Diria que os diretores Jianping Li e Salvador Simó conseguiram se complementar nos estilos para que o roteiro inspirado no livro de Carole Wilkinson funcionasse bem na tela, pois é notável toda a essência complexa do livro dentro do longa, e também é possível sentir que eles não quiseram acelerar a trama para que coubesse em um único filme de 98 minutos, claro que com uns 130 talvez resolveria, mas para algo que é voltado mais para um público infanto-juvenil acabaria cansando se alongassem. Ou seja, sabemos bem quanto o misticismo chinês gosta de trabalhar dragões e mensagens em cima da energia que algumas pessoas tem para dominar sua essência e controlar alguns sentidos de forma maior, e também sabemos que a personalidade artística espanhola vem crescendo dentro das animações, então ambos os diretores deram seus máximos e conseguiram algo bonito e com um bom resultado, agora é ver o que trarão na sequência, e se não irá demorar muito, senão esfria demais a ideia na tela.
Não é sempre que temos a oportunidade de ver um longa com a dublagem original, mas felizmente a cabine veio dessa forma, então é inegável a classe que Bill Nighy entregou para o dragão Danzi, de modo que o personagem é meio magrinho demais, mas tem grandes cenas e diálogos bem fortes para que a jovem fosse criando mais coragem para enfrentar os desafios e conseguisse o objetivo que estava destinada. E falando de Ping, ou melhor da dublagem de Mayalinee Griffiths (que na versão brasileira será feita por Bella Chang) conseguiu ser carismática, ter presença de tela, e graciosa com seu ratinho, tendo alguns atos mal-humorados, mas que pelo seu tamanho pequeno fica também uma gracinha, ou seja, é um personagem que muitos vão se conectar e que funcionou. O vilão Diao que Anthony Howell dublou é meio que narcisista e exagerado, de modo que consegue irritar com seu exército de bichos venenosos e incomoda, o que é bom para um personagem do estilo, mas que talvez pudessem ter feito ainda mais maldades com ele, o que assustaria um pouco as crianças, mas faltou um pouco. O imperador e seu filho tiveram poucos atos nesse filme, e acredito que o jovem irá ser o vilão da continuação, então apenas vou dizer que esperem, pois o garotinho tem cara que vai ser azedo.
Visualmente o longa tem tons fortes e bons efeitos na tela, além de um formato tridimensional interessante que já vimos bem nas animações espanholas, claro que não é algo com tanta textura, mas os personagens têm boa interação visual, os ambientes são bem grandiosos, com muitos elementos colocados para representar bem os ambientes e claro a luta final, de forma que o resultado artístico acaba funcionando bem na tela.
Enfim, é uma animação que tem pegada e graciosidade, que talvez pudesse ter ido um pouco mais além para chamar mais atenção, e como disse talvez fechar a síntese inteira em um único filme, mas deve agradar bem o público pequeno que gosta de dragões, mesmo não sendo um tão fofo como os que elas gostam de ver, mas o resultado funciona na tela e vale a indicação. E é isso meus amigos, fico por aqui agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Imagem Filmes pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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