Globoplay - A Liga de Monstros (Rumble)

7/13/2022 01:01:00 AM |

Já falei isso essa semana mesmo, afinal começou as férias e vai lotar de animações nos cinemas e nos streamings, então volto a frisar que o gênero aceita muitas coisas e estilos, então porque não colocar uma trama de lutas no estilo wrestling com monstros gigantes, seguindo a linhagem de "Godzila vs Kong", pois já que ali pode rolar uma luta, então vamos legalizar, com treinadores, torcida, estádio e porque não música? Se eu pensei tudo isso, imagino a efervescência que foi na mente do diretor de "A Liga de Monstros", que pode ser conferido na Globoplay/Telecine, e que diverte bastante no enredo e na interação, tendo boas texturas, monstros feiosos porém simpáticos, boas dinâmicas, e claro uma trama bobinha que vai trazer uma moral simples para dentro de um mundo bem violento que é o de luta. Ou seja, alguns pais podem ficar meio receosos em dar o play para a criançada parecendo estar incentivando lutas, mas a sacada entregue foi mais se divertir fazendo um esporte, em defender o legado da família, e também mostrar que a base de uma boa luta são os movimentos dos pés, então ligar a luta com a dança tem tudo a ver, e funciona demais toda a interação entregue. Só pontuaria negativamente o exagero no final, mas já que tudo é uma loucura, a sorte de principiante segue valendo, e vai agradar bem quem conferir.

A sinopse nos conta que em um mundo onde monstros gigantes e humanos colidem, os monstros são atletas superstars e competem em um popular esporte global de luta livre profissional chamado Monster Wrestling. Uma jovem chamada Winnie procura seguir os passos de seu pai como treinadora, treinando um adorável monstro inexperiente chamado Steve.

Em seu primeiro longa como diretor, Hamish Grieve, levou todo o conhecimento de anos em outros departamentos de arte e de animação de grandes filmes para sua trama, pois é notável o quão preocupado esteve com texturas, com formatos dos personagens, e até mesmo com dimensões (algo que muitos não costumam levar tão a sério, e aqui necessitava já que misturaram monstros de mais de 20 toneladas com humanos de 80 kilos), mas não bastando apenas esse cuidado, junto com uma equipe da WWE desenvolveram técnicas de golpes para os monstros pensando nos tamanhos e nos membros diferentes de cada um para que tudo ficasse funcional, e isso deu um toque a mais para a personificação dos monstrões. Mas tudo isso seria apenas jogado na tela se não tivesse uma boa história de superação, aquela velha injeção de elos morais e tudo mais que sabemos que uma boa animação tem de ter, e o filme embora bobinho tem toda uma boa pegada nesse sentido de preservar o legado da família, do sonho de uma cidade/país, e assim colocando esses vários elos acabamos nos envolvendo com os personagens, e claro torcendo para o protagonista.

E já que comecei a falar dos protagonistas, hoje fiz algo meio que diferente, assistindo um pouco legendado com as vozes originais de Will Arnett, Geraldine Viswanathan e Terry Crews, mas me rendi ao dublado muito divertido de Marcos Veras, Carla Diaz e David Junior fazendo Steve/Rayburn Jr, Winnie e Tentacular respectivamente, então fica a dica para a escolha das vozes, pois o elenco nacional bateu um bolão nas adaptações. O jovem monstrão Steve/Rayburn Jr. é o famoso garoto que o pai foi muito destacado na mídia, que venceu tudo e que passam a comparar esperando muito dele, e com isso vemos toda a responsabilidade na mente dele, de sua fuga da cidade, de desejar ser um bom perdedor, mas também vemos que com elogios, com superações e tudo mais começa a gostar de ganhar, e isso é bacana de mostrar para a criançada. A garotinha Winnie tem toda a persistência, a motivação da juventude, a garra de querer ir além, e também manter vivo o nome da família que tanto foi famosa, e isso funciona bem na proposta da trama. Já o antagonista é o famoso que explode, e esquece o passado, aonde conquistou tudo, mas também tem um grande sentido em mostrar que não tem como ser algo a mais num lugar que tantos nomes já ficaram marcados, mas como costumamos dizer, a soberba é algo muito fácil de ser derrubada, e o longa mostra isso. Quantos aos demais lutadores, cada um com suas características foram bem trabalhados e divertem bem conforme vão aparecendo no caminho do protagonista, ligando e dando boas nuances.

Visualmente como já disse temos muitas texturas, cidades bem diferentes, personagens com qualidades diferenciadas e claro destaques para os estádios, para as narrações das lutas por um comentarista humano e um monstro, todas as devidas proporções, toda uma sacada de estilos de dança, e uma preparação de treinamento bem detalhista com as qualidades do outro lutador, ou seja, a equipe de arte não economizou nos detalhes e foi bem acertado em tudo. Para o pessoal que curte 3D, na época do lançamento nos cinemas viria com a tecnologia, mas na Globoplay/Telecine que é onde foi lançado agora não tem como, mas aparentemente tem bons elementos sendo usados com a técnica, então fica a dica.

No contexto musical acabaram escolhendo boas canções e claros ritmos bem marcantes para que o monstrão mostrasse seus dotes de dançarino, e isso foi extremamente divertido e gostoso de ver, então fica a dica para as conexões, e claro ouvir todas elas.

Enfim, é uma animação que vai agradar bastante a todos, que certamente gostaria de ter visto ele nos cinemas, afinal filmes de luta sempre ganham contornos melhores com o ambiente de caixas de som dos cinemas, mas sabemos bem que esses dois últimos anos as coisas foram meio complicadas, então agora que surgiu na Globoplay/Telecine fica a dica para a diversão da garotada. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


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