Os Smurfs 2 em 3D

8/03/2013 02:28:00 PM |

Vou iniciar minha crítica hoje colocando um ponto bem crucial que muitos irão reclamar, mas precisa ser falado: um filme infantil é e sempre será feito pensado nas crianças, claro que nenhuma criança vai sozinha ao cinema e seus pais irão ver junto, mas parem antes de sair brigando por aí que o filme de animação vai ter graça sim para os pequeninos e se você adulto entrar na criança que tem dentro de você sairá feliz com o que vai ver com certeza. Pois bem, dado o recado, "Smurfs 2" consegue ser um ponto acima do anterior em relação a idade que foi pensado, pois temos interações mais pré-adolescentes do que infantis como foi o filme de 2011, mas vai fazer todos rirem das trapalhadas de Gargamel e seu gato Cruel, e agora com seus danadinhos. Dessa vez tive a oportunidade de assisti-lo legendado e gostei muito da sonoridade proporcionada, mas ainda irei rever ele dublado para conferir como as piadas serão passadas para as crianças. Outro fator bem interessante na trama está na explicação original de como surgiu a Smurfete, que para quem não conheça a versão original do desenhista Peyo talvez até se choque.

A sinopse nos mostra que após fracassar em sua caça aos Smurfs em Nova York, Gargamelpartiu para Paris e lá se tornou um sucesso, sendo considerado o maior mágico do mundo. Entretanto, por trás dos shows lotados que faz na Opera está um plano para capturar os pequenos seres azuis. Para tanto o bruxo cria dois danadinhos, Vexy e Hackus, que o ajudam em seus planos. Gargamel consegue criar um novo túnel para a aldeia dos Smurfs, para onde Vexy viaja e sequestra Smurfette. A ideia é que ela revele o segredo da fórmula mágica que fez com que deixasse de ser uma danadinha para se tornar uma smurf, algo que apenas ela e o Papai Smurf têm conhecimento. Não demora muito para que Papai Smurf organize uma nova expedição rumo ao mundo real, com o objetivo de resgatar Smurfette das garras de Gargamel.

A história em si, praticamente não traz nada de novo, tirando o fato de que muitos não sabiam que Smurfete não é verdadeiramente uma Smurf, mas é bem contada de forma dinâmica com um ritmo bem interessante para não cansar o espectador colocando os Smurfs atrás de algum dos personagens que fora capturado pelo vilão Gargamel e passam a contar com ajuda de alguns atores de carne e osso para conseguir atingir seu objetivo. Como todo filme voltado para as crianças, o longa traz uma lição de moral interessante de amar a família que possui, colocando em pauta algo que vem afrontando muito as famílias modernas com os padrastos e madrastas que surgem, além das adoções, e isso é bem colocado mais de uma vez na telona. Outro ponto interessante que o diretor Raja Gosnell consegue mais uma vez é a interação entre computação gráfica e os atores, pois é impressionante como parecem que realmente os Smurfs estão juntos na gravação do filme com os olhos dos humanos acompanhando em detalhes os personagens.

Os personagens continuam bastante carismáticos e divertidos como devem ser e algo interessante que reparei comparando o primeiro filme que vi dublado com esse segundo que vi legendado é que as vozes dos Smurfs são bem parecidas, ou seja, arranjaram dubladores brasileiros bem próximos para manter a característica. Outro fator engraçado é que como Kate Perry já havia dublado a Smurfete no primeiro filme agora ela manteve, mas caberia muito mais sua voz no personagem da Vexy que tem diríamos mais a sua personalidade, porém continua dando um show na entonação de voz da personagem. Hank Azaria conseguiu sair melhor ainda na interpretação do vilão desajeitado e suas conversas com o gato ficaram impressionantes, divertindo na medida. Os demais atores Neil Patrick Harris e Jayma Mays dessa vez acabam ficando um pouco apagados, diferente do primeiro filme, mas conseguem fazer boas caras nos momentos que precisam aparecer. O destaque negativo está nas bobagens feitas por Brendan Gleeson que poderia continuar caricato sem ser tão paspalhão. Aparece ao final durante os créditos uma singela homenagem a Jonathan Winters que sempre dublou o Papai Smurf e morreu nesse ano antes do filme estrear.

O visual da França ficou muito bem encaixado para a trama e deu um charme a mais, poderia ter sido usado melhor, mas agradou bastante nos locais onde nossos amiguinhos azuis passaram. A equipe de arte trabalhou bem para montar o laboratório no esgoto do Gargamel e também na cenografia do espetáculo do show de mágica dele. A fotografia exagerou um pouquinho nos tons escuros, talvez para realçar os efeitos especiais, os quais eu achei um pouco exagerado, mas faz a garotada ficar feliz vendo faíscas voar para todo lado com o 3D. E falando na tecnologia, o 3D da Sony mais uma vez está muito bem empregado, dando uma excelente profundidade e tacando diversas vezes os personagens ao nosso encontro, além de um divertido passeio de cegonha no melhor estilo daqueles brinquedos de 3D de parque de diversões.

As escolhas musicais estão um espetáculo com músicas compostas exclusivamente para o filme, interpretadas por Britney Spears, Own City e Nelly Furrtado. Além disso, nas trilhas orquestradas temos novamente o brasileiro Heitor Pereira que anda dando show em Hollywood em todas as animações que vem surgindo no mercado colocando um ritmo bem marcado de forma a segurar a trama do início ao fim.

Enfim, sou muito fã dos personagens azuis e quem me conhece pessoalmente sabe que até meu carro já teve nome de Smurf, mas achei que a repetição da trama mudando apenas a locação ficou um pouco a desejar, não que eu não tenha gostado do que vi, mas esperava algo novo, quem sabe no terceiro que dizem já estar sendo escrito para contar o início da rivalidade entre os Smurfs e Gargamel veremos mais novidades, mas nesse agradará bastante os pequeninos e os pais que forem levar os filhos se entrarem no clima capaz de que saiam bem alegres também. Aqueles que não estiverem com pressa de sair da sala e ficarem até o final dos créditos, ainda tem uma pequena cena extra com Gargamel e Cruel. Fico por aqui hoje, mas ainda nessa semana teremos mais alguns posts. Abraços e até breve pessoal.


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