Netflix - Brick

7/11/2025 01:21:00 AM |

Meu faro de filmes que tenho certeza que vou gostar continua muito bom, pois desde que vi o cartaz e a ideia nos filmes que estreariam na Netflix, já fiquei bem curioso para conferir o longa alemão "Brick", pois tinha uma pegada futurista, misturada com um suspense claustrofóbico e umas nuances que você acaba apostando tudo em o que seria, ou quem estaria envolvido. E hoje chegou o dia de conferir, e cá estou digitando aqui bem feliz com o que vi, só não diria mais satisfeito pelo final ser simples demais, mas que certamente conseguiu me amarrar durante toda a duração tentando desconfiar de tudo e de todos. Ou seja, é o famoso longa que nem posso falar muito senão acabo entregando a ideia toda, e claro o fechamento, mas o que adianto é que as relações dentro do prédio vão ficar bem densas, e o resultado de conflitos sabemos que raramente sai tudo bem, e claro que dava para ter ido mais além, mas é um filme da Netflix, então sabemos que criam o paraíso, mas não nos entregam de uma só vez.

O longa acompanha a saga de um casal, Tim e Olivia, que acorda um dia preso no apartamento onde moram atrás de um muro preto impenetrável. De forma misteriosa e inexplicável, eles descobrem que o prédio inteiro está cercado por essa muralha de tijolos futuristas e extremamente resistentes. Sem saber como esse paredão foi parar ali da noite para o dia, eles precisarão contar com a ajuda de seus vizinhos para conseguir sair dessa armadilha com vida. Achar uma saída, porém, é apenas o começo dessa jornada desesperadora. Afinal, quem construiu o muro e por quê? O que está de fato acontecendo? Sem qualquer ajuda externa, e com a tensão, o pânico e a sensação de claustrofobia crescendo entre os moradores, fica claro que o verdadeiro perigo pode não ser o que está do lado de fora, mas sim mais próximo deles do que imaginam.

Diria que o diretor e roteirista Philip Koch poderia ter feito um filme ainda mais genial do que fez, pois faltou aquele detalhe mínimo para impressionar e não ficar apenas como algo simples (ou nem tanto) no final, pois a essência do longa levava tudo para algo conspirativo e até com uma pegada meio "Jogos Mortais" com menos violência, ao ponto que poderia esperar tudo dos elos ali de dentro, mas não rolou, e assim o resultado ainda é bom, mas quando termina você fica com aquela sensação de que faltou o "algo a mais" que tanto gostamos de ver no estilo. Ou seja, o diretor fez bem o trabalho dele, usou um roteiro de certa forma original, e mostrou que sabe ser chamativo, só faltou aquele extra que aí já poderíamos chamar ele de gênio.

Quanto das atuações, já elogiei outras vezes o trabalho de Matthias Schweighöfer, e aqui volto a falar que ele sabe pegar papeis diferentes e dar nuances tão comuns que acabamos nos afeiçoando a ele, e aqui seu Tim tem um estilo meio que fechado demais, mostrando o trauma da perda da filha, e seu modo de fuga da realidade no trabalho, que acaba afastando a esposa, numa síntese que o ator soube controlar ao mesmo tempo que tem seus gatilhos, ou seja, o ator funcionou num controle bem marcado que poderia explodir a qualquer momento, e fez bem tudo para chamar atenção de forma bem sutil. Ruby O. Fee trabalhou sua Olivia também de um jeito mais fechado, mas sabendo dimensionar o ambiente ao seu redor, sendo curiosa e destemida, trabalhando cada elo para que o filme fosse mais para frente, e no seu ato de explosão foi muito bem também. E falando em explosão Frederick Lau fez um Marvin a ponto de ser uma bomba atômica em movimento, seja nos momentos drogados ou até mesmo nas dinâmicas mais duras com ele, ou seja, foi bem no que precisava fazer. Quanto aos demais, cada um do seu modo deu as devidas conexões, uns chegando a irritar mais, outros sendo mais subjetivos e apenas se encaixando conforme fosse necessário, valendo o destaque para a frieza de Murathan Muslu com seu Yuri, mas que poderia ser mais imponente para incomodar mais.

Visualmente o longa mostra vários apartamentos (5 apartamentos e um porão ou bunker) completos e bem recheados de detalhes por onde os protagonistas vão passando e se juntando a outros vizinhos ou pessoas que estão neles, quebrando para baixo tudo já que as portas e janelas são tomadas por um muro estranho de material não muito definido (aliás ficou até artificial demais, mas aparentou ser da ideia mesmo), tendo vários elementos cênicos sendo usados para quebrar ou lutar, e assim o resultado da composição completa da equipe de arte funcionou bastante, inclusive com os detalhes de pistas tão comuns nesse estilo de filme.

Enfim, é uma boa trama, que envolve de certo modo, que como disse poderia ter ido mais além, principalmente para quem curte muito o estilo, mas não é algo que desaponta, e assim sendo vale a recomendação de play nele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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