O longa nos mostra que na véspera do Ano Novo de 1999, dois amigos do ensino médio decidem aproveitar a última grande festa antes da virada do milênio. Com a empolgação do fim de uma era e o espírito de celebração no ar, eles invadem uma festa de Ano Novo, acreditando que será uma noite inesquecível. No entanto, o que parecia ser uma festa comum se transforma rapidamente em um caos inesperado, quando, à medida que o relógio bate a meia-noite, a noite se torna mais maluca e perigosa do que eles poderiam imaginar. Envolvidos em uma série de situações absurdas e hilárias, os dois amigos acabam lutando por suas vidas em meio a confusões e reviravoltas, enquanto tentam sobreviver ao que se revela uma verdadeira comédia de desastre, com a tecnologia da era da conexão discada e a expectativa do novo milênio adicionando um toque de nostalgia e loucura ao enredo.
Diria que a falta de experiência como diretor e roteirista pesou um pouco para Kyle Mooney, mas como já trabalhou em tantas comédias malucas, soube trabalhar a essência que o filme pedia e com isso acabou brincando bastante com toda a situação, além claro de aparecer em algumas cenas-chaves do filme. Claro que muitos vão olhar o trabalho do diretor como uma loucura completamente fora de si, ou um produto de muita erva na cabeça, que inclusive dá a vez ao seu personagem Gareth na trama que vive só de brisa, porém se puxarmos pela nossa memória, tenho a certeza que muitos estavam bem apreensivos com a mudança de 99 para 00, como as máquinas se comportariam, e o que aconteceria, mas por incrível que pareça, poucos roteiristas aproveitaram a ideia, ou seja, aqui ele achou uma brecha boa, e soube brincar tanto com o conflito do passado, quanto com a nova moda: a famosa IA. Mas o que mais me divertiu mesmo foi o começo extremamente saudosista com o ruído da conexão, as mil telas abertas para fazer tudo ao mesmo tempo travando ao máximo, e nesse sentido, o resultado também brincou muito com a essência do final dos anos 90 para muitos.
Quanto das atuações, Jaeden Martell é o tipo de ator que você não consegue botar muita fé em qualquer estilo de trama, parecendo extremamente tímido para tudo, e precisando ser colocado em papeis dessa estirpe para conseguirmos nos conectar a ele, tanto que aqui seu Eli tem uma pegada do tradicional perdedor, que até os amigos mais próximos zoam com ele, mas o jovem entrega carisma ao menos, e assim conseguimos nos envolver com as situações que ele entra. Demorei um pouco para reconhecer a Rachel Zegler no longa, pois parecia que conhecia a atriz, mas não lembrava de onde, mas depois de alguns minutos, já sabia pela dinâmica que ela entregou na trama, de modo que sua Laura é meio seca demais, assim como outros papeis seus, mas consegue segurar até o final sua entrega. Ainda tivemos outros bons momentos com Julian Dennis bem colocado com seu Danny Lachlan Watson bem impulsiva com sua Ash, porém quem conseguiu chamar atenção fazendo ele mesmo foi o vocalista do Limp Bizkit, Fred Durst com uma pegada meio maluca e intensa nos atos mais conflituosos do final.
Visualmente o longa foi extremamente divertido e muito bem pesquisado, começando direto mostrando a tela de um computador da época, com os vários tipos de chats abertos, a conexão discada ruim, e muitos outros detalhes, depois as famosas video-locadoras com seus cantinhos escondidos com filmes adultos, as famosas festas com diferentes tipos de pessoas que estudavam juntas, mas dificilmente se conectavam, e claro toda a junção dos eletrônicos, com tamagoshi, Macs gigantes, furadeiras, e claro muitos fios, afinal antigamente tudo tinha fios a rodo, ou seja, a equipe de arte conseguiu construir ótimos robôs cheios de traquitanas, fora as mortes e cortes, cheias de detalhes e muito sangue, ou seja, quase um filme B na tela.
Agora sem dúvida o grande show do longa foi a trilha sonora com grandes clássicos dos anos 90, que certamente muitos tinham em suas "playlists" que eram os CDs montados, variando os estilos e até os gostos musicais, que eram bem bacanas de ouvir realmente. Só foi uma pena não ter achado a playlist completa no spotify, mas se alguém tiver, manda o link que agradeço.
Enfim, é um filme diferenciado, que mesmo tendo uma proposta boba, e atuações e entregas também forçadas demais, consegue divertir e entreter, e assim sendo vale a recomendação para quem curte um terror cômico bem colocado na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, tentando ajudar a todos a achar algo bom nos muitos streamings, pois está difícil essa vida de meio de ano com poucas estreias. Então abraços e até logo mais.
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