma bagunça estranha, que lotada dos personagens azuis e todo o conceito tradicional da vila bem colorida no meio da floresta, e uma Paris e uma Austrália bem rápidas colocadas na tela, para depois termos um castelo rapidamente usado quase que em um ambiente só (ou melhor 2), resultou num trabalho aparentemente preguiçoso da equipe de arte.

Enfim, é uma animação bacana, que mesmo sendo bem maluca entretém com o que é mostrado na tela, de modo que talvez quem pensar um pouco mais e tentar se conectar com tudo irá se cansar com o excesso de história, mas para a garotada que só quer ver as trapalhadas e os personagens cantando e dançando é capaz que seja algo mais divertido de acompanhar, então acaba sendo uma recomendação com ressalvas. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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